Capítulo 16

  Os pés de Esme finalmente pisaram o carpete daquele salão, como esperado o Imperador no seu esplêndido trono a aguardava.

  Ele apoiava o queijo em umas das mãos, aquele ser robusto chegava até ter mais de um metro e oitenta de altura, não era atoa que as mulheres caiam de amores por ele.

   — Então minha convidada de honra chegou. Esme! — Seu tom de voz mais parecia feliz do que de ódio o que deixava Esme mais confusa — Deseja uma taça de vinho minha querida médica? Quanto tempo que não nos vemos, acho que merecemos uma comemoração.

    Esme o encara, não consegue dizer nenhuma palavra ainda, tenta apenas entender a situação.

   — Vejo que esse tempo longe do castelo te fizeram muito bem, se tornou uma mulher muito bonita, devem ter te dado uma boa sopa — Ele solta uma risada estridente — O quê houve minha médica? Não vai reverenciar seu Imperador — sua voz foi de um tom meloso pra um tão bruto que até mesmo o seu servo se assustou.

   — VAMOS ESME AJOELHE-SE DIANTE DE SEU IMPERADOR.

   Ele vai até ela, segura seu rosto bruscamente, de forma tão asquerosa que Esme não podia sentir tanto nojo quanto naquela hora.

   — Vai me dizer que sua rebeldia foi tão longe ao ponto de esquecer como se tratar senhores de cargos mais altos do que o seu.— Ele solta seu rosto e derruba Esme ao chão, e a puxa pelos cabelos de volta para trás.

    — Vamos diga alguma coisa ou vai dizer que ficou muda?— Ele solta seus cabelos — Não vai ao menos tentar me pedir perdão, ou misericórdia... Você é mesmo estúpida.

   Esme suspira, e resolve abrir a boca:

   — Você é mesmo um grande Imperador,chega a dar-me nojo, me chama de estúpida, mas perdeu tempo só me procurando esse tempo todo e eu estava tão perto e mesmo assim não me encontrou, acho que o palerma aqui é você. Já que vai me condenar por que não fez isso logo? Vai se sentir melhor se bater em mim? Já não basta o tempo em que me explorou quando criança? — Ele levanta a mão e acerta o rosto de Esme, e ela volta ao chão cuspindo sangue.

 — Como que uma pessoa pode ser tão tola, você estar prestes a morrer e ainda insulta o Imperador, deixa eu explicar-lhe.— Ele volta para o trono e se joga se esparramando o corpo — Eu estou disposto e dar-lhe uma oportunidade, se voltar a trabalhar e pesquisar para mim, eu deixo-lhe viver. Basta dizer que quer voltar que vai ficar tudo bem. — O seu olhar aspirava malícia — Eu prefiro que volte para o reino e fique bem.

   Esme ficou em choque, como que aquele homem podia dizer aquilo? Ela estava incrédula que se passava tais coisas pelos seus olhos e ouvidos. Não somente pela sua desistência a vida, mas também a sua honra ela jamais aceitaria ou proposta como aquela.

— EU PREFIRO MORRER, ENTENDEU? MORRER!!!

Foi a última gota, o Imperador se levanta e a sacode de um lado para o outro, batendo-na a deixando inconsciente.

— Ratos imundos, supõem que podem levantar alguma palavra contra mim, leve-a para masmorra e a deixem sem água e comida até amanhã. Já não vale mais a pena alimentar alguém que está prestes a não existir.

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