Capítulo 17

" Não conseguia mais ir em frente, mas você me mostrou o caminho"

Esme é levada sendo arrastada até as masmorras, fora levantada na descida de alguns degraus, parecia haver alguma compaixão naquelas marionetes do Imperador.

  Eles a acorrentaram em uma das celas, e aos poucos estava recuperando a sua consciência, pouca que conseguia ter naquele momento, mal conseguia deixar os olhos abertos, o leve cheiro de sangue se espalhava ao redor do seu nariz, tal este que vinha do seu todo rosto, agora inchado. Bastava agora esperar pelo seu fim.

  Quando mais tarde, ouvisse um barulho na sua cela, ela ainda não conseguia diferenciar, se era dia ou noite, a pessoa se aproximava dela, e colocava algo molhado em sua boca, era água. E ela bebeu involuntariamente.

  — Aguente mais um pouco.— A sua voz estava rouca e baixa. Ele levantou-se, fechou a cela e foi embora.

 "Quem era? Ele deu-me água? O que quis dizer com aguentar mais um pouco? "

 Após aquela água, Esme sentiu as suas forças voltarem, só continuou um pouco zonza. Ela olhou pela janela e viu que o sol estava se pondo.

Novamente ouviu-se barulho na descida dos degraus e um rangido da cela ao lado.

— Vai ter que esperar um pouco amigo, o Imperador estará sem tempo agora para vermes como você — Ele dá tapinhas no seu rosto e se retira. Enquanto o outro, que fica para trás, se abaixa discretamente e entrega algo para ele.

Já era hora décima, quando ela ouviu um som da cela ao lado, alguém saia, mas ela não ouviu som de ninguém entrando, mas escadas nem mesmo havia soldados rodeando eles.

— Esme? — cochichou a voz — Isso deixe-me de queixo caído — A voz parecia-lhe família, mas ela não lembrava aonde ouvira, até que ela ainda cabisbaixa, ver a pessoa se aproximando da cela e abrindo-a e se aproxima dela — Parecia tão feroz aquele dia, e agora não passa de uma donzela indefesa, deixe eu ajudar você. — Ela ergue o rosto e ver a face do tal homem. Era Jack. Jack estava ali a sua frente. — Imagino que a bebida que o nosso amigo te fez bem, vamos levante.

— O que você está fazendo aqui? Com..como?—Ela estava perplexa.

— Ora vim ajudar-te. só preciso que espere um pouco.— Ele foi para a pequena janela e havia na minúscula cela e fez força para retirar duas grades, uma tarefa fácil já que tudo ali caia aos pedaços.

— Ajudar-me? Ficou maluco? Deixe-me em paz, não preciso que ninguém me ajude.

— Bem, não é isso que vejo. Pronto conseguir agora vamos, vou te ajudar a pular.

— Não, não vou —Ela bate pé, e faz com que as veias apareçam no rosto de Jack.

— Esme, deixau lhe explicar, não entrei aqui a toa entrei a pedido da minha mãe que fez questão de colocar a minha vida em risco, para salva a de alguém que ela mal conhece por pura compaixão, então ou você sai daqui comigo, ou morremos os dois, e acredite não quero morrer.

— Morreremos então, não me importo.

— Deve ter enlouquecido.

Esme realmente pensava em não ir, mas ao pensar sobre a mãe de Jack e o seu irmão mike, fazia ela dar para trás nessa sua decisão absurda, ela simplesmente não poderia deixar aquela senhora e o seu filho sofrer por sua causa.

Jack fica dando voltas esperando que Esme ceda, ouvem alguém descendo as escadas novamente. Esme decidira o que faria, então pularam pelo pequeno espaço afora, bem a tempo de não serem pegos. As pressas desciam pelos telhados, e escorregavam entre frestas.

A Foi percebida a fuga,e os guardas tentam pegá-los entre a escuridão, estavam quase fora de alcance, e infelizmente ficam sem escolha e adentram para o jardim do palácio, quando infelizmente Esme é acertada com uma flecha em umas das suas pernas, o que a fez gemer de dor.

— Essa não, vamos suba nas minhas costas — Enquanto ela tentava dolorosamente atender o pedido, lembrou-se de quando mais nova, saia e entrava do castelo por aquele jardim. O túnel era a solução para seus problemas, só precisavam despistar novamente aqueles guardas no imenso jardim que parecia um labirinto.

— Jack vá por ali, vamos ter como sair.

—Tudo bem, deixe comigo.

Assim foi feito, Jack a segurou o mais firme possível e correu como nunca antes, Esme pedera um sangue e então desmaiou pela dor. Jack saiu pelo túnel bem a tempo que ajudá-la.

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