Lorenzo
- Rebeca? Eu ouvi direito? - Pergunto surpreso.
A morena assente entre lágrimas antes de dizer:
- Eu sempre te amei, mas nunca tive coragem de assumir. Tinha medo de você... rir de mim - Abaixa os olhos.
- Eu nunca iria rir, Beca... - Sorrio emocionado pegando suas mãos - Eu também te amo. Me encantei por você desde a primeira vez que te vi - Toco o seu rosto - Eu tentei negar esse sentimento de todas as formas. Mas naquele dia em que eu estava mal pela briga com o meu pai e você me confortou, eu soube que realmente estava apaixonado. Rebeca, eu não posso te deixar aqui. Preciso enfrentar o meu pai. Ele não pode me obrigar a ir embora do país, eu...
- Lorenzo... - Ela me interrompe - É o seu futuro que está em jogo. Você não pode desistir de tudo por minha causa. Eu nunca me perdoaria por isso.
- Mas e a gente? - Pergunto entre lágrimas.
- Se o que sentimos for verdadeiro, o tempo dirá - Rebeca diz com os olhos marejados.
Me aproximo e colo as nossas testas:
- Eu te amo. Mais do que você possa imaginar - Digo com a voz embargada - Eu me odeio por ter sido tão covarde em não assumir isso antes. Nunca senti por ninguém o que sinto por você, mas me deixei ser movido pelo medo. A única coisa que eu queria era poder enfrentar tudo e ficar com você. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo... - Sussurro entre lágrimas com os meus lábios próximos aos seus.
Sem me controlar, me jogo contra ela em busca do nosso último beijo. O da despedida. E ela o quer tanto quanto eu. Nossas bocas estão em uma espécie de briga por mais contato. Uma coisa que nunca aconteceu antes entre nós.
Aperto os nossos corpos e invado a sua boca sem pedir nenhuma permissão e me surpreendo ao ver que ela corresponde ao beijo.
Minhas mãos que até então seguravam sua cintura descem de forma frenética para as suas pernas sobre o tecido do vestido longo. Ela mergulha os dedos em meu cabelo me causando um arrepio diferente de tudo o que eu já senti antes.
Sem parar de beija-la, apoio a mão em suas costas alcançando o fecho do vestido e descendo-o delicadamente.
Quando o ar se faz necessário, nos encaramos olhos nos olhos enquanto termino de despi-la.
- Você é linda... - Sussurro enquanto contemplo o seu corpo seminu.
Vejo o seu rosto corar, mas ela não responde. Ao invés disso leva as suas mãos trêmulas até o meu corpo.
Olhando nos meus olhos, Rebeca tira o meu paletó, a gravata borboleta e desabotoa lentamente a minha camisa alisando a minha pele conforme é descoberta. Sinto queimar cada centímetro da minha pele que é tocada por ela. Eu a beijo novamente e a ajudo a se livrar do restante de nossas roupas. Roço os lábios pelos seus ombros enquanto deslizo as minhas mãos pelo seu corpo fazendo-a suspirar pesadamente.
Não posso negar que imaginei esse momento inúmeras vezes. Pode parecer até uma piada vindo de um cara com fama de conquistador, mas eu nunca tinha chegado tão longe com garota nenhuma. E do jeito que estamos, não duvido que vamos ir até o final.
Os seus olhos castanhos parecem tão perdidos quanto os meus, mas contém uma coisa nova. Algo que nunca vi em Rebeca. Uma malícia escondida que me incendia. Tudo de mim arde por ela.
Após deita-la delicadamente, exploro cada pedaço do seu corpo com beijos ardentes.
Ao contemplar os seus olhos, vejo uma certa vergonha e um certo medo escondidos. Confesso que estou sentindo o mesmo,mas volto a juntar nossos lábios e aperto o corpo dela contra o meu antes de dar mais um passo e deixar nossas peles completamente juntas, sem nada nos separando. Vacilo um pouco e os meus lábios tremem assim que olho por inteiro. É como ter a visão do paraíso bem ali na minha frente, esperando por mim.
Preciso dela agora. Olho em seus olhos esperando autorização para continuar. Rebeca assente como se adivinhasse o que estou pensando e após me deitar sobre o seu pequeno corpo, nos tornamos um só. Percebo o seu semblante de dor e pergunto:
- Você está bem? Quer que eu pare?
- Eu estou bem... - Ela sussurra acariciando o meu rosto. Enquanto nos movemos,o único som presente ali é o de nossas respirações entrecortadas. Até que de repente, ela sussurra - Eu te amo, Lorenzo.
Sorrio, pois o sentimento é recíproco. Rebeca desperta em mim as melhores sensações. Eu nunca vou amar ninguém como a amo.
- Eu também te amo... - Sussurro entre beijos.
Quando chegamos ao clímax, continuamos nos beijando até que ela exausta, dorme abraçada a mim.
Admiro-a por alguns instantes tentando ignorar o fato de que não usamos nada para nos proteger. Como eu pude me esquecer?
Tento não pensar também que amanhã essa hora, estarei em um avião rumo à Milão.
Os meus olhos pesam. Aperto-a mais contra o meu corpo e adormeço em seguida.
(...)
Acordo com a respiração de Rebeca que ainda dorme deitada sobre o meu peito. Sorrio ao me lembrar o que houve entre nós.
A nossa primeira noite de amor só seria melhor se não fosse essa maldita mudança que estou prestes a fazer.
Dou um beijo suave em seus cabelos e ela acorda.
- Eu te amo! - Sussurro - Percebo os seus olhos brilharem, mas esse brilho começa a se desfazer aos poucos.
- Eu preciso ir embora - Rebeca diz ao desviar os olhos dos meus.
- Beca, fica mais um pouco. Pelo menos toma um café comigo - Peço.
- Lorenzo - Ela suspira e olha para o teto segurando um possível choro - A gente só vai se machucar mais se essa despedida for prolongada. Só essa noite já foi um erro - Ela se levanta e se veste apressadamente enquanto eu encaro o chão também me segurando para não chorar.
Sem dizer uma palavra, assinto e me levanto.
Ao terminar de me vestir, digo:
- Posso pelo menos te levar em casa?
- Eu pego um táxi - Ela me olha e a vejo com os olhos marejados.
- Beca, por favor... Deixa o meu mordomo te levar então - Eu não vou me sentir em paz se você sair daqui sozinha. - Digo com a voz embargada
- Tudo bem - Suspira - Mas eu quero ir agora. Meu pai deve estar preocupado.
- Posso ir junto? - Pergunto na esperança de ficar mais um pouco com ela.
- Melhor não... - Ela responde.
- Tá - Respondo triste - Vou te acompanhar até o carro.
Rebeca pega a bolsa, ajeita os cabelos e sai do quarto sendo seguida por mim.
Chamo o mordomo e peço que ele a leve em casa. Enquanto o carro não chega, nos olhamos com lágrimas nos olhos
- Eu nunca vou te esquecer - Digo e beijo as suas mãos. Ela chora sem parar e não responde.
Quando o meu funcionário avisa que está pronto, tento lhe dar um último beijo, mas ela vira as costas dizendo:
- Adeus, Lorenzo!
O seu rosto triste e choroso é a última imagem que vejo antes do carro finalmente dar partida. Então dou um soco na parede e desabo chorando inconsolavelmente.
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Atualizado até capítulo 118
Comments
Solange Araujo
Achei tão lindo um cara com fama de pegador,e nunca pegou ninguém..... é isso aí Lourenço vc é o cara....
2024-10-04
1
Talita Aragão
o cara com 20 anos e virgem é isso
2024-08-06
0
Marta Monteiro
/Brokenheart//Brokenheart//Sob//Sob//Sob/
2024-07-31
0