Capítulo 16

...— A verdade —...

Amir não recuou, seu corpo próximo ao de Milla, o desejo pulsando em suas veias. Ele sentia o tremor dela sob suas mãos, e isso o incitava ainda mais. A proximidade entre eles aumentava, e Amir sabia que Milla estava dividida entre o medo e o desejo.

— Eu sei que você quer, Milla — ele murmurou, sua voz rouca e carregada de desejo. Ele aproximou os lábios dos dela, respirando sua essência, sentindo o calor de seu corpo. — Você não precisa lutar contra isso.

Milla estava à beira do desespero. Sua mente gritava para ela fugir, mas o corpo traía seus pensamentos. O toque firme de Amir, os lábios dele tão próximos dos seus, a faziam arder por dentro. Ela sabia que estava à beira de um abismo, e ceder significaria revelar sua mentira.

— P-por favor, Amir... — ela sussurrou, a voz embargada pela mistura de emoções. — Não agora.

Mas Amir não estava disposto a parar. Ele a queria de uma maneira que nunca quisera ninguém antes, e nada o impediria de tê-la por completo. Seus lábios finalmente encontraram os dela, e o beijo que se seguiu foi ardente, cheio de uma urgência que deixava claro o quanto ele a desejava.

Milla sentiu seu corpo ceder, incapaz de resistir ao desejo que Amir despertava nela. O beijo se aprofundou, as línguas se encontrando, explorando, enquanto as mãos de Amir deslizavam pelas curvas de seu corpo com uma fome quase animal. Ele a pressionou contra a parede, seu corpo rígido e quente contra o dela, e Milla sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

— Por que resistir? — Amir sussurrou contra os lábios dela, enquanto suas mãos desciam pelo seu corpo, explorando cada centímetro, cada curva. — Você já esteve nos braços de outro homem... qual é o problema agora?

O conflito interno de Milla estava estampado em seu rosto. Ela sabia que, se deixasse Amir ir adiante, ele descobriria a verdade. Mas ao mesmo tempo, o desejo que sentia por ele era incontrolável. As mãos dele apertavam sua cintura, firmes e possessivas, e ela se viu arqueando o corpo contra o dele, incapaz de resistir à intensidade do momento. Milla só queria sentir mais do seu päu rígido roçando em seu ventre.

— Amir... — a voz dela saiu num sussurro fraco, enquanto ele beijava seu pescoço, descendo lentamente até a clavícula, provocando-a a cada toque, a cada mordida suave.

— Você vai ser minha esposa — ele murmurou, os lábios traçando um caminho quente pela pele dela. — É natural que eu queira você. E você quer isso também, não quer? Hã, você quer tanto quanto eu.

Milla sentiu as pernas fraquejarem. O corpo dela estava respondendo a cada carícia, a cada palavra dita por Amir, e ela sabia que estava perdendo o controle. Ela queria que ele parasse, mas o desejo era avassalador, esmagador, e ela não conseguia pensar com clareza.

— Por favor, Amir... — ela tentou novamente, mas sua voz estava cheia de desejo, traindo seu verdadeiro sentimento.

Amir sorriu contra a pele dela, um sorriso cheio de satisfação. Ele sabia que Milla estava se rendendo, e isso o excitava ainda mais. As mãos dele exploraram os seios dela, acariciando, provocando, enquanto os lábios se moviam mais para baixo, deslizando pelo corpo quente e suado de Milla. Ela ofegou, incapaz de controlar as sensações que a invadiam.

Amir a ergueu nos braços com facilidade, carregando-a até a cama. Ele a deitou suavemente, mas o olhar em seus olhos era predatório, dominador. Milla sentiu o coração acelerar quando ele começou a despir-se, da única peça de roupa que ele estava vestido, vendo a peça caindo ao chão com um propósito claro. Quando ele se aproximou dela novamente, estava nu, sua ereção dura, deixando claro que ele a queria e iria possuí-la naquele momento.

No entanto, o que mais lhe causou espanto, foi perceber que Amir além de bonito e perfeito, dono de um corpo escultural invejável, também é bem dotado. E Milla tem quase certeza de que ele tinha seus 23 cm e era exageradamente grosso.

— Amir... por favor... — Milla tentou uma última vez, mas as palavras morreram em seus lábios quando ele a beijou novamente, dessa vez com uma paixão quase desesperada.

Amir se posicionou sobre ela, seus corpos se tocando em uma intimidade que fazia Milla arder por dentro. As mãos dele desceram até as pernas dela, separando-as lentamente, enquanto ele se colocava entre elas, sentindo a maciez e o calor da pele dela contra a sua.

— Eu vou te mostrar, esposa — ele murmurou, sua voz carregada de desejo — Vou te fazer sentir coisas que você nunca imaginou, e principalmente mostrar a você que é minha e de mais ninguém.

Milla fechou os olhos, tentando controlar a respiração, mas foi em vão. Ela sabia que estava prestes a ser tomada, e a excitação misturada ao medo tornava tudo mais intenso. Quando sentiu a mão de Amir descendo por suas coxas, acariciando-a de forma íntima, ela não pôde conter o gemido que escapou de seus lábios.

— Shhh, fique calma, querida — Amir sussurrou, a voz baixa e carregada de desejo.

Mas quando ele começou a avançar, pronto para possuí-la, algo o fez parar. Amir franziu o cenho, uma sensação estranha se instalando em seu peito. Ele olhou para Milla, ainda ofegante, e viu algo em seus olhos que o fez hesitar.

— Milla... — ele murmurou, os olhos se estreitando. Ele não podia acreditar no que estava sentindo. Com cuidado, Amir se afastou levemente, observando a reação dela, vendo a confusão e o pânico se misturarem em seu rosto.

Foi então que ele soube. Milla ainda era virgem.

A descoberta o atingiu como um balde de água fria. Toda a raiva, a frustração que ele havia sentido antes, agora se misturavam com uma surpresa que o deixou sem palavras por um momento. Ele se levantou da cama, os pensamentos girando em sua mente.

— Você mentiu para mim? — ele disse, a voz baixa, mas carregada de uma raiva controlada. — Por quê? Por que fez isso?

Milla ficou paralisada, o medo estampado em seu rosto. Ela não tinha respostas, apenas o pavor de que sua mentira tivesse consequências terríveis. Amir se afastou, ainda tentando processar a revelação. Ele havia sido enganado, e a humilhação queimava em seu peito.

Mas sabia que, de alguma forma, Milla pagaria por isso.

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