Capítulo 13 . Há quatro anos...

Assim que Derick e Dione saem da empresa, depois do passeio por ela com Micaela, vão a uma lanchonete, lá a disputa entre os irmãos tendo como prêmio Micaela, é selada.

Dione: — A visita à empresa não foi tão ruim como pensei!

Derick: — Eu também achei.

Dione: — Fala a verdade Derick, também ficou impressionado com aquela garota, Micaela.

Derick: — Não posso negar, é inteligente, delicada e linda.

Dione: — E com um corpo perfeito escondido debaixo naquele uniforme.

Derick: — Não fale assim da moça Dione. É tão vulgar… Não parece certo.

Dione: — Certo? Vou dizer-lhe o que é certo, ter aquele corpinho nos meus braços e cama.

Derick: — Não vou deixar você brincar com ela.

Dione: — Brincar?! Vamos falar sério então, quero fazer uma aposta com você, vamos ver quem ganha o coração da garota. Não só o coração mais tudo…

Derick: — Não gosto dessas coisas... De jogar com o sentimento das pessoas.

Dione: — Eu vou investir nela do mesmo jeito, se topar eu prometo que se ela demonstrar interesse por você eu deixo o caminho livre e mais, se ganhar eu venho trabalhar na empresa, bato cartão todo dia. Se eu ganhar, você começa a trabalhar com papai e dá um jeito dele largar do meu pé, me deixar curtir em paz. E ai?

Derick: — Papai ficaria feliz se participassemos mais dos negócios da família, principalmente você.

Dione: — Então topa! — Dá a mão para Derick apertar. — Que vença o melhor! - sorri cínico.

Derick, por um segundo pensa em não aceitar, conhece seu irmão e sabe que não fará diferença se for uma aposta ou não. Pelo pouco que conheceu de Micaela não parece ser como essas garotas que só pensam em satisfazer o corpo, ela é diferente, tem tanta chance de a conquistar como Dione e vai fazer o seu puder para ter sua atenção.

Assim começam o jogo com Micaela, disputando a sua atenção, a deixando ao mesmo tempo, confusa e encantada, se sentindo a mulher mais sortuda do mundo com dois homens perfeitos querendo sua atenção, inexperiente com as coisas do coração imaginou estarem realmente apaixonados por ela, deixou-se iludir.

Micaela ficou tão mexida com a atenção dos dois que acabou se descuidando do seu trabalho, se distraia e não verificava como antes, com o cuidado devido, de todos os contratos e documentos que eram da sua responsabilidade, documentos importantes, contratos envolvendo muito dinheiro foram tratados com descuido.

Entre o romance e dedicação de Derick e o tesao e a pegada de Dione, Micaela ficava perdida, descontrolada, dividida, a mulher segura e forte que queria ser tornou-se uma menina indecisa e iludida.

O corpo falou mais alto que o coração, numa festa da empresa Dione ofereceu-lhe champanhe, nunca havia bebido, estava nervosa, decidiu relaxar através da bebida borbulhante e Dione percebeu que ela estava carente, emotiva… Para piorar Derick teve que sair a deixando a mercê dele. Mia já não conseguia controlar a sua mente nem tão pouco o seu corpo, Dione a levou para um motel, não foi como ela imaginou, não houve praticamente nenhuma preliminar, foi doloroso, incômodo. Dione acabou, deitou e dormiu e ela ficou ali, acordada, arrependida, machucada, se levantou, pegou as suas roupas chamou um táxi e foi embora para casa sentindo-se um lixo, o que sempre prometeu a si mesma que não deixaria acontecer, aconteceu.

No outro dia, Dione não apareceu na empresa e Derick nem a cumprimentou, durante mais de uma semana ela esperou-o para conversarem e nada. Mia percebe a escolha errada que fez, começou a sentir falta das conversas com Derick, da sua atenção, sua amizade lhe faz muita falta que decide resolver o assunto.

Mia: — Derick, queria conversar com você, explicar-lhe o que houve…

Derick a olha com tristeza: — Não precisa explicar nada, Dione tinha razão, para vocês uma boa transa vale muito mais que carinho, romantismo e amizade.

Mia: — Do que está falando Derick? Eu não sou assim, eu não sei o que houve comigo, e Dione tinha razão? Como assim?

Derick: — Mia, eu tinha certeza que você era diferente, então acabei por aceitar a aposta idiota de Dione. Eu queria muito que ele estivesse errado.

Mia: — Não acredito no que ouço!? Vocês estavam-me usando! Apostaram?!

Derick: — E Dione venceu, a ganhou...

Mia: — Os senhores, Dione e você são... São dois riquinhos idiotas, julgam que podem brincar assim com as pessoas? Que não passamos de um objeto! Ninguém me ganhou! Nós três perdemos.

Mia começa a chorar, está com tanta raiva, se sente humilhada, usada, uma idiota. De repente se sente mal, um enjoo e tudo começa a rodar.

Derick a pega no colo e a leva até o hospital, quando Mia acorda, um médico a atende, está com soro no braço.

Médico: — Está melhor?

Mia: — Estou. Foi só um mal-estar passageiro. Acredito que já posso voltar ao trabalho.

Médico: — Estou a esperar o exame de sangue chegar, talvez não seja um mal-estar passageiro.

Mia não acredita no que ouviu, lágrimas correm pelo seu rosto, tudo que planejou para sua vida estava indo por água abaixo. Com certeza senhor Olavo vai dizer que está a querer dar um golpe, que é uma interesseira.

Médico: — Se acalme, ainda não temos certeza e ter um filho não é tão mau. O seu namorado está aí fora muito preocupado.

Mia: — Será que posso falar com ele? E ele não é meu namorado.

O médico chama Derick: — Vou pegar o resultado dos exames, fiquem a vontade volto logo.

Derick entra com olhar preocupado: — Oi! Está melhor? Você deu-me um susto! Me perdoa, não queria deixar-te assim. — pega as mãos de Mia, dá um beijo nelas.

Mia: — Eu é que peço-lhe desculpas, não soube valorizar o homem que é. Porque não me contou da aposta? Teria-me livrado de uma situação bem difícil.

Derick: — Esqueça essa história. Esqueça Dione e tudo que houve. Vamos fazer de conta que nós nos conhecemos agora.

Mia: — Talvez seja tarde demais...

O médico entra com o resultado dos exames nas mãos: — Micaela Rodrigues!

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