Ao sair do café, Marina sentiu uma leve mudança no ar, como se a própria realidade estivesse se ajustando. Ela não sabia ao certo o que aconteceria a seguir, mas estava confiante de que havia plantado a semente da mudança. Sentiu uma mistura de esperança e nervosismo, ansiosa para ver o efeito de suas ações no presente.
O portal a aguardava, brilhando suavemente no final da rua. Marina sabia que sua missão no passado estava concluída, e agora era hora de voltar para o presente e ver como suas ações haviam afetado o destino de sua família.
Ao atravessar o portal novamente, sentiu uma forte vertigem, como se estivesse sendo puxada por várias direções ao mesmo tempo. A sensação era intensa e desorientadora, uma mistura de medo e expectativa. Quando finalmente emergiu, estava de volta à clareira, mas algo parecia diferente. O ambiente estava mais calmo, menos pesado.
Marina saiu da floresta e seguiu para casa, o coração batendo acelerado. A jornada pelo tempo havia sido longa e cheia de desafios, e ela estava ansiosa para descobrir se suas ações haviam feito diferença.
Quando chegou em casa, a primeira coisa que notou foi a energia renovada na casa. O quintal estava cheio de risos e vozes animadas. Ao se aproximar, viu sua mãe e seus irmãos brincando alegremente. A visão a tocou profundamente; algo havia mudado. Ela não sabia exatamente o que havia alterado, mas a atmosfera de felicidade era palpável.
Marina entrou na casa e encontrou sua mãe e seus irmãos no quintal. O ambiente estava cheio de vida e alegria, uma cena que parecia quase mágica em comparação com as lembranças sombrias que ela carregava. A mudança era clara, e Marina não podia deixar de se sentir emocionada com a diferença.
Ao entrar na sala, para sua surpresa, encontrou seu pai lá, conversando animadamente com sua mãe. Ele parecia mais velho, mas ainda forte, com uma expressão de paz que Marina nunca tinha visto antes. A visão a fez sentir uma onda de alívio e incredulidade. Ela quase não acreditava no que via.
— Marina! — Sua mãe sorriu ao vê-la, gesticulando para que se juntasse a eles. — Como foi o seu dia?
Marina sorriu, lágrimas de alívio escorrendo pelo rosto. Sentiu uma onda de calor e conforto ao estar novamente com sua família. A mudança era evidente, e ela sabia que havia conseguido algo significativo. Ela se sentou ao lado do pai, sentindo uma conexão renovada. Não sabia exatamente como as coisas haviam mudado ao longo dos anos, mas sabia que agora estavam juntos, e isso era o que mais importava.
Sentada à mesa, Marina percebeu que a presença de seu pai não era apenas uma mudança superficial; era um reflexo de algo mais profundo. Havia um senso de equilíbrio e harmonia na casa que antes estava ausente. O sacrifício que fizera no passado havia criado um novo futuro para sua família, e ela estava finalmente vendo os frutos desse esforço.
Enquanto conversava com sua mãe e seus irmãos, Marina sentiu uma sensação de realização. O peso do sacrifício ainda estava presente, mas agora era uma lembrança de sua força e resiliência. Ela havia perdido uma memória preciosa, mas em troca, ganhara um futuro que valia muito mais.
A noite caiu e a família se reuniu ao redor da mesa para o jantar. As conversas eram animadas e cheias de calor familiar. Marina se permitiu relaxar e aproveitar o momento, sentindo uma profunda gratidão pela nova chance que tivera. A mudança no tempo havia criado uma nova realidade, e ela estava ansiosa para vivê-la ao lado das pessoas que mais amava.
Marina sabia que, apesar das mudanças, sua jornada ainda não havia terminado. O cristal e o amuleto ainda estavam com ela, guardados com carinho. Embora a maior parte de sua missão estivesse concluída, sabia que suas aventuras com o tempo e as sombras talvez não estivessem completamente terminadas. Por agora, no entanto, ela estava satisfeita com o que havia conquistado e pronta para abraçar o futuro com uma nova perspectiva.
Ela também começou a se abrir para novas amizades e experiências, inspirada pela reconciliação de sua família. O teatro, que antes era uma forma de escape, agora se tornava uma maneira de expressar suas emoções de maneira saudável e criativa. Marina finalmente encontrou o equilíbrio entre sua solitude e o desejo de se conectar com os outros, construindo um círculo de amigos que a apoiavam e a aceitavam como ela era.
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Atualizado até capítulo 26
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