...— Expulsa do palácio —...
Amir fez Milla sentar-se abruptamente na cadeira, a força com que a fez acomodar quase a fez perder o equilíbrio. Com uma raiva visível, ele puxou uma cadeira e sentou-se na frente dela, seus olhos queimando com uma intensidade feroz. Mesmo que não estivesse interessado nela como deveria, o fato de que ela o enganara por anos o deixou furioso. Ele esperara por tanto tempo para ouvi-la dizer que não era mais virgem, e isso o deixou profundamente irritado.
— Diga-me agora mesmo, quem foi o homem que tocou em você? — Amir exigiu, sua voz carregada de ódio. — Eu vou matá-lo com minhas próprias mãos. — Seu tom era ameaçador e seu olhar, penetrante, enquanto xingava em várias línguas.
Milla estava visivelmente assustada, seus olhos arregalados enquanto tentava manter a compostura.
— Não é da sua conta. Minha vida pessoal não é mais problema seu — respondeu ela, tentando manter a calma.
A expressão de Amir tornou-se ainda mais feroz. Ele se levantou e começou a massagear a têmpora, claramente lutando para controlar sua fúria. Neste momento, a porta do escritório se abriu, revelando sua mãe, Layla. Ela entrou com um olhar triste e preocupado, olhando para Milla com um misto de pena e desaprovação.
— Filho — disse Layla, tentando intervir.
— Não se meta, mãe — respondeu Amir, sua voz carregada de frustração.
Layla hesitou por um momento, mas então caminhou até Milla, colocando uma mão reconfortante em seu ombro. Milla olhou para ela com um olhar de alívio, esperando que sua presença pudesse ajudar a amenizar a tensão.
Amir, no entanto, estava implacável. Ele caminhou até Milla, inclinando-se para ficar cara a cara com ela. Seus olhos estavam cheios de raiva e decepção.
— Está banida deste lugar. Não quero mais te ver aqui — disse Amir, com uma frieza cortante na voz. — Vá para sua casa, arrume todas as suas coisas e vá embora. Está me ouvindo? Não ouse colocar seus pés nesse lugar novamente, nem para visitar seus pais.
Milla sentiu uma onda de tristeza e resignação ao ouvir essas palavras. Ela sabia que havia chegado a um ponto sem retorno.
Layla olhou para Amir, seu rosto refletindo uma tristeza profunda.
— Amir, não precisamos ser tão duros. Talvez haja uma maneira de resolver isso sem tanta animosidade.
Amir não deu ouvidos à mãe, seu olhar ainda fixo em Milla. Sua raiva era visível, e ele parecia decidido a expulsá-la sem mais delongas.
— Não há mais nada a discutir — afirmou Amir, a voz endurecida. — Vá embora agora, antes que eu arraste você daqui e jogue lá fora, como um lixo descartável.
Milla levantou-se lentamente, seus movimentos eram pesados com o peso da situação. Ela olhou para Layla, um olhar silencioso de agradecimento, e depois para Amir, que a observava com um olhar frio e decidido.
Com um último suspiro, Milla se virou e saiu do escritório, passando por Layla que a observava com um olhar triste. Cada passo que ela dava parecia mais pesado que o anterior, e o som dos seus sapatos ecoava pelos corredores enquanto ela se dirigia para fora do palácio.
Ao sair, Milla foi imediatamente recebida pelos seguranças de Amir que, com um gesto cortês, a acompanharam até a limusine que a esperava. Ela se acomodou no banco de trás, olhando pela janela enquanto o carro começava a se afastar do palácio. O luxo e a grandiosidade do lugar iam diminuindo rapidamente, dando lugar a uma paisagem mais comum e familiar.
O caminho de volta para a casa dos pais foi silencioso. Milla sentiu o peso da decisão que acabara de tomar. O que antes parecia um sonho distante agora se tornava uma dura realidade. Quando o carro finalmente estacionou em frente à casa dos pais, ela hesitou por um momento antes de sair.
Milla entrou na casa, e a sensação de estar em casa foi uma mistura de conforto e tristeza. Seus pais estavam na sala, conversando baixinho quando ela entrou. Seus olhares eram preocupados.
— O que houve? Por que voltou? — indagou o pai de Milla, levantando-se do sofá.
— O casamento foi cancelado — respondeu Milla, com a voz tremendo. — Eu disse ao Amir que não sou mais virgem.
A mãe de Milla levou as mãos à boca em choque.
— Você o quê? — exclamou ele, visivelmente alarmado.
— Sim, papai, falei a ele que não sou mais virgem e ponto final. Não vai ter casamento, e além disso, ele me expulsou do palácio e desse lugar.
O pai de Milla ficou furioso e, sem pensar, deu um tapa ardente na face de sua filha. Milla ficou paralisada, a dor da bofetada misturando-se com a decepção e tristeza.
— Como você pôde fazer isso? — gritou o pai, sua voz carregada de raiva e frustração. — Você arruinou tudo!
Milla sentiu as lágrimas começarem a rolar por seu rosto. Ela tentou se manter firme, mas a dor era insuportável. Sua mãe correu para ela, envolvendo-a em um abraço protetor, tentando amenizar a dor e o constrangimento.
— Calma, querida — disse a mãe, tentando confortá-la. — Vamos resolver isso, estamos aqui para você.
O pai, ainda furioso, afastou-se e começou a andar de um lado para o outro, tentando controlar suas emoções.
— Não vamos resolver nada, já está resolvido. Ela vai ter que sair logo daqui, do contrário, quem será arruinado, somos nós.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 40
Comments
Luciana Santos
deveria ter falado a verdade para ele
2025-01-17
0
Elizabeth Fernandes
Milla mentir tem perna curta
2025-02-23
0
Nice Machado
verdade
2025-01-05
0