Capítulo 7

Haviam passado três anos no ducado e tudo havia voltado ao normal.

- Filha, você já está quase terminando a sua carreira, esses anos foram um sonho, seus irmãos puderam entrar no exército, o qual está agora reformado. Seu pai continuou com seu trabalho e agora tem mais responsabilidades porque é assistente do único ministro, a escola cresceu e agora também é um orfanato, às vezes penso que esta vida é um presente.

- Sim, mãe, é um presente de Deus para todos.

- Como estão as mulheres mais lindas da família?

- Somos as únicas mulheres da família, pai.

- Mas são as mais lindas e, além disso, tenho uma excelente notícia.

- Diga-me, o que é? Uma nova confeitaria? Poderei viajar para realizar minha prática nos povoados pobres?

- Isso, bom, mmm, sim, é sobre seu treinamento...

- Fala, esposo, que já está me deixando ansiosa.

- Bom, é que o senhor ministro sabe que você está para terminar sua carreira e me parabenizou por isso, o que fez com que ele até comentasse com o duque, o qual gentilmente aceitou que você pudesse trabalhar em sua mansão com seus dois filhos que, ao que parece, um deles está doente.

- Mas, pai, eu não quero ser babá e ficar só com duas crianças, que, além do mais, certamente recebem os melhores cuidados, eu quero um desafio, ir aos povoados e praticar a medicina com os mais necessitados.

- Mas, filha, é uma grande oportunidade que seu pai conseguiu para você, pelo que se sabe, muito poucas pessoas conhecem os futuros jovens mestres, além disso, você estaria perto de casa, não teria que se expor a riscos e perigos.

- Claro, filha, além disso, seria só para sua prática, quando terminar sua carreira, aí sim, nós conversaremos novamente sobre onde você poderia trabalhar.

- É que eu gostaria de procurar minha prática como qualquer estudante da academia.

- Filha, aproveita esta oportunidade, além disso, se é verdade o que você diz, que eles recebem uma boa atenção, você poderá aprender com os melhores e, depois, aplicar esses conhecimentos até mesmo no orfanato.

- Mas... eu quero viajar.

- E você poderá viajar, filha, mas primeiro precisa terminar os estudos e fazer sua prática.

- Está bem, eu farei, sabe quando devo começar?

- Pode ir amanhã mesmo se apresentar ao duque e à sua família.

- Muito bem, amanhã irei à mansão e só espero que o duque não seja tão ruim quanto dizem.

No dia seguinte, levantei-me cedo da cama e preparei minhas coisas para me apresentar na mansão.

Estava muito nervosa, não havia conseguido muita informação sobre as crianças, embora na minha vida anterior tivesse experiência em lidar com crianças, não sabia como seriam, então decidi parar de pensar nisso e me dedicar a preparar minha maleta com diferentes pomadas e medicamentos, já que não sabia o que afligia os filhos do duque.

Quando cheguei à mansão, foi como ter entrado em um museu.

Estava tudo quase escuro, embora fosse de manhã, quadros grandes, algumas esculturas e muito pouca cor.

- Bom dia, senhorita, sou George, o mordomo da mansão, a senhorita deve ser Lady Smith, a nova enfermeira.

- Bom dia, sim, enfermeira em treinamento e, por favor, pode me chamar apenas de Aurora.

- Bem, Lady Aurora Smith, acompanhe-me até o escritório do duque, por favor.

- Sim, claro, mas, enquanto caminhamos, por favor, conte-me onde estão as crianças.

- Os jovens mestres estão na ala leste do palácio, este é o edifício principal e na ala oeste ficam os aposentos do duque.

- Nossa! Mas se eles são uma famí...

- Perdão?

- Nada, senhor.

- Bem, espere aqui, avisarei quando puder passar.

- Está bem, gra...

[Ele foi embora... Muito bem, Aurora, você está há alguns minutos na mansão e o senhor George já não gosta de você. Mas é que como uma família vive toda separada? Além disso, até a academia era mais bonita do que este lugar].

- Senhorita, está me ouvindo?

- O quê? Sim, diga-me, já estou indo.

- Pode entrar, por favor.

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