Do Luto à Esperança

(Alexa)

A partida de Chloe deixou uma ferida profunda e dilacerante, uma dolorosa ausência que parecia nunca cicatrizar. Em meio ao caos e à carnificina que envolviam nosso cenário, Levi, com lágrimas fluindo de seus olhos, foi forçado a encarar uma decisão angustiante. A terrível escolha de encerrar a vida de Chloe tornou-se inevitável, uma medida desesperada para impedir que ela se transformasse em mais uma presença sinistra entre os mortos-vivos que nos ameaçavam. O peso avassalador desse sacrifício ecoava em nossos corações, amplificando a dor da perda enquanto enfrentávamos não apenas a horda de zumbis, mas também a dura realidade de um mundo onde o amor muitas vezes exigia sacrifícios inimagináveis.

(Caleb)

Ao receber a devastadora notícia da morte de minha esposa Chloe, o impacto foi avassalador. Encontrando-me à mercê da tristeza, desabei no chão, lágrimas incontidas banhando meu rosto. Alec e Renata, embora tentassem consolar-me com palavras de apoio, enfrentavam uma tarefa hercúlea diante da profundidade do meu pesar.

Enquanto a sombra da perda pairava sobre nós, a ausência de Caius e Olívia aumentava a tensão. A espera angustiante só encontrou resolução quando deparamos com Olívia desacordada, enclausurada dentro de um armário. O relato triste dela ecoou em nossos ouvidos, revelando que Caius havia feito o sacrifício supremo para protegê-la.

A pequena Emma, envolta pela fome, continuava a chorar incessantemente, clamando por atenção imediata. Renata e Alec, demonstrando uma admirável resiliência, mobilizaram-se rapidamente para providenciar os cuidados essenciais para a bebê, desde o leite reconfortante até as fraldas apropriadas.

Nesse cenário sombrio, Renata, em um gesto de solidariedade, entregou a tão necessária madeira, enquanto Alec, o irmão de Renata, desviou sua atenção momentaneamente da tristeza, brincando com a pequena Emma. Esses breves momentos de alívio proporcionaram um respiro em nossa dolorosa realidade, mesmo que efêmero.

(Ruby)

Passados dois meses desde a dolorosa partida de Chloe, nosso grupo ainda se via imerso na devastação do luto, lembrando-se não apenas da perda de Chloe, mas também de Caius. No entanto, a vida continuava a florescer em nosso refúgio. As plantações prosperavam, nossas riquezas cresciam, e o local se consolidava como um ambiente seguro e acolhedor. Mesmo diante desses avanços, a lembrança de como minha irmãzinha Lily teria encontrado felicidade naquele recanto persistia em minha mente, tingida pela tristeza de sua prematura despedida, causada pelas garras dos mortos-vivos.

Em um dia de busca por algo que pudesse preencher o vazio persistente em meu coração, decidi afastar-me da familiar academia militar. Entretanto, no caminho, encontrei-me perdida. Em uma distância considerável, deparei-me com uma figura notável: uma mulher de postura altiva, pele morena, cabelos longos e cacheados, e olhos castanhos penetrantes. Equipada com duas facas, uma espada e um isqueiro, ela demonstrava uma destemida prontidão para enfrentar os desafios do mundo pós-apocalíptico.

Ao se aproximar, a misteriosa mulher, indagou se eu estava bem. Expliquei-lhe sobre minha comunidade distante e a impossibilidade de retornar. Sem hesitar, ela me convidou para acompanhá-la. Juntas, formamos um grupo em meio a esse cenário desolador, onde a sobrevivência se mesclava com a esperança de dias melhores. Perguntei-lhe sobre seu nome, ela me disse eu sou Selene e perguntou qual era o meu nome e eu disse me chamo Ruby ,com determinação, deixando claro que nossa jornada conjunta estava apenas começando.

Havia se passado exatamente três meses desde que me distanciei da comunidade, iniciando uma jornada ao lado de Selene. Nossa busca por um local seguro e abastecido nos conduziu a um encontro inesperado com um homem ferido. A cena chocante de testemunhar o líder impiedoso de um grupo hostil executando-o nos fez decidir nos esconder.