CAPÍTULO 6

Na medida que ele ia comentando a história sobre a sua esposa, eu fiquei mais convencido que ia me surpreender ainda mais. Embora eu não tenha feito uma regressão na esposa dele. Eu estava convicto que realmente ela era a esposa que ele perdeu afogada no mar, eu apenas precisava de mais detalhes, e talvez nem precisasse fazer uma regressão a vidas passadas. E através do que ele estava dizendo caso fosse. E não sei como ela iria reagir se descobrisse que ela foi a primeira esposa.

— O senhor tem mais alguma coisa para revelar que deixou o senhor em dúvidas? — Perguntei a ele.

— Tenho muita coisa pra revelar.

— Então, prossiga.

— É tanta coisa que eu nem sei por onde começar, mas vamos lá, a primeira noite de amor que comecei a perceber que ela tinha algo em comum com a minha falecida esposa. Porque ela agia da mesma forma de amar, de me beijar, e me acariciar, foi aí então que eu comecei a perceber que não podia ser coincidência, havia algo a mais sobre ela.

Como eu sou um homem muito ateu que não acredito muito nessas coisas sobre vidas passadas, mesmo assim fiquei cismado, até porque tive experiência com diversas mulheres e cada uma age de forma diferente, nenhuma mulher age igual a outra, cada uma tem uma forma de amar, e não foi o caso da minha Julieta.

— Interessante, acho que o senhor está falando a verdade, mas continua.

— Na hora de fazer amor ela falava as mesmas palavras que a minha falecida esposa. E isso estava me deixando confuso porque não sabia se de fato era isso mesmo que ela falava, ou tudo não passava de uma ilusão? E para eu ter certeza se de fato não era ilusão minha. Então eu comecei a fazer outros testes.

— Tipo o que? Perguntei a ele.

— Falar palavras que eu costumava falar para falecida esposa, alguma coisa bem peculiar que nem todas mulheres gostam de ouvir em momento íntimo. Ela agia freneticamente excitada, e agora com a minha atual ela age da mesma forma na hora do sexo.

— Eu entendo! —

Disse pra ele.

— E o que mais aconteceu a ponto do senhor estar com a suspeita de que sua esposa voltou de outras vidas? — Ele demorou um pouco para responder, não sei se estava envergonhado, ou nem ele mesmo acreditava nessa hipótese.

— Levei ela para todos os pontos turísticos de Porto Alegre onde eu costumava levar minha falecida esposa. E um dos momentos que eu curti era sair aos domingos em parques, assim como o parque da redenção parque marinha do Brasil. E dois fatos que me assustaram foram no parque da redenção. Quando chegamos lá, a primeira coisa que ela falou.

— Vamos debaixo daquela figueira, meu lugar preferido.

— Como assim lugar preferido?

— É esse mesmo lugar! Você não lembra que viemos aqui várias vezes. Lembra quando chegou a noite, e não havia mais ninguém e estávamos pegando fogo e fizemos amor aqui mesmo?

— E como você reagiu diante disso? — Perguntei a ele quase afoito pela ansiedade que estava tomando conta de mim, porque eu estava impressionado com o que eu estava ouvindo.

— Sinceramente fiquei paralisado sem forças para reagir, ou dizer alguma coisa, na verdade eu fiquei até gago porque as palavras não saíram da minha boca. Fiz sinal com a cabeça dizendo que sim, até eu encontrar uma resposta mais adequada. Se eu dissesse que não lembrava, podia magoar ela. Essas coisas eu fui guardando só pra mim, e pensei que podia ser apenas uma coincidência e nada mais.

— Teve mais algum evento que te deixou confuso? — Perguntei a ele um pouco eufórico, mas tinha que me controlar. Ele respirou fundo e me falou de mais alguns eventos que me deixaram ainda mais impressionado.

— Naquela mesma noite, quando fizemos amor debaixo daquela figueira, saímos rindo da situação e perguntei se queria que eu chamasse um carro do aplicativo.

— Não meu amor, prefiro andar a pé até o centro, gosto de caminhar. — E fomos andando e o que me deixou mais confuso quando ela me disse.

— Vamos pela avenida João Pessoa que é mais perto. — Isso me chocou. Porque eu não queria passar porque era nesse mesmo caminho que eu e a minha falecida esposa costumávamos andar quando queríamos ir até o centro. Não queria ficar recordando porque era doloroso para mim lembrar o que aconteceu, mesmo estando feliz com a minha Julieta. E queria esquecer tudo o que aconteceu comigo. Ela adorava caminhar de mãos dadas comigo pela avenida João Pessoa, e gostava de conversar pelo caminho, e tudo isso estava acontecendo com a minha atual esposa.

— Tem mais algum evento para me contar?

— Sim, foi quando levei ela para o parque marinha do Brasil. Ela adorava aquele lugar. Convidei pra ir ficar perto do Rio Guaíba. Mas ela se recusou porque disse que odiava rios e mar. Ela sentia muito medo de chegar perto do mar. Então não levei e ficamos andando pelos parque até a hora de ir embora, e ela sabia todos os caminhos como se tivesse nascido em Porto Alegre. Uma cena inusitada que aconteceu com a minha falecida esposa aconteceu na mesma cena entre eu e Julieta.

— O que aconteceu?

— Anoiteceu e todos foram embora e ficamos só nós dois deitados na grama se beijando e nisso a coisa foi esquentando e acabamos fazendo amor ali mesmo debaixo de algumas árvores. E mal acabamos de fazer amor, quando de repente vimos dois guardas que faziam a ronda no parque. Saímos correndo igual dois loucos eu vestindo as calças pisei numa poça d'água e me sujei todo. Entramos no próximo ônibus e fomos embora rindo da situação louca que vivemos. E isso aconteceu comigo e Julieta na mesma situação.

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