...— No Meio da Festa — ...
A festa estava vibrante e animada. A casa de Milla estava repleta de amigos e familiares para celebrar a chegada de Alí, seu primo que havia voltado de Paris. Ele era um homem atraente e bem-sucedido, um médico renomado e conhecido por seu charme irresistível. Milla estava encantada com a presença dele e se entregava à alegria da noite, dançando e rindo com suas primas e amigas.
A música alta e o barulho das conversas preenchiam o ambiente. No meio da diversão, Milla havia deixado sua bolsa sobre uma mesa próxima. O celular dela começou a tocar, mas o som da festa era tão alto que ela não conseguiu ouvir. Alí, que estava conversando com alguns convidados e aproveitando a festa, percebeu o telefone vibrando e decidiu atender para ajudar Milla, que estava ocupada demais para notar.
— Alô — disse Alí, tentando ser ouvido acima da música.
Do outro lado da linha, a voz grave e imponente de Amir Al-Farooq se fez ouvir, carregada de um leve sotaque árabe que só reforçava seu tom autoritário e formal.
— Milla?
— Não é ela, é... — Alí hesitou por um momento, reconhecendo o sotaque distintivo. — Sou o …
— Percebi que não era ela, pela voz, claro. Então, pode passar o celular para a minha noiva. — A palavra "noiva" saiu com uma ênfase pronunciada, como se o sheik estivesse destacando a formalidade do título, sem dar Ali a chance de continuar a falar.
Alí levantou uma sobrancelha, notando a rigidez na voz de Amir. Sem perder tempo, ele se dirigiu para Milla, que estava no meio da pista de dança.
— Milla, telefone para você. — disse Alí, estendendo o celular com um olhar que misturava curiosidade e uma pitada de preocupação.
Com o coração ainda acelerado pela dança, Milla pegou o telefone e atendeu, tentando se concentrar na voz familiar do outro lado.
— Alô.
— Milla... — A voz de Amir soou grave e controlada, com uma nota de frustração subentendida.
Ao ouvir o tom de Amir, Milla sentiu um arrepio. Era o tipo de sensação que sempre a fazia pensar na tensão que havia entre eles. Ela sabia que, pela forma como ele falava e pelo tom formal, Amir estava aborrecido.
— Amir... — Milla disse, tentando manter a calma na voz. — Como você está?
Houve uma pausa do outro lado da linha, e Milla pôde quase sentir a irritação de Amir atravessando a conexão. Ele se esforçou para manter a compostura, mas a tensão era visível.
— Quem é esse homem que atendeu seu telefone? — Amir perguntou, sua voz carregada de uma frieza controlada que a fez sentir um nó no estômago.
Milla hesitou por um instante. O tom possessivo de Amir era inconfundível, e ela sabia que ele não gostava de que outros homens interferissem em sua vida. Com um suspiro profundo, ela tentou suavizar a situação, mesmo com vontade de dizer a ele que não era da sua conta.
— Era Alí, meu primo. Ele só atendeu porque eu não ouvi o telefone. Não queria causar nenhum problema.
— Não é apenas sobre causar problemas. É sobre respeito e privacidade. — A voz de Amir soava como se ele estivesse lutando para manter a calma. — Eu quero saber com quem você está falando e por quê está em companhia do seu primo.
Milla percebeu a tensão na voz de Amir e sentiu uma mistura de irritação e frustração. A possessividade dele começava a se tornar um peso em seu coração.
— Amir, eu entendo que você esteja preocupado, mas estávamos em uma festa. Não havia motivo para ficar chateado com isso. — Ela tentou argumentar, procurando uma maneira de apaziguar a situação. — Estou aqui com toda a minha família e alguns amigos mais íntimos.
— Não se trata apenas da festa. É sobre como você se comporta e sobre o respeito que me deve — Amir continuou, sua voz carregada de um tom que indicava que ele não estava disposto a se dobrar facilmente. — Eu esperava que você me informasse quando estivesse em eventos sociais, especialmente com homens ao seu redor.
— Esse homem é meu…
— Mesmo sendo seu primo, continua sendo homem. — rebateu, com uma raiva contida na voz.
Milla sentiu a tensão aumentar e o peso das expectativas de Amir sobre seus ombros. A conversa estava começando a se tornar um confronto, e ela sabia que precisava encontrar uma maneira de encerrar a discussão sem causar mais atritos.
— Amir, vou me certificar de que você seja informado sobre tudo que importa para nós. — Milla respondeu, tentando ser diplomática. — Agora, vou voltar para a festa, uma festa em família, senhor Amir.
— Certifique-se de que isso não aconteça novamente. — Amir disse com um tom firme, antes de encerrar a ligação.
Milla desligou o telefone e olhou para Alí, que estava observando a cena com uma expressão de preocupação, enquanto balançava a cabeça em negativo.
— Está tudo bem? — Alí perguntou, seu olhar cheio de uma sincera preocupação.
Milla forçou um sorriso e acenou com a cabeça. — Sim, está tudo bem. Só mais uma das coisas que eu tenho que lidar.
Alí, percebendo que o assunto era delicado, decidiu não insistir mais e voltou a se juntar à festa, tentando animar Milla com a alegria contagiante que estava presente.
Enquanto Milla se misturava novamente com seus amigos e familiares, a conversa com Amir pairava em sua mente, um lembrete constante das complexidades e desafios que ela enfrentava no relacionamento com o sheik. A noite continuava com risos e música, mas uma sombra de preocupação se mantinha em seu coração, uma constante lembrança de que sua vida estava longe de ser simples e feliz ao lado de um homem possessivo e ciumento.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Luciana Santos
possessivo é pouco para o Sheik
2025-01-16
0
Elizabeth Fernandes
Crápula ele pode tudo e ela não
2025-02-23
1
Alessandra Bizarelli
Se eu fosse ela faria bem assim" Alô...o que foi...nao estou ouvindo, escuta os ruídos, vai cair...tchau ..."
2025-01-12
1