8 CAPÍTULO

Carolina Belyk

Eu não acredito nisso, sério? Na máfia que eu saiba só se pode casar outra vez, caso a sua mulher morra.

Será que ele vai me matar? Ou vai alegar algo que possa me matar?

Eu mereço isso? Só pode, o quanto isso é impossível, não está escrito.

Marcos: Júlia e eu iremos nos casar, por que nós amamos, e você vai permanecer aqui como minha submissa, ela aceitou, né amor?

Júlia: Sim, meu amor. Você será nossa empregada Carolina, ainda acho pouco para você.

Carolina: Acredita que eu me submeteria a isso? Prefiro que me matem logo.

Marcos: Sim, agora suba.

Carolina: RIDÍCULOS, ISSO QUE VOCÊS são. VOCÊS SE MERECEM POR SER ASSIM, ESPERO QUE PRENDAM VOCÊS.

Marcos: Cala a boca, antes...

Carolina: Antes do que? De me bater? Você sempre faz isso. Sempre, hoje será só mais um dia.

Virei as costas e subi, hoje irei colocar a minha fuga em prática, não posso mais ficar aqui, não aguento mais.

Primeiro passo para a minha segunda fuga é não ser pega novamente.

Peguei algumas roupas, não coloquei todas para não ficar suspeita, mas o dinheiro coloquei dentro de umas meias e calças, sempre tudo bem estrategista, para ele não descobrir nada.

Hoje a noite é impossível fugir até por que ele está aqui, e eu tenho que tomar cuidado, pois não seria possível fazer isso agora.

Então, irei dormir e descansar, para amanhã repor as energias, é tudo sempre fácil quando tem algum aliado, e os caras daqui simplesmente se escondem dele, não tem um para ser meu amigo, um para ser meu parceiro de conversas, e ajudar-me a fugir daqui.

Estive tão próxima de fugir uma vez e simplesmente único amigo que eu tinha, que sempre me ajudou, ele matou-o pelo, o simples fato dele me ajudar, eu entenderia também, mas, jamais teria coragem de matar alguém.

Como eu tenho que conseguir fugir, vou acabar dando uma volta no jardim e entender melhor a trocação de horário, quando assistia filmes, as pessoas sempre fugiam de noite ou madrugada, e seria isso que eu vou fazer.

Por volta sempre do mesmo horário, ando a dar voltas no jardim, perto das 22h, da noite e sempre o horário da troca.

No jardim

Com isso, eu sempre ando o jardim todo, e vejo todos saindo e exatamente a 10min depois, eles voltam.

No jardim, nem sempre tem algo de bom, sabe, já pensei em tentar se aproximar de algum deles, e fingir estar apaixonada, e vê no que vai dar, no que vai acontecer e vê se vão me ajudar.

O único que me ajudou foi o Márcio, e ele matou-a na minha frente, por culpa minha, ele foi-se. Na verdade, quando ele saiu daqui levado pelo os capangas, ele estava a respirando acredito que ele deva ter matado depois, por isso me culpo não sabendo se ele está vivo ou não.

Sim, o jardim é meu refúgio muitas vezes, e aqui que eu tomo um ar, sempre quis ter uma casinha no jardim, onde eu posso-me dedicar a ler mais, a estudar, e o meu segundo sonho, sempre foi fazer uma faculdade de Recursos Humanos, o que não foi possível realizar, mas o médio foi concluído e nunca é tarde.

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