A noite estava envolta em uma escuridão impenetrável, como se o próprio céu estivesse conspirando contra a paz que Alexandra e Ethan lutavam para manter. As ruas de Londres, normalmente agitadas, estavam desertas, o silêncio sendo quebrado apenas pelo som distante de sirenes e o ocasional estalo de madeira nos becos. Alexandra estava em alerta máximo, seus sentidos aguçados captando até o menor movimento nas sombras ao redor. Ao seu lado, Ethan permanecia vigilante, seus músculos tensos, prontos para a batalha que sabia estar prestes a acontecer.
“Eles estão próximos,” murmurou Alexandra, seus olhos vermelhos cintilando na escuridão, como rubis incandescentes. Seu tom era calmo, mas carregava uma tensão palpável. Ela podia sentir a presença dos inimigos, seus instintos de vampira alertando-a para o perigo iminente.
Ethan assentiu, os olhos âmbar fixos na escuridão ao seu redor. “Sim, posso sentir o cheiro deles,” ele respondeu, a voz baixa e grave. O aroma metálico de sangue misturado com a brisa fria da noite era inconfundível. “Estão nos cercando.”
Eles estavam em uma rua estreita, ladeada por prédios de tijolos antigos e coberta por uma fina camada de neblina que flutuava sobre o chão como um véu espectral. As luzes dos postes piscavam intermitentemente, lançando sombras que dançavam nas paredes como espectros. O local parecia abandonado, mas Ethan sabia que era uma armadilha. Os inimigos estavam à espreita, esperando o momento certo para atacar.
“Não podemos deixar que eles rompam a aliança,” Alexandra disse, sua voz cheia de determinação. Ela se virou para encarar Ethan, seus olhos queimando com uma intensidade que ele raramente via nela. “Essa é a única chance que temos de evitar uma guerra.”
“Eu sei,” ele respondeu, seu tom igualmente sério. “Mas não será fácil. Eles vieram preparados.”
Antes que ela pudesse responder, um sussurro macabro ecoou pelas paredes estreitas da rua. Era um som baixo, quase indistinguível, mas o suficiente para fazer os pelos na nuca de Ethan se arrepiarem. Ele deu um passo à frente, protegendo Alexandra com seu corpo, seus olhos percorrendo a escuridão.
De repente, as sombras começaram a se mover. Figuras encapuzadas emergiram das trevas, suas presenças silenciosas, mas ameaçadoras. Eram muitos, seus olhos brilhando com uma malícia predatória. Eram caçadores, assassinos treinados, enviados para destruir a aliança frágil que Alexandra e Ethan estavam tentando proteger.
“Cuidado!” gritou Ethan, sentindo o perigo se aproximar rapidamente. Ele mal teve tempo de reagir antes que uma das figuras saltasse em sua direção, brandindo uma lâmina afiada que reluziu à luz fraca do poste.
Alexandra foi mais rápida. Com um movimento gracioso, ela se esquivou do atacante, sua capa de veludo negro esvoaçando ao redor dela como asas. Ela deslizou pelo chão com uma elegância quase sobrenatural, suas presas brilhando enquanto ela atacava com precisão mortal. Em um piscar de olhos, a figura caiu ao chão, o corpo inerte.
Ethan não perdeu tempo. Ele se transformou parcialmente, suas garras afiadas e dentes salientes surgindo à medida que ele se lançava contra os outros atacantes. Seus movimentos eram brutais, mas calculados, cada golpe desferido com uma força que fazia seus inimigos recuarem. “Vamos acabar com isso,” ele rosnou, seu tom misturado com o som de carne sendo dilacerada.
Enquanto eles lutavam, Alexandra e Ethan funcionavam como uma máquina bem afinada. Ela atacava com agilidade, ele com força bruta. Eles se moviam em perfeita sincronia, como se já tivessem dançado aquela dança mortal inúmeras vezes antes. Mas, desta vez, havia algo mais em jogo. A aliança entre lobisomens e vampiros dependia do sucesso deles.
“À sua esquerda!” Ethan avisou, enquanto Alexandra se preparava para um ataque. Ela girou no ar, evitando por pouco uma lâmina que visava seu pescoço. Em resposta, ela agarrou o braço do atacante, torcendo-o até ouvir o som satisfatório de ossos se quebrando, seguido de um grito abafado.
“Esses vermes não sabem com quem estão lidando,” Alexandra disse entre dentes, sua voz carregada de desdém. Ela estava lutando como uma verdadeira predadora, cada movimento fluido e letal.
Mas os inimigos eram muitos, e logo perceberam que precisavam ser mais estratégicos. Vários atacantes avançaram de uma vez, tentando separar os dois. Ethan foi empurrado para trás, enfrentando três adversários ao mesmo tempo. As garras dele rasgavam a carne com facilidade, mas ele sabia que não poderia resistir por muito tempo.
Alexandra, por outro lado, estava cercada por quatro atacantes, todos tentando contê-la com correntes banhadas em prata, que queimavam sua pele ao contato. Ela lutava para se libertar, os olhos brilhando com uma fúria que poucas vezes havia demonstrado. “Saiam do meu caminho!” gritou ela, sua voz ressoando pela rua enquanto quebrava as correntes com uma força inesperada.
Ethan, percebendo o perigo que ela corria, forçou seu caminho até Alexandra, derrubando os atacantes com uma fúria incontrolável. “Alexandra!” ele chamou, sua voz carregada de preocupação genuína.
Ela o ouviu, e por um momento, seus olhares se encontraram. Havia uma comunicação silenciosa entre eles, uma compreensão mútua de que precisavam um do outro para sobreviver àquela batalha. Juntos, eles voltaram à luta, cada um cobrindo as costas do outro, como se fossem um só.
Os atacantes começaram a recuar, percebendo que não conseguiriam vencer aquela dupla mortal. “Vamos,” Ethan disse, seu tom urgente. “Precisamos sair daqui antes que reforços cheguem.”
Alexandra assentiu, ainda ofegante, mas determinada. “Não podemos deixar nenhum vivo. Eles nos seguirão se não os eliminarmos agora.”
Com um último esforço, eles avançaram sobre os atacantes restantes, movendo-se com uma precisão letal. Cada golpe era final, cada movimento calculado para garantir que seus inimigos não se levantassem novamente. Em minutos, a rua estava silenciosa novamente, os corpos dos atacantes espalhados pelo chão, enquanto a lua cheia os observava do alto.
Ethan se aproximou de Alexandra, o peito subindo e descendo rapidamente enquanto tentava recuperar o fôlego. Ele olhou ao redor, certificando-se de que a área estava segura. “Está tudo bem?” ele perguntou, a preocupação ainda evidente em sua voz.
Alexandra, que ainda estava em alerta, relaxou um pouco e olhou para ele. “Estou. E você?”
Ele assentiu, limpando o sangue de suas garras antes de voltar à sua forma humana. “Estou bem. Mas isso foi por pouco.”
Ela sorriu levemente, um sorriso que continha tanto alívio quanto um toque de ironia. “Nós sobrevivemos... mais uma vez.”
Ethan olhou nos olhos dela, vendo algo mais profundo, uma conexão que havia sido fortalecida naquela noite. “Sim, sobrevivemos. Mas temos que ficar atentos. Eles voltarão.”
Alexandra concordou, seu olhar se suavizando um pouco. “E quando voltarem, estaremos prontos.”
A lua cheia continuava a brilhar, lançando sua luz prateada sobre os dois, que permaneciam lado a lado, um laço invisível agora unindo-os. A batalha havia terminado, mas a guerra estava longe de acabar. E enquanto eles olhavam para o horizonte, sabiam que, juntos, poderiam enfrentar qualquer coisa que viesse. Naquela noite, dançaram com a morte e sobreviveram para lutar outro dia.
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Brennda Germany's
e com uma raiva assassina aniquilou todo mundo /Joyful//Joyful//Joyful//Joyful/
2024-08-30
2
Brennda Germany's
vermes /Chuckle//Chuckle//Chuckle/
2024-08-30
1