CAPÍTULO 18

...A FOTOGRAFIA ...

Após eu resolver o caso espinhoso que foi cansativo, resolvi tirar duas semanas de férias, eu estava esgotado emocionalmente. A história do garoto me sugou todas as energias. Afinal de contas era uma missão de alto risco. É claro que eu não precisava me envolver tão intensamente, mas que tudo valeu a pena. Até porque a cidade voltou a crescer com o novo prefeito que fez uma limpa no modo positivo. Mudou a delegacia expulsando policiais corruptos que estavam na folha de pagamento para fazer trabalhos escusos para o prefeito anterior.

E quando voltei para o trabalho com as energias renovadas. Eu como psiquiatra profissional às vezes acabo me envolvendo demais nos casos. Algo que não posso, agora é seguir adiante com mais trabalho pela frente. E já de cara me envolvi em outro caso mais complexo sobre a fotografia misteriosa de um homem desconhecido que se tornou uma obsessão de uma mulher que acredita que o falecido marido que morreu há 20 anos atrás estava de volta. Aconteceu da seguinte forma. Chegou no meu consultório uma mulher elegante e bonita de classe alta, aparentemente jovem, que tinha 45 anos de idade. Bem conservada. Ela desfilava uma beleza clássica de uma mulher bem sucedida e decidida, mas que era infeliz no amor. Há 20 anos atrás ela perdeu seu marido num acidente aéreo. Ela se chama Patrícia. Que está viúva há vinte anos. Quando entrou em meu consultório, me surpreendeu com o que ela queria saber.

— Em que eu posso ajudar? — Perguntei a ela.

— Doutor, estou desesperada, e preciso da sua ajuda! — Falou ela ofegante.

— Depende, eu preciso saber o que está acontecendo com a senhora? — Ela estava muito nervosa que eu tive que dar um copo d'água com açúcar, porque a sensação que eu tive foi que ela deveria ter sofrido alguma tragédia na família. Mais calma ela respondeu o que estava acontecendo. Ela me mostrou uma fotografia de um rapaz no seu celular, que no meu entender não tinha nada haver com meu trabalho.

— Senhora, eu trabalho com pessoas que querem fazer experiências sobre vidas passadas, e não estou entendendo onde a senhora quer chegar me mostrando essa fotografia de um homem que eu não conheço?

— Eu sei disso, Doutor, acontece que essa foto tem a ver com o rapaz que eu conheci dizendo melhor não conheci, apenas apareceu misteriosamente no meu celular, é a mesma pessoa que eu perdi a 20 anos atrás!

— Como assim? — Perguntei a ela, queria saber mais detalhes a respeito. Primeiro ela mostrou a fotografia que estava no celular dela, em seguida ela tirou uma fotografia do falecido marido quando ele tinha 20 anos de idade e me mostrou.

— Essa fotografia é do meu falecido marido quando era mais jovem quando ele tinha 20 anos, e casamos e fomos muito felizes até acontecer a tragédia do acidente aéreo. — Na medida em que ela contava a sua história eu percebi que lágrimas desciam dos seus olhos. E de fato eu fiquei impressionado com a semelhança do falecido marido numa foto antiga que ela tinha guardado há vinte anos atrás, com a do celular de agora. Deixei ela continuar contando a história.

— Vocês tiveram filhos? — Perguntei a ela.

— Não, quando nos conhecemos éramos muito jovens e gostávamos de curtir a vida de casados, trabalhávamos juntos numa pequena empresa e fomos crescendo e nos tornamos grandes empresários. Existia grande sintonia em todos os sentidos. Ele foi o melhor homem que eu conheci em toda a minha vida. Quando ele completou 23 anos me pediu em casamento, eu aceitei, é claro. Casámos e fomos felizes até completar 27 anos de idade. Foram 4 anos maravilhosos. Eu era apaixonada por ele, e por mim. Éramos bem sucedidos. Até que ele teve que fazer uma viagem para São Paulo e no avião que ele viajava caiu e morreram mais de 150 pessoas e ele estava nessa viagem. Fim de um sonho. A minha vida virou um pesadelo porque eu não conseguia superar a morte trágica do meu amado.

Foram dias mais difíceis da minha vida com a perda do meu marido, ele era tudo pra mim. Bom homem e de bom caráter, inteligente.

— E você se casou novamente após ficar viúva? — Perguntei a ela.

— Não, tive alguns relacionamentos fracassados que não deram certo, por diversos motivos, um que eu não conseguia me envolver emocionalmente com ninguém, porque eu era muito apaixonada pelo meu falecido marido. Passei muitos anos sozinha, inconformada com o que aconteceu com ele. Morrer jovem sem explicação. Quando tínhamos muitos sonhos para o futuro. Ele sonhava em ter uma família com muitos filhos, ele era muito querido por todos da minha família. Meus pais adoravam ele. Eu sempre tive aquela sensação de que podia acontecer alguma coisa com ele.

— Porque você tinha essa sensação de perder ele?

— Porque eu achava ele perfeito demais, bom marido bom profissional e honesto e além de lindo é claro, e que me fazia muito feliz. Ele completava-me em todos os sentidos. É por isso que eu não conseguia me entregar para homem algum até hoje.

Capítulos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!