Capítulo 20

...— A Festa — ...

O casal de noivos seguiu para o pátio onde aconteceria a festa. O espaço estava decorado de forma exuberante, com flores exóticas e luzes cintilantes que criavam uma atmosfera mágica. O som suave de uma banda ao vivo tocava ao fundo, enquanto os convidados se reuniam em grupos, conversando animadamente e aguardando o início das celebrações.

Assim que Amir e Milla chegaram ao pátio, todos os olhares se voltaram para eles. Os convidados começaram a se dirigir ao casal, um por um, para parabenizá-los pelo casamento. Milla sorriu educadamente para cada pessoa que se aproximava, agradecendo pelas palavras gentis e pelos votos de felicidade. Amir, ao seu lado, mantinha uma postura firme, mas seu olhar suave deixava claro que estava satisfeito com o desenrolar da noite.

Depois de alguns minutos, Milla teve que se separar de Amir, pois a mãe dele, juntamente com sua própria mãe e algumas amigas, insistiram que ela se juntasse a elas. As mulheres estavam ansiosas para conhecer melhor a nova esposa do sheik. Milla hesitou por um breve momento, mas sabia que esse era um papel que precisava desempenhar. Com um sorriso no rosto, ela se juntou ao grupo, trocando cumprimentos e respondendo às perguntas curiosas das amigas de sua sogra.

Enquanto Milla estava envolvida na conversa com as mulheres, Amir se juntou a um grupo de homens, que incluía alguns de seus amigos mais próximos. Eles o cumprimentaram com apertos de mão e palmadinhas nas costas, expressando sua felicidade pelo casamento. Amir pegou uma taça de champanhe que um garçom lhe ofereceu e se envolveu na conversa com os homens, que falavam sobre negócios, esportes e outros assuntos típicos de suas reuniões.

Enquanto falava com os amigos, Amir não podia deixar de lançar olhares ocasionais para Milla. Ele a observava interagir perfeitamente bem com as mulheres ao seu redor, como uma senhora casada. Milla parecia à vontade, sua postura elegante e sua expressão serena indicavam que ela estava desempenhando seu papel com graça. Amir sentiu um leve orgulho ao ver como ela estava se saindo, mesmo sabendo que aquele casamento não era exatamente o que ambos queriam ou esperavam. 

De repente, Darik se aproximou discretamente dele. Com um ar preocupado, ele se inclinou e sussurrou no ouvido de Amir:

— Senhor Amir... A mulher... Penélope está do lado de fora querendo falar-lhe.

A menção do nome de Penélope fez com que Amir imediatamente se voltasse para Darik com um olhar sério. Seu semblante se fechou, e ele apertou os lábios em desaprovação.

— E por que veio me falar? — Amir respondeu em tom baixo, mas firme, enquanto seus olhos estreitaram com irritação. — Não vê que estou no meu casamento? Eu já avisei que não quero mais nada com essa mulher, e seu dever é não deixá-la entrar e, muito menos, ficar me passando recados.

Darik engoliu em seco, claramente arrependido por ter trazido a mensagem. Ele sabia que havia cometido um erro ao perturbar Amir em um momento tão importante, e agora enfrentava as consequências.

— Claro, senhor. Me perdoe pelo meu erro. — Darik respondeu, abaixando a cabeça em sinal de respeito e submissão.

— Cuide para que isso não aconteça novamente, Darik. — Amir disse, mantendo o tom autoritário. — E certifique-se de que Penélope seja removida imediatamente. Ela não é bem-vinda aqui.

Darik assentiu rapidamente antes de se afastar para cumprir as ordens de Amir. Amir observou enquanto o homem desaparecia na multidão, sentindo a raiva se dissipar lentamente. Ele sabia que lidar com Penélope era um fardo que ele gostaria de deixar para trás, especialmente agora que estava casado com Milla, e que a dispensou, deixando claro que não haveria mais nada entre eles. 

Tentando afastar o pensamento perturbador, Amir voltou sua atenção para os amigos, que haviam notado a breve interação, mas sabiamente não fizeram perguntas. Ele retomou a conversa, mas sua mente ainda estava parcialmente presa no assunto anterior. Ele sabia que lidar com Penélope era algo que precisaria resolver novamente em algum momento, mas não hoje. Hoje era o dia do seu casamento, e ele precisava estar presente para Milla.

Amir virou-se para olhar para sua esposa mais uma vez. Ela ainda estava envolvida na conversa com as mulheres, sorrindo e rindo em resposta aos comentários delas. A visão de Milla, tão graciosa e serena, trouxe a Amir um breve momento de paz.

Ele ergueu a taça de champanhe e deu um pequeno gole, deixando o sabor fresco e borbulhante preencher sua boca. Amir sabia que a noite ainda estava longe de terminar, e que muitas outras conversas e interações estavam por vir. Mas, por enquanto, ele se permitiu um momento para apreciar o que tinha diante de si: uma esposa bela e digna e amigos fieis.

Com um último olhar para Milla, Amir se preparou mentalmente para aquela noite. Ele sabia que, como sheik, havia responsabilidades e deveres que precisaria cumprir, tanto para com sua esposa quanto para com seu povo. Mas naquele momento, ele decidiu que faria o que fosse necessário para proteger seu casamento e garantir que, ao lado de Milla, construísse uma vida que ambos pudessem respeitar e, quem sabe, até amar. Se isso for possível.

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