Paulo é médico, clínico geral, há pouco mais de três anos trabalha na cidade, acaba de completar 32 anos, veio trabalhar no interior, pois foi aqui que nasceu, e não gostou da agitação da cidade grande, da falsidade e ganância de algumas pessoas, trabalhou por cinco anos em um dos melhores hospitais particular de São Paulo. Deixou para trás sucesso e dinheiro, mais conseguiu paz e tranquilidade onde está. Seus pais moram em uma chácara próxima a cidade, tem uma irmã que mora fora do Brasil. Alugou um pequeno apartamento próximo ao hospital para facilitar seu trabalho. Não é de baladas e o seu trabalho não permite mesmo, mais Miguel insiste tanto a tanto tempo para saírem juntos que resolveu aceitar, de início não estava muito animado, assim que botou os olhos na morena que Miguel apontava mudou de ideia. Agora sentindo o perfume suave dos cabelos de Mia, sente que foi coisa do destino. A suavidade, a timidez e a beleza de Mia mexeram com ele de uma forma que não consegue explicar, uma química, um sentimento tão diferente do que sentiu no passado, que lhe traz paz e segurança. Não conhece nada sobre ela, o seu coração diz ser a mulher que esperava encontrar. Como a sua mãe lhe disse várias vezes" A mulher certa está-te esperando, você vai encontra-lá quando menos esperar." Com o corpo colado ao dela, ao ritmo da música acaricia-lhe o pescoço, a aperta contra si, pronto para lhe dar o beijo tão desejado, toca o seu queixo com delicadeza…
Bipi... Bipi... Bipi... Bipi...
Leva alguns segundos para Paulo perceber o que acontece. Nunca desejou tanto não ser médico, não ter o senso de dever tão forte. Usou tantas vezes esse Bipi para sair de situações embaraçosas e agora que quer ficar ele toca. Jamais deixou de atender a um chamado e não será agora, por mais que não queira.
Paulo: — Estão-me chamando no hospital. Deve ser algo sério. — Suspira fundo.
Mia se solta dos seus braços: — Vá então! Vidas dependem de você.
Paulo: — Promete almoçar comigo amanhã?
Mia: — Mais...
Paulo: — Promete! Eu te encontro! — Dá um beijo na mão de Mia.
Mia sorri: — Prometo.
Paulo sai correndo. Mia fica ali, parada no meio da pista, um sorriso bobna suaosto, um sentimento novo no seu coração. Olha para Andreia que está aos beijos com Miguel, "seu porquinho" sai de fininho, pega um táxi e vai para casa. George eos bebês dormem em sua cama, George ouve ela chegar, se espreguiça e vai até ela.
Mia: - George, George! - o pega no colo - Meu gato me deixou na mão! Só você não me abandona! Ele prometeu me encontrar, mais sinceramente George, não confio muito não. -"Miauuuu!" - Eu sei George, tenho você e os bebês, pensei que já era hora de tentar um novo relacionamento com um humano do sexo oposto. " Miauuuu". Mia solta seus cabelos, toma um banho rápido e vai dormir.
Derick sente dor em sua barriga, levanta a camisa, vê uma mancha avermelhada, não diz nada aos outros para não preocupa-los, Dione já fez isso reclamando de tudo. As horas passam e nada do socorro chegar, nem o sono, quando chega a noite o frio toma conta do lugar, todos tentam dormir mais o medo não deixa, mesmo combinando de revezarem em vigia, Derick não consegue pregar os olhos, a dor o incomoda, está febril, tenta pensar positivo, acreditar que logo serão resgatados mais os minutos parecem horas, as horas custam a passar.
Paulo chega no hospital, uma cesariana de urgência o aguarda, apresenta o mundo a um bebê forte e saudável, quando termina já é de madrugada. Vai para o quartinho de descanso tirar um cochilo, terá plantão de manhã, dorme um sono tranquilo, com a imagem de uma linda morena em seu pensamento.
É domingo, Mia queria ficar na cama até mais tarde, mais George e os bebês não deixam. Se levanta, coloca ração para eles e prepara seu café, forte e amargo, olha para o celular, será que Paulo conseguiu seu número? Será que vai ligar ou aparecer? Do nada seus pensamentos vão para família Medeiros e o acidente com o jato. " Quem será que estava no jato? Será que foram resgatados? Será que algum deles... "
Mia: - Meu Deus Mia! Pare de pensar neles! - Diz para si mesma e balança a cabeça tentando se livrar deles.
Seu celular toca, seu coração dá um pulo, atende e é Andreia.
📱Amiga o que houve ontem, de repente não te achei mais.
📱Paulo teve que ir ao hospital. Foi bipado. E você estava ocupada com seu porquinho.
📱É não é?! Acredita que de porquinho ele não tem nada? Está mais para um garanhão!
📱E o cheiro ruim que disse que ele tinha?
📱Menina! Se acredita, era de um remédio, um produto que teve que usar em um paciente. E o seu gato, vão se encontrar de novo?
📱Ele disse que me achava para almoçarmos hoje. Não sei não.
📱Se ele disse vai cumprir! Vou desligar então, me conta tudo depois.
Paulo liga para Miguel, pede o número de Mia mais ele não tem, lhe passa o de Andreia. Está pronto para ligar para ela quando o chamam com urgência.
Derick acha que não vai aguentar, Dione também já está com a perna inchada, precisa ser atendido com urgência. Seu pai e Jonas estão tentando parecer calmos, mais sabe que não estão. A noite passa, o dia nasce e nada. Já deve ser umas onze horas, Olavo ouve barulho de helicópteros. Derick não consegue sair de onde está, a dor é muito grande. Olavo e Jonas, apesar da idade, se esforçam e saem pela janela, acenam com as blusas, gritam, Derick se lembra do sinalizador e avisa seu pai que o pega e rapidamente o utiliza. Derick perde os sentidos.
Olavo: - Derick! Dione! Eles nos virão! O socorro chegou!
Mesmo depois de serem encontrados ainda levou mais de hora para conseguirem os retirar dali devido a dificuldade de acesso e as árvores ao redor. Olavo pede para retirarem seus filhos primeiro. Derick já está inconsciente há muito tempo e Dione está febril, está apreensivo por Derick.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Cristiane Paes Fagundes
no capítulo anterior disse q seria TEC de enfermagem
2024-10-16
0
luciane souza
Estou chipando Mia e Paulo, mas não sei Derek está aparecendo demais
2024-07-15
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