Rebeca
Março de 2018...
Os meses passaram voando. Estou completando 39 semanas de gestação. O médico me orientou a ficar em alerta pois Liz pode nascer a qualquer momento.
Estou ansiosa para ter a minha princesinha nos braços.
Nunca mais escrevi para o Lorenzo e ele não respondeu nenhuma das cartas que enviei. Estou tentando seguir minha vida e esquece-lo.
Os meus amigos têm me dado muita força e estão o tempo todo me bajulando.
De tanto eles insistirem, aceitei que me ajudassem a preparar um chá de bebê.
A Dona Mariana cedeu a área da piscina da mansão e o meu pai alugou uma decoração linda e delicada.
Enquanto eu comprei um bolo e preparei as lembrancinhas com as minhas próprias mãos, as meninas contribuíram com pratos doces e salgados e os meninos com sucos e refrigerantes.
Escolho para usar, um vestido de gestante cor de rosa que eu mesma fiz.
Jazmin me maquia e arruma o meu cabelo.
Todos me abraçam e nos divertimos muito.
A Liz ganhou vários presentinhos.
Fiquei impressionada pois a minha bebê já tem tantas roupinhas que eu fiz, tantas coisinhas que eu comprei e ganhei nos últimos meses e agora com essa infinidade de presentes do chá, vou precisar de um guarda roupa só pra ela.
Poso para várias fotos tanto sozinha quanto com os meus amigos, o meu pai e a Dona Mariana.
De repente me bate uma saudade do Lorenzo, mas tento não pensar nele pra não chorar.
No dia seguinte ao chegar em casa, outra surpresa: Meu pai e a Dona Mariana caminham comigo rumo ao meu quarto tapando os meus olhos.
Quando os abro, fico maravilhada.
O cômodo ficou maior desde quando levamos as minhas máquinas e os equipamentos de costura para a sessão de produção da grife. Eles então aproveitaram o espaço e fizeram uma decoração toda em cinza, rosa e branco. Ainda colocaram um bercinho lindo para a minha bebê.
Enquanto eu olho tudo encantada o meu pai pergunta:
- Gostou, filha?
- Eu amei, pai. Mas não precisava ter se incomodado - Meus olhos brilham de felicidade
- Esse é o meu presente pra você, princesa - Meu pai diz me abraçando - Agora só falta arrumar a mala da maternidade.
- Já??? - Me assusto.
- Claro, filha! - Meu pai responde - O médico disse que a nossa menininha pode chegar a qualquer momento.
- Seu pai tem razão, Beca - Dona Mariana diz - Se você precisar de ajuda, eu posso pedir para as funcionárias.
- Não, não precisa, Dona Mariana - Sorrio - Muito obrigada por tudo.
- Oh, meu amor - Ela me abraça - Você sabe que eu faço de coração.
Estou muito feliz em ver o quanto a minha filhinha vai ser amada e a minha ansiedade aumenta a cada dia mais.
Lorenzo
Olho o relógio desconfortável. Passa da meia noite e eu estou em uma boate badalada da cidade e arrependido de ter saído de casa. Os meus amigos da faculdade praticamente me arrastaram pra cá. Segundo eles, eu preciso conhecer mulheres diferentes. Apesar de já ter beijado várias garotas quando morava no México, eu não estou acostumado com esse tipo de lugar. Cada um dos meus amigos está em um canto da festa beijando uma garota e eu acabei sobrando, já que ninguém daqui me atraiu. É incrível como a Rebeca mexe comigo. Há meses não consigo me envolver com mulher nenhuma. Cada uma que eu vejo, tento encontrar algo dela. Mas isso é impossível. A Rebeca é única. Acho que nunca mais vou amar de novo.
Uma loira com um corpo escultural, me encara não tira os olhos de mim. Ela é linda, mas não consigo sentir nada. Ao ver que eu não vou tomar iniciativa, agarota se aproxima e o seu rosto me parece familiar.
- Ciao (Olá) - Ela sorri sedutora.
- Ciao (Olá)Sorrio sem graça.
- Mi chiedevo cosa ci facesse un gatto come te da solo in un posto pieno di donne.(Eu estava me perguntando o que um gato como você faz sozinho em um lugar cheio de mulheres) - Se aproxima do meu ouvido.
- Ho degli amici, ma li ho persi (Eu estou com alguns amigos, mas me perdi deles) - Tento me esquivar delicadamente.
- Ehi, calmati, gattino (Ei, calma, gatinho) - Ela massageia meus ombros - Non mordo (Eu não mordo) - Ela se coloca na minha frente lentamente - Solo se me lo chiedi (Só se você me pedir) - Sorri maliciosamente.
- Strano. È come se ti conoscessi da qualche parte - (Estranho. Parece que eu te conheço de algum lugar) - Digo.
- Marjorie Sanchez - Ela estende a mão - Modello (Modelo) - Sorri.
- Oh certo! Ti ho visto in alcune rubriche social (Ah claro! Eu já te vi em algumas colunas sociais!) - Sorrio e cumprimento- a beijando a sua mão - Sei messicano, vero? (Você é mexicana, não é?)
- Sì, più precisamente da Cancún (Sim,mais precisamente de Cancún) - Confirma - Sono a Milano per lavoro (Estou em Milão a trabalho) - E tu? (E você?)
- Mi chiamo Lorenzo. Lorenzo Borelli. Sono italiano, ma ho vissuto a Cancún per molti anni (Meu nome é Lorenzo. Lorenzo Borelli. Sou italiano, mas morei muitos anos em Cancún ) - Explico - Sono rientrato in Italia qualche mese fa ( Retornei para a Itália há alguns meses)
A loira dá um sorriso divertido antes de dizer:
- Bom, então podemos conversar em espanhol - Gargalhamos juntos - Que coincidência termos morado na mesma cidade!
- Sim - Sorrio.
- Vamos dançar? Eu adoro essa música - Ela convida e antes que eu responda, Marjorie me puxa para a pista onde dançamos uma música eletrônica a qual não presto atenção, pois ela insiste em esfregar o seu corpo em mim. Ao olha-la vejo Rebeca. Meu Deus! Acho que estou ficando maluco. Saio da pista e me dirijo ao bar. Preciso beber.
Marjorie se senta ao meu lado.
- Calma, bebê. Está com medo de mim? - Ri.
- Desculpa. Eu preciso beber alguma coisa - Digo sem graça.
- Fica tranquilo, vou pegar leve com você - Sorri provocante - Estou vendo que é tímido. Aceita a minha companhia pra beber e conversar?
Assinto e indico para que ela se sente ao meu lado. Bebemos até que eu perca a sanidade mental.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 118
Comments
Neta Souza
a Rebeca vai ganha Nenê encantado ele enche a cara e passa a noite com outra o pior que deve se armação
2024-09-03
1
Marta Monteiro
/Cry//Cry//Cry//Cry//Cry/
2024-07-31
0