Derick é o mais calmo de todos, pede a cada um que vejam se não tem ferimentos mais graves, se não estão sentindo dores internas. Pede também que procurem o que possam usar como cobertores, alimentos, ferramentas...
Derick: — Vou tentar descobrir onde estamos, e algum meio de procurar ajuda.
Jonas: — Os celulares não têm sinal e tudo está quebrado na cabine do piloto.
Olavo: — Estão nos esperando somente no domingo em BH, até lá não sei não.
Derick: — Com a tecnologia de hoje vão nos encontrar em breve, vão ver.
Derick sai por uma das janelas quando olha em volta árvores gigantescas os cercam, devem estar em alguma mata entre São Paulo e Belo Horizonte, por sorte o jato está sobre galhos fortes a uns dois metros do chão firme, volta para dentro e os informa da situação.
Elton: — Precisamos sair daqui! Como vão nos encontrar aqui?
Derick: — Acho mais seguro ficarmos aqui por um tempo, aqui estamos protegidos de animais, a noite chegará logo e Dione com a perna machucada será muito difícil.
Dione: — O quê vamos comer? Já estou com fome, e minha perna dói.
Olavo: — Se acalme! Achei uma caixa com analgésicos, tome alguns e tente dormir.
Procuram por lugares mais confortáveis, pegam cobertores, dividem a água que encontraram e tentam descansar.
No horário marcado Andreia está buzinando no andar debaixo, Mia coloca ração para seus bebês, pega sua bolsa e desce, quando Andreia a vê leva um susto, Mia está com um vestido básico preto, os cabelos presos em um coque frouxo com alguns fios soltos emoldurando seu rosto, maquiagem leve e sapatos de salto leve.
Andreia: — Menina!! Onde se estava escondida! Vai arrasar! A noite será nossa.
Mia: — Você também está linda!
Andreia está com um vestido azul veludo, decotado destacando sua pele alva e seios fartos, os cabelos castanhos claros soltos, pulseiras e colares, pois adora uma bijuteria.
Mia: — Para aonde vamos?
Andreia: — Será surpresa! Entre, bela dama!
Andreia leva Mia para um barzinho recém-inaugurado, o lugar é bem aconchegante, temático, quando entram já são paqueradas por alguns homens do local. Se sentam numa mesinha de onde conseguem observam todo o local discretamente.
Mia não é de beber, mais precisa de algo para relaxar então pede uma taça de vinho, como não comeu nada sente o efeito rapidamente, um calor subir-lhe a face. Ela e Andreia conversam sobre o dia, riem, se divertem, logo Andreia tem a sua atenção voltada para dois homens que entram no barzinho.
Andreia: — Está vendo aqueles dois? Um é o médico da cidade, Doutor Paulo, solteiro, desempedido, difícil! E o outro, o outro é o porquinho.
Mia olha para os dois, não distingue qual é qual, os dois são muito bonitos, altos, fortes, um moreno de cabelos negros e olhos azuis, lábios bem desenhados, o outro loiro de olhos verdes com um sorriso cativante, se aproximam das duas. Andreia fica desconfortável, se mexe na cadeira, parece tensa. "O porquinho mexe com ela" — pensa Mia. O loiro se adianta, seus olhos fixos em Andreia, um sorriso no rosto, não tem como Andreia fugir." Andreia!!"
Andreia: — Oi! Miguel! Você por aqui!?
Miguel: — Que bom lhe ver de novo Andreia! Esse é meu amigo Paulo. — Dá um beijo no rosto dela.
Andreia: — Essa é minha amiga Mia.
Paulo e Miguel a cumprimentam, Miguel com um largo sorriso e Paulo a examinando de cima a baixo a deixando sem jeito.
Miguel: — Podemos nos sentar com vocês? — Diz já pegando uma cadeira e colocando ao lado de Andreia. — O lugar está cheio hoje.
Paulo pede licença e se senta ao lado de Mia.
Paulo: — Mia é apelido não é?!
Mia: — Sim, o meu nome é Micaela.
Paulo: — É nova na cidade? Nunca a vi por ai?
Andreia: — Nova!? Faz quatro anos que Mia mora aqui e só agora consegui arrastá-la para se divertir.
Mia: — Não sou muito de balada, é que hoje é um dia especial.
Miguel: — Foi a inauguração da loja para pet!? Andreia disse-me algo sobre isso.
Andreia: — Pensei que não havia ouvido nada do que falei. — o olha com malícia.
Paulo: — Então trabalha com pets?! Que interessante. Tenho um pastor alemão e ele está a precisar de cuidados.
Mia sente simpatia por ele, se tem um animal e cuida dele é gente boa: — É só marcar. Andreia é a nossa veterinária, pode até fazer um checape nele.
Miguel: — Veterinária?! Não acredito! Isso você não me contou.
Andreia: — Você também não me disse o que faz!?
Miguel: — Sou técnico em enfermagem, Paulo e eu trabalhamos no mesmo lugar. Foi difícil convencer Paulo a saír um pouco também, esse cara só pensa no trabalho.
Andreia: — Aí Mia?! Igualzinho a você!
Mia sente o rosto queimar, não sabe se pelo vinho ou pela proximidade de Paulo. Ele olha-a de maneira diferente, intensa. Miguel pergunta sobre a inauguração e Andreia se solta contando fatos engraçados, a adoção dos filhotes, fazendo que todos participem da conversa, Paulo parece mesmo interessado no assunto, quando Andreia fala dos seus animais exóticos Miguel arregala os olhos, a sua admiração por ela parece aumentar.
Paulo: — Os seus animais de estimação também são exóticos?
Mia: — Não. Só tenho gatos.
Paulo: — Gatos? No plural? Quantos?
Mia: — Na minha casa 4 e na loja um pouco mais.
Paulo: — Bem... Melhor que uma cobra...
Eles riem, não veem a hora passar. Em certo momento colocam músicas românticas e alguns casais começam a dançar. Miguel e Andreia vão para pista.
Paulo: — Vamos dançar?
Mia: — Não danço há muito tempo. Se não se importar se levar uns pisões.
Paulo: — Não se preocupe com isso. Também não danço muito bem. Tenho certeza que não vai me machucar. - A olha com malícia.
Mia encosta a cabeça no seu peito sentindo o perfume másculo da sua loção pós-barba, há tanto tempo não sente um cheiro assim. Ele aperta-lhe contra o seu peito, acaricia o seu pescoço. Mia respira fundo e se aconchega nos seus braços sendo embalada pela música. O clima romântico, o perfume, o vinho... Mia se sente nas nuvens. Aguarda o que virá depois, o beijo...
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Atualizado até capítulo 48
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