Cenouras crocantes

O que eu estava sentindo nesse momento era paixão, uma paixão tão grande que toda vez fechava os olhos eu conseguia vê-lo, seu rosto junto ao meu, sentir seus lábios carnudos a cada vez eu tocava meus lábios com os dedos.

Nem mesmo a melodia mais perfeita e tocante me deixou assim. Nem mesmo a canção mais doce me deixou emocionada a ponto de sonha com ele. Eu estava encharcada pela paixão e desejo por Enzo.

Poderia ser uma obsessão?

Poderia ser loucura?

Poderia ser... Amo?

Tentei em todos os lugares ignora os desejos que vinham do meu coração, de ir até ele e disse o quanto eu o amo. Passei maior parte do meu tempo lendo livros de terro, porque eu não queria vive nenhum romance nem mesmo ouvir uma canção de amo por um bom tempo.

Segurei a bandeja na cantina da escola, pensando em o que eu comeria naquela manhã de terça feira. Desistir daquele refeição quando vir que meu estômago não aceitava nenhuma delas. Sai da fila deixando o garoto atrás de me fazer seu pedido.

Parei no corredor observando aquele tanto de jovens sentados, conversando enquanto comia. Todos eles já sentiram o mesmo que eu? Ou já se decepcionaram no amo?

As malditas perguntas vinham em minha novamente. Olhei na direção da mesa perto da janela. Erica, Ana e Enzo riam como se conhecesse a muitos anos. Virei para fugir dali e passa rapidamente por todos eles.

- Meggie! Maggie!

Fingir não ouvir Ana grita o meu nome duas vezes. Eu estava de fones, mais, conseguia ouvir perfeitamente a sua voz.

Continue de cabeça baixa na direção do campo de futebol, aquele era o meu refúgio, ali eu poderia fica em paz. Sentei na arquibancada. Tirei da bolsa um saquinho de cenouras que minha mãe avia cortado para me. Dei algumas mordidas nelas ouvindo seu som crocante, sentir um vazio em meu peito cresce quando me lembrei do sorriso de Enzo.

- Cenouras são bons para os olhos, sabia?

- Minha avó dizia que formigas, eram boas para a vista. - responde dando outra mordida.

Observei Jorge subir os degraus da arquibancada com os braços atrás da costa. Sentou ao meu lado.

- Acredito que todos os insetos tem a sua função para nós, seres humanos.

Parou os passos um pouco longe de me.

- Ela morreu cega. E acredite, ela comeu quaser todas as formigas do quintal.

Algumas gargalhada saíram de nós naquele lugar tão grande e vazio.

- Porque está aqui sozinha. Sempre que vejo está cheia das amigas? - sentou.

Ele ergueu as sombrancelha cruzou as pernas esperando minha resposta.

- Não me sinto bem - respirei fundo - sinto enjoou em lugares lotados.

- Posso pergunta uma coisa, Maggie?

O ar ficou um pouco pesado. Assistir com a cabeça.

- Você está apaixonada?

Engoli seco o que nem tinha em minha garganta. Mexe no anel em meu dedo tentando tira a tensão do momento.

- Mesmo que eu negue até a minha morte você nunca acreditaria, então.

- Conhece você muito bem, posso lê cada movimento que faz Maggie.

- Então, sim. Me apaixonei pela primeira vez, mas agora... Estou começando a odiar esse sentimento.

Jorge tombou a cabeça para o lado dando três piscada rápida.

- Que fala sobre isso? - perguntou ainda de pernas cruzadas.

- Já falei para me mesmo que não vou liga para tal coisa chata. Não quero fala sobre isso com você, Jorge. Sei que é o psicológico da escola inteira, mas não quero fala sobre isso. - morde outra cenoura sem me preocupar com a sinceridade que saiu de me.

- Você está certa, sou psicólogo de toda a escola. Mais um dia vai precisa de me. Estarei esperando por você com uma xícara de chá bem quente, Maggie.

- Até mais Jorge.

Jorge saiu da minha presença bem devagar olhando para o chão, talvez pensando que aquelas palavras foram bem duram ou que eu não tinha jeito mesmo.

Voltei para as cenouras que me olhavam fixamente, esperando eu da uma mordida em cada uma.

Eu não estava bem, queria Enzo ao meu lado naquele momento, mas como todos dizem querer não é pôde. Tiver que esconde o que estava sentindo, um merda pois era a primeira vez que sentia algum por alguem e tinha que ser a pessoa mais complicado do mundo.

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