O Primeiro Sacrifício

Com o cristal em suas mãos, Marina sentiu o peso da responsabilidade que agora carregava. As visões que o artefato lhe mostrara eram claras: para salvar sua família, ela precisaria fazer escolhas difíceis. O eco das palavras da velha ainda a assombrava. Cada movimento que fizesse seria observado pelas sombras, e o preço a pagar poderia ser mais alto do que ela imaginava.

Saindo da câmara subterrânea, Marina encontrou o jovem esperando por ela na entrada das ruínas. Ele a observava com uma expressão de preocupação.

— Você encontrou o que precisava? — perguntou ele, embora parecesse já saber a resposta.

— Sim, mas... agora entendo que isso não será fácil — respondeu Marina, guardando o cristal em seu bolso. — Preciso descobrir o que deve ser feito, mas também preciso estar preparada para as consequências.

O jovem assentiu, e os dois começaram a caminhar de volta para a vila. Mas, assim que chegaram, perceberam que algo estava diferente. As sombras que antes rondavam silenciosamente agora pareciam estar em toda parte, engolindo as ruas e as casas.

— Eles estão aqui — sussurrou o jovem, seus olhos arregalados de medo. — Os caçadores de sombras.

Marina olhou ao redor, sentindo a presença ameaçadora crescendo. Sabia que não poderiam ficar ali por muito tempo. Mas, antes que pudessem fugir, uma figura alta e encapuzada emergiu das sombras, bloqueando seu caminho.

— Marina — disse a figura, com uma voz fria e distante. — O poder que você carrega não pertence a você. Devolva o cristal, ou enfrente as consequências.

Marina deu um passo para trás, apertando o cristal em seu bolso. Ela sabia que não poderia desistir agora. Sua família dependia dela.

— Eu não vou desistir! — respondeu ela, com determinação.

O caçador de sombras sorriu, um sorriso cruel e sem alegria.

— Então prepare-se para o primeiro sacrifício.

Antes que Marina pudesse reagir, a sombra avançou, rápida como um relâmpago. O jovem ao seu lado tentou protegê-la, mas foi atingido em cheio, caindo ao chão, inconsciente.

Marina sentiu o mundo ao seu redor se despedaçar. O jovem, que a ajudara e guiara, agora estava inerte no chão, sua vida dependendo de uma escolha que ela havia feito. O primeiro sacrifício fora feito, e o preço do cristal começava a se revelar.

Com lágrimas nos olhos, ela segurou o corpo do jovem e sussurrou uma promessa silenciosa: não deixaria que mais ninguém sofresse por suas escolhas. Ela levantou-se, determinada a continuar sua jornada, mesmo que o caminho estivesse cada vez mais escuro.

Marina sabia que cada passo agora carregava o peso do sacrifício que acabara de presenciar. As sombras ao seu redor pareciam se agitar, como se se alimentassem de sua dor. Ela não podia mais se dar ao luxo de hesitar. Com o cristal em mãos e a lembrança do jovem como uma motivação constante, Marina se preparou para enfrentar o próximo desafio em sua busca, com o coração pesado, mas a determinação renovada Com o cristal em mãos e a lembrança do jovem, Marina avançou, firme.

Cada passo era um lembrete do sacrifício, mas também uma promessa de esperança.

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Comments

Abdul Rahman

Abdul Rahman

Um bom começo!

2024-08-26

1

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