CAPÍTULO 17

Há muito tempo que carrego este fardo comigo, é muita dor, e muitas mágoas, muito sofrimento dentro de mim. Perdi meu marido e minha filha, vivo sozinha, tenho que enfrentar a situação e lidar com a fazenda, não é fácil para uma mulher da minha idade.

Mas continua a minha história! Depois que minha filha nasceu, as coisas melhoraram ainda mais, éramos um casal muito unido. E nós nos amávamos muito, nunca tivemos brigas. Ciúme de vez em quando, mas eu confiava nele, e ele em mim.

Fomos construindo a nossa vida, ele trabalhou muito até que compramos um terreno. Depois de mudarmos para Veneza, desde então começamos a criar gado e plantar uvas. E nós dois trabalhamos juntos Fomos construindo a nossa vida. E a nossa filha crescia cada vez mais linda.

Ia à escola com quatro anos inteligentes e tirava boas notas para nosso orgulho. O meu marido se chamava Joaquim que sofreu um acidente de carro quando foi para cidade. Éramos almas gêmeas e tínhamos muita coisa em comum. Sem depender de ninguém, tivemos que batalhar sozinhos trabalhando muito até a noite. Meu marido era muito inteligente, tinha seus negócios, ele como ninguém sabia comprar gado vender, comprava os novilhos novos de um ano aproximadamente e deixava crescer até dois anos.

Depois vendia pelo triplo do preço. E comprava muitas cabeças, depois vendia bois por muito dinheiro, tinha uma lábia para convencer as pessoas comprarem o que ele vendia. Sempre foi um bom caráter, nunca ganhou dinheiro passando por cima de ninguém, ganhava dinheiro honestamente.

Começamos a criar (galinha) porcos. Na medida em que o tempo ia passando, sabíamos economizar, e meu marido comprava mais terra e ovelhas. Meu marido sempre saía e voltava com duas ou três cabeças de novilhos, fomos juntando dinheiro economizando e construímos um patrimônio. E também tínhamos vacas de leite, tirávamos leite e fazíamos nata, manteiga, queijo para vender.

Quando minha filha completou 12 anos aconteceu uma tragédia que não consigo esquecer, certo dia ela foi pegar um balde d'água e tinha um poço de 15 metros de profundidade. E, por um descuido, resvalou e caiu no poço. E quando cheguei em casa procurei “Cadê minha filha?” vi algo estranho.

Tínhamos um cachorro que latia muito perto do poço e fui correndo para ver o que tinha acontecido! E quando cheguei infelizmente já era tarde, a minha filha tinha morrido dentro de um poço. Nunca me esqueci? Essa é a verdade. Três anos depois o meu marido sofreu um grave acidente de carro, fiquei viúva. E tive que seguir a minha vida tocando os negócios sozinha, mas não tenho a mesma capacidade que o meu marido tinha! Hoje procuro manter essa Fazenda com dívidas para pagar! Fiz empréstimo no banco para manter as cabeças de gado e plantação de uva e outras coisas mais.

Agora eu quero que você conte sua história para mim? Contei tudo que eu tinha que contar!

— Natasha ficou comovida. E, emocionada pela história que ouviu. Era muito mais dramática do que a dela. Mas não era tão diferente. Embora a filha dela ainda estivesse viva, restava saber onde estava. Precisava respirar fundo e contar sua história. As duas tinham muita coisa em comum, ambas perderam a filha, mas ao contrário de Frantiska, Natasha tinha o tempo todo para recuperar o que perdeu. Já Frantieska infelizmente não tinha mais como recuperar seu marido, e sua filha.

— Bom, uma pausa. Foi numa noite de formatura onde tudo começou? Lá eu tinha recebido o diploma. Eu e o meu melhor amigo que se chama Arthur. Uma das melhores pessoas que eu conheci. Se criamos juntos desde criança, crescemos e um não largava do outro por nada. O problema da nossa amizade é que despertou um sentimento de posse um do outro. Não queríamos deixar namorar outras pessoas. Éramos egoístas de não querer dividir com ninguém.

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