Saloon

Lume se dirigiu para o lado do caminho em que estava para evitar ser atropelada por pedestres. Ela abriu as três mochilas e anotou mentalmente tudo o que comprou para ter certeza de que estava satisfeita.

Tudo bem. Só falta um lugar para ir. Afinal, era o lugar mais importante.

As portas estilo saloon se abriram com um ruído baixo e característico enquanto ela entrava em uma das muitas tabernas do Posto Avançado.

Ela frequentemente visitava esta taverna, já que era a que a maioria dos soldados

e mercenários visitavam para afogar suas mágoas em álcool amargo, porém forte.

A vibração era solene a ponto de parecer quase física, pesando muito sobre todos. Ela imaginou que a iluminação era fraca de propósito para esconder os olhares cansados e deprimidos no rosto de todos.

Muitos observaram sua entrada quando ela se aproximou de uma borda solitária do bar, mas ninguém realmente se importou em prestar mais atenção a ela do que isso.

Além do bar, a maioria dos clientes sentava-se em mesas redondas ou

quadradas incompatíveis, com uma grande retangular no meio que permitia que mais pessoas conversassem.

Havia pouca decoração e muitas vezes

cheirava a óleos de limpeza de armaduras, metal e couro, feno e odor corporal.

Lume enfiou as mochilas entre e ao redor das pernas enquanto se sentava no banquinho disponível.

A atendente da taberna parou na frente dela, jogou o pano de bar sobre o ombro e apoiou o cotovelo na mesa. Quando Lume pegou seus olhos azuis, ela levantou uma sobrancelha para ela.

Megan tinha duas tranças de rabo de cavalo que balançavam em ambos os lados de sua cabeça para descansar além de seu seio de tamanho médio.

Seu rosto era sardento, embora bronzeado por muito sol, com lábios finos. Seu corpo era magro por baixo de seu vestido marrom simples, era difícil ser gordo nesta aldeia a menos que você fosse rico, mas ela não se

importava com nenhum bêbado dentro de seu estabelecimento.

Seus dois irmãos também trabalhavam no negócio, principalmente como reforços e garçons.

— Uma caneca de hidromel e três garrafas de Sono da Megan.

Lume exigiu.

— Eu também gostaria do ensopado especial do dia.

— Barato, e ainda não está dormindo bem, hein?

Megan bufou, estendendo a mão imediatamente sob o balcão para pegar uma caneca de madeira. Então ela se virou para pegar o hidromel em uma garrafa de vidro

verde da prateleira atrás dela.

— Eu durmo bem.

Lume resmungou, observando-a encher a caneca antes de colocá-la no balcão pegajoso onde Lume descansou os antebraços.

— É só conseguir dormir que é o problema.

— Existem demônios em todos nós.

Megan colocou três garrafas de vidro altas e redondas na mesa para Lume colocar dentro de uma de suas mochilas.

— É por isso que fiz isso especialmente.

Lume jogou uma peça de bronze no balcão, seguida por três de prata, então acenou com a cabeça para cima de uma forma que disse a Megan para deixá-la sozinha até que sua comida estivesse pronta.

Ela não precisava nem queria uma terapeuta, e só veio aqui para uma refeição saudável para encher a barriga e obter um calor líquido antes de voltar para o frio cortante.