Mia sobe as escadas no automático, Paulo a segue. Entra em casa e se senta no chão com as mãos na cabeça.
Mia: — O meu gato sumiu! George, o meu Georginho está por aí na chuva.
Paulo segura as suas mãos: — Você está gelada, precisa se aquecer, pode ficar seriamente doente.
Mia: — O meu gato... — chora.
Paulo: — Precisamos cuidar de você! Depois encontramos o seu gato.
Paulo percebe que Mia não está bem, procura pelo banheiro, coloca a banheira para encher com água quente, volta até ela, segura nas suas mãos gélidas e a puxa para o banheiro. Mia está estática, Paulo tira-lhe a camiseta e a calça de moletom, tenta não olhar para seu corpo perfeito, agir como médico, para que ela não fique constrangida futuramente a coloca de lingerie na banheira, segura os seus cabelos molhados a ajuda a molhar o rosto. Lentamente a cor no seu rosto começa a voltar, Paulo lava os seus cabelos e procura uma toalha para os enrolar e secar, a deixa ali enquanto procura algo para vestir, por sorte as camisetas de Mia são enormes, tira a sua camisa molhada veste uma das camisetas, sente o perfume de Mia nela, seca a sua calça com o secador de cabelo enquanto seca os cabelos de Mia.
Mia volta a si, olha para Paulo, olhos vermelhos de chorar: — Você veio, me encontrou. Obrigada.
Paulo sorri, segura o roupão aberto para ela: — Tire as peças molhadas! — vira o rosto para outro lado. Ela obedece-o e rapidamente veste o roupão.
Paulo: — Vá para cama! Você tem algum antitérmico? Vou preparar-te um chá bem quente.
Mia aponta para o armário do banheiro e vai para cama, se enrola no cobertor, começa a ter calafrios. Paulo procura na cozinha algo com o qual poderá preparar um chá, um gato velho na janela o olha desconfiado.
Paulo: — A sua dona deve gostar muito de vocês, enfrentou um temporal... — Chico o olha, mia e volta a olhar a chuva que cai.
Paulo encontra camomila, faz e leva o chá e o antitérmico para Mia, dois pequenos gatinhos de olhos azuis estão sobre ela que já adormeceu. Ele coloca o chá no criado mudo, olha para Mia, toca o seu rosto com delicadeza, o observa atentamente, cada marquinha, cada detalhe dele, o seu nariz delicado, seus cílios negros e naturais, a sobrancelha bem definida, sente o perfume de seus cabelos, admira a boca mais bem desenhada que já viu. É retirado dos seus pensamentos com toque de um celular na cozinha, vai até lá e o olha, é Andreia, atende.
📱Mia!! Tive um pesadelo com você!
📱Andreia, sou eu Paulo.
📱Paulo?? Mia está bem?
📱Agora está. A encontrei na chuva, estava gelada, chorava sem parar, agora está dormindo. Ela estava atrás de um gato.
Andreia explica-lhe sobre George, conta sobre o dia que o encontraram, o que ele significa a Mia. Estão conversando quando o ‘bip’ de Paulo toca, precisa voltar ao hospital.
📱Andreia, prometa-me que vai levar Mia ao hospital amanhã de manhã? Eu preciso voltar, estou com pacientes em estado grave, as esperarei lá.
📱Prometo. Vou aí ficar com ela. Pode ir tranquilo ao hospital.
Paulo volta ao hospital, Derick está febril, aumenta a dose de anti-inflamatório, ele está a delirar, chama por seu pai e irmão e em certo momento diz o nome "Micaela". "Será coincidência?"- pensa — "Só pode ser!". Paulo sabe que Derick e a sua família são da capital, pessoas com dinheiro, fama e status, só vieram parar nesse hospital devido ao acidente, não há como Micaela ser a mesma por quem acaba de se apaixonar.
Paulo passa nos quartos dos outros pacientes, Olavo pergunta do seu filho e ele explica-lhe tudo.
Olavo: — Precisarei voltar a capital para resolver assuntos relacionados ao acidente e a morte do piloto, gostaria de ir sabendo que Derick não corre perigo.
Paulo: — Fiz o que estava ao meu alcance. Agora depende do seu filho. O que eu posso dizer é que o momento mais crítico já passou.
Olavo segura as mãos de Paulo: — Eu só tenho que lhe agradecer! E Dione, Jonas e Elton?
Paulo sorri: — Eu só fiz o meu trabalho. Dione está com a perna engessada, alguns dias e estará bem. Jonas e Elton levaram alguns pontos, nada grave, alguns arranhões e manchas roxas e nada mais. Fizemos todos os exames possíveis e não encontramos nada.
Paulo vai descansar um pouco, está preocupado e encantado com Mia, não vai ligar para não atrapalhar o sono dela. Pega no sono e sonha com ela, um sonho meio conturbado, ora ela sorri-lhe, ora ela chora… gatos em toda parte...
Mia acorda, está febril, Andreia dá-lhe o chá e o antitérmico deixado por Paulo e ela dorme de novo.
Andreia se deita ao seu lado, afaga os seus cabelos: - Minha amiga, fique bem, estou aqui com você!
De manhã, Mia acorda com o corpo dolorido, como se um trator estivesse passado sobre ela, se levanta e toma um banho quente, começa a se arrumar, Andreia acorda.
Andreia: — Parece que está melhor. O que está a fazer?
Mia: — Se esqueceu que é segunda-feira? Temos duas lojas para abrir.
Andreia: — Não me esqueci. Já falei com Manu e ela vai tomar conta da loja que inauguramos até eu conseguir ir e essa daqui pode ficar fechada por um dia.
Mia: — Estou bem. Preciso trabalhar para não pensar no sumiço de George.
Andreia: — Não. Você está pálida! E eu prometi a Paulo a levar ao hospital.
Mia: - Vai ter que quebrar a promessa. Não vou. Se ele quiser que venha aqui.
Andreia: — Ele não pode sair de lá. Os passageiros do acidente do jato estão todos no hospital, um em estado grave.
Mia sente um arrepio: — Dá empresa Vison? Quem está grave?
Andreia: — Ele não me disse. Ele veio aqui e cuidou de você, só não ficou porque não podia. Agora você tem a obrigação de pelo menos ir o agradecer.
Mia pensa um pouco: - Você pode ter razão... Eu vou...
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 48
Comments
luciane souza
Ai Mia vai para o hospital para querer encontrar quem? há não
2024-07-15
2
Gi
Qual o passado de Mia? Será que Derick a magoou profundamente ? Eu espero que Paulo seja o gato de duas patas para Mia. Aiai são tantas emoções.
2024-07-15
4