...— No palácio —...
Milla pegou o celular após uma mensagem cair, abriu a mesma e viu a notícia bem diante dos seus olhos, e algumas fotos de uma modelo chamada Penélope e Amir seu noivo se divertindo, o que a fez amadurecer a idéia de mentir para ele sobre a sua virgindade, assim sairá desse casamento de uma vez.
Ela parou no topo da escada, segurando suas malas com firmeza, enquanto observava os seguranças de Amir subirem apressados para pegar suas coisas. Cada movimento deles era preciso e eficiente, como se já tivessem feito isso inúmeras vezes. Eles pegaram suas malas e as carregaram para o carro com a mesma rapidez e profissionalismo. Milla desceu as escadas, tentando manter a calma. Quando chegou à porta, seus pais a aguardavam com expressões sérias e decididas.
— Cuide-se, minha filha — disse sua mãe, com a voz calma.
— Estamos torcendo para que tudo dê certo — acrescentou seu pai, forçando um sorriso, tentando passar segurança para ela.
Milla abraçou os dois rapidamente, sem conseguir encontrar as palavras certas. Quando se afastou, dirigiu-se para a limusine que a esperava do lado de fora. Achou o luxo um tanto exagerado, mas não comentou nada. Assim que entrou no veículo, afundou no estofado macio, deixando escapar um suspiro pesado.
Enquanto a limusine começava a se mover, Milla olhou pela janela, observando as ruas familiares de sua cidade. Elas foram desaparecendo conforme o carro avançava em direção a um destino que lhe parecia cada vez mais incerto. As construções urbanas deram lugar a vastas áreas rurais, com árvores que se alinhavam ao longo da estrada, formando um cenário tranquilo, quase bucólico. Era uma estrada longa e sinuosa, com poucas casas e um silêncio que parecia crescer conforme se afastavam da cidade.
O caminho até o palácio de Amir era isolado, distante de qualquer vizinhança. A estrada era ladeada por grandes campos abertos, e ao longe, Milla conseguia ver colinas suavemente onduladas que pareciam se estender até o horizonte. O céu estava claro, com poucas nuvens, e o sol brilhava suavemente, aquecendo o dia.
Depois de algum tempo, a limusine fez uma curva acentuada e Milla viu que estavam se aproximando de um portão imponente. Ele era feito de ferro forjado, com detalhes que destacavam a grandeza do lugar. Ao lado do portão, havia guardas posicionados, que prontamente abriram caminho para a entrada da limusine. O carro passou por uma longa alameda de ciprestes altos que levava até a entrada principal do palácio.
O palácio de Amir era majestoso. Suas torres altas e paredes de pedra davam a impressão de uma fortaleza, mas com uma beleza que o tornava imponente e gracioso ao mesmo tempo. O jardim ao redor era bem cuidado, com flores coloridas e fontes que borbulhavam suavemente. Milla não pôde deixar de se sentir intimidada com o que via. Era um lugar que parecia pertencer a um mundo completamente diferente do que ela conhecia.
Assim que a limusine parou, um dos seguranças abriu a porta para Milla. Ela desceu, sentindo o peso da expectativa nos ombros. Antes que pudesse pensar muito, uma mulher alta e elegante, que ela logo reconheceu como Layla, a mãe de Amir, aproximou-se com um sorriso caloroso.
— Bem-vinda, minha querida — disse Layla, abraçando Milla e lhe dando um beijo na bochecha. Seu gesto era acolhedor, mas havia uma certa formalidade em sua postura.
— Obrigada, senhora Layla — respondeu Milla, tentando soar educada e calma, mesmo que seu coração estivesse disparado.
— Não precisa me chamar de senhora. Apenas Layla está ótimo. Venha, vamos entrar. Amir está esperando por você no escritório — Layla disse, mantendo o tom amigável enquanto guiava Milla para dentro do palácio.
Elas caminharam pelo saguão principal, que era ainda mais impressionante por dentro. O chão de mármore reluzia sob os pés, e as paredes eram adornadas com tapeçarias e quadros que contavam a história da família de Amir. O ambiente era luxuoso, mas havia algo quase intimidador naquela riqueza toda.
Milla seguiu Layla por corredores longos e amplos, e depois subiram uma escadaria de mármore até chegarem a uma grande porta de madeira ornamentada. Layla parou em frente à porta e olhou para Milla com um sorriso gentil.
— Segundo nossas tradições, não é permitido que fiquem a sós antes do casamento, então vou acompanhá-la até o escritório — explicou Layla, em um tom calmo, mas firme.
Milla apenas assentiu, mesmo que algo dentro dela quisesse encontrar uma forma de fugir daquele compromisso. Ela sabia que precisava ser estratégica e que desistir não era uma opção fácil. Estava decidida a mentir, a fazer o que fosse necessário para sair daquela situação. Mas, quando a porta do escritório se abriu e ela viu Amir, suas palavras e pensamentos travaram.
Amir estava sentado em uma poltrona de couro escuro, com uma perna cruzada sobre a outra. Sua postura era relaxada, mas sua presença enchia a sala. Ele vestia um traje vermelho profundo, com detalhes em ouro que brilhavam à luz que entrava pela janela. Seus cabelos negros estavam perfeitamente penteados para trás, e seus olhos azuis brilhavam intensamente quando a viram.
Por um momento, Milla sentiu a boca secar. As palavras que ela tinha preparado desapareceram, substituídas por uma mistura de nervosismo e algo que ela não conseguia identificar.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Ameles
não recue, não sede
2025-04-01
0
Luciana Santos
põe fotos
2025-01-16
0
Fatima Maria
MINHA AUTORA VC É SHOW!!! MISERICÓRDIA EU ESTOU AMANDO DEMAISSS E TBM COM RAIVA POR ELA SE CASAR SEM AMOR 😍. A PESAR QUE DEPOIS É QUE VEM AMOR 😍 MAS POR HORA É UMA PRISÃO. SANTO CRISTO
2024-12-02
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