não me afronte

Abri a porta para que o Dr. saísse e não resisti a intensa vontade de encarar o infeliz.

Dr. não quero que venha até a minha casa sem que esteja presente, tudo que envolve minha mãe ou qualquer mulher dessa casa deve ser feito na minha presença — falei sério e ele não deixou de me encarar, e isso confirmou que as intenções não eram boas.

Não sabia que tinha que pedir permissão para atender uma funcionária provisória, mas entendi, marcarei diretamente no meu consultório, sua mãe avisou que ela será liberada das funções logo — falou e neguei.

Porra nenhuma, pode ir embora, sei o que você quer com ela e não terá — falei e o soldado indicou o caminho para sair, minha mãe veio até mim e me jogou a porra de uma festa no colo me deixando zonzo.

Filho, preciso ter uma conversa rápido com você, algumas mães virão até aqui sábado, uma cerimônia simples e com intuito de ir te apresentando opções de futuras esposas, sei que já deixou claro que não quer casar, mas não me negue de fazer isso, apenas esteja aqui sábado e seja o nosso líder — minha mãe me chantageou e eu cedi, nem acredito nisso, para mim é uma grande perda de tempo isso, eu não tenho interesse em outra pessoa.

__ Tudo bem mãe, não me oporei, mas não te garanto nada, sabe que não penso em me relacionar — falei e ela assentiu e seguiu para o andar de baixo, fiquei ali lutando contra a vontade de entrar naquele quarto e a fazer minha.

June...

 Senti o clima tenso no quarto e agradeci quando eles sairam, minha sogra me disse que geralmente o clima entre homens dominadores era assim e que provavelmente Carlo não gostou de ver outro homem na sua casa sem a sua presença.

Filha eu vou lá ver o jantar e falar com o Carlo sobre a festa, descanse e fique bem, se precisar de ajuda aperte esse botão no telefone que toca lá na cozinha — falou ela e saiu, fiquei ali com o celular e liguei para minha casa, minha mãe atendeu ao segundo toque e fiquei feliz em ouvir sua vóz.

Oi mãe — falei.

Oi filha, como está? O que houve? Não tinha me ligado ainda, ah e um tal de Diego perguntou por você — minha mãe desandou a falar e a acalmei.

Mãe, estou bem, sim estava sem o celular, me machuquei e estou de repouso, me devolveram meu celular já que vou ficar uma semana de repouso, mas estou bem sim, e o Diego teve ai? Que história é essa? — questionei.

Filha, mas está tudo bem? Quando você volta? E esse moço quem é? — questionou ela e achei melhor disfarçar e desligar.

Mãe, vou tomar o remédio agora, depois eu falo com você, eu te amo, dê um beijo no meu irmão e diga que estou com saudades — falei e desliguei, peguei o número salvo como vendas frutas e liguei, Diego atendeu no primeiro toque e perguntei:

Oi Diego, o que houve? Você foi na minha casa? — questionei.

June? June? É você? Saiu um boato que o novo capo te levou para casa dele e te mantém prisioneira, tem um vídeo rolando que ele te joga dentro do carro dele, você está bem? — questionou ele e respondi:

Diego, está tudo bem — nessa hora a porta se abriu e Carlo entrou — Eu te explico quando voltar para casa, estou bem, tenho que desligar — falei e desliguei antes mesmo de ouvi-lo me responder.

Com quem está falando? — questionou ele parecendo furioso.

Um colega, ele foi me procurar — falei e ele me cortou arrancando o celular da minha mão.

Não quero que converse com outro homem, não quero que te toquem — ele falou e respondi incomodada.

Não entendo o porquê, o que quer comigo Sr. Carlo, você não pode decidir com quem eu converso quando não é nada meu — falei e ele se aproximou sentando na cama, de forma perigosamente quente ele se aproximou do meu rosto e disse:

Não me afronte menina, não me desobedeça ou vai acabar pagando caro, não quero outro homem te tocando, não quero que façam algo que eu quero muito fazer — quando ouvi isso fiquei pegando fogo e senti a minha intimidade latejar.

__ Você está acostumada com outro tipo de mulher Sr. Carlo, eu não preciso da sua proteção ou outra pessoa e não preciso que me digam quem pode ou não me tocar, ninguém fará isso, qualquer um, que seja, nem um tipo assim, um tipo como o seu — respondi e ele ficou furioso, levantou e saiu da minha presença me deixando sem entender como administrar o que sentia no meio das minhas pernas.

Precisava ir ao banheiro e tentei sozinha, mas assim que pus o pé no chão perdi o equilíbrio e cai, ouvi a porta se abrindo e vi que Carlo estava ali.

Para quem não precisa de proteção você não está muito bem né — falou me pegando no colo e sentir seu toque no meu corpo me fez muito querer ser beijada por ele, nosso olhar foi tão longo e penetrante que assim que me pôs na cama e sua mão acariciou meu tornozelo me arrependi muito de ter dito que não precisava dele quando sinto que até para respirar se ele não estiver ao meu lado não o posso fazer.

Vou chamar o médico — falou se afastando.

Não, espere, estou bem só apoiei o pé de mal jeito, nem dói mais, desculpe por te ocupar — falei mais baixo e um pouco constrangida com meu rompante agressivo, ele sorriu de uma forma que eu ainda não tinha visto e percebi que esse sentimento estava indo longe demais e abaixei minha cabeça, logo a porta abriu e a empregada trouxe uma bandeja de café, mas assim que viu o chefe sorriu de forma sensual e pareceu doce.

Trouxe sua refeição, meu bem, espero que esteja melhor — falou e nisso Carlo já estava de pé e afastado de mim, ela ficou de pé aguardando e ele a dispensou, ela não gostou muito de ver que ele estaria ali comigo, mas disfarçou e saiu.

Coma e se cuide, quero que continue trabalhando como acompanhante da minha mãe, sua atenção faz bem a ela e consequentemente a mim, continue nesse quarto e se sinta em casa — falou ele — preciso fazer o certo e sinto que é com você — falou baixo a última parte antes de sair.

Fazer o certo? Como assim? — me questionei sem entender o que ele queria dizer.

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