Antes de Cheng Yi desmaiar... Cheng Yi sente os olhos pesados e, sem forças, cai no sono. Tian Ci corre até ela, segurando os seus braços com delicadeza, a colocando no chão com cuidado para não machucá-la, a deitando em seu colo. Ele sussurra com um misto de preocupação e dor:
— Eu já disse para você ter cuidado... Se você se machucar, eu ficarei triste. Então, por favor, levante-se. Pare de fingir.
Ele observa o seu rosto, mas Cheng Yi permanece inerte, sem abrir os olhos. Desesperado, ele começa a chamá-la, o seu tom de voz quebrando com a angústia:
— Cheng Yi, você precisa acordar! Por favor, não brinque comigo! Eu farei qualquer coisa que você pedir. Só acorde!
Enquanto ele tenta acordá-la, o cheiro estranho de algo queimando alcança suas narinas. Ele franze a testa, perguntando a si mesmo:
— Que cheiro é esse?
Olha ao redor e logo nota o incenso, derrubando-o no movimento apressado. Um barulho vindo da porta chama a sua atenção. Ele vira-se rapidamente, gritando:
— Quem está aí?!
Do lado de fora, os passos e uma risada ecoam. A porta é empurrada, e uma voz fria e calculista entra, dizendo:
— Você não sabe? Descobriu que o incenso foi adulterado, que pena que é tarde demais.
Tian Ci, furioso, olha para ele e ameaça:
— Eu já avisei para não encostar um dedo nela!
Com um sorriso sinistro, encara Tian Ci e, com uma calma perturbadora, diz:
— Tem algo que eu não entendo. Pode-me explicar?
Tian Ci, ainda ofegante pela raiva, desvia o olhar. Outra pessoa entra na sala, ele fica parado, enquanto o homem continua e avança alguns passos, explicando com um tom de triunfo:
— Como uma pessoa destinada a ficar com você, não se lembrar disso? Foi difícil, mas finalmente descobri. Você e ela foram prometidos um ao outro... Um fio do amor. Então, é por isso que ela não aceitou o meu pedido.
O ódio se acende nos olhos de Tian Ci, e ele grita:
— Maluco! Por que fez isso com eles, e com ela?!
O homem o encara com indiferença e responde:
— Está falando daquela vila? Eu deixei bem claro. Aceite o meu pedido, e eu os libertarei. Fico triste por isso.
Ele ri de forma cruel, e Tian Ci, em um acesso de raiva, avança na direção dele:
— Eu vou te matar!
Mas antes que ele chegue até o mestre, Tian Ci sente uma dor crescente na testa. Ele recua, colocando a mão no rosto, cambaleando para trás.
O homem, com um sorriso vitorioso, observa.
— Você não percebeu que foi drogado ao entrar aqui? Daqui a pouco, você também vai cair no sono. Tian Ci começa a perder o controle de seus movimentos, suas pernas fraquejando. O homem chama seu capacho e dá a ordem:
— Se transforme nele.
O capacho, tem o poder de assumir qualquer forma. Sua verdadeira identidade, foi revelada após ser salvo, desde então, tornou-se seu servo.
O homem entra na sala com um olhar satisfeito e pergunta com frieza:
— O que achou desse lugar?
Ele aproxima-se de Tian Ci, agora preso, suas mãos e pés acorrentados. Ele chega perto o suficiente para sussurrar na direção da sua orelha:
— Esse é um lugar secreto da minha mansão. Deve se sentir honrado. Ele afasta-se, e Tian Ci, com a voz cheia de desprezo, pergunta:
— Quem é você?
Ele, ainda de costas, responde com calma, quase zombando:
— Você realmente quer saber quem eu sou? Não está claro? Eu sou Ling An.
Tian Ci, com olhos desafiadores, responde:
— Pode enganar os outros, mas não a mim. Ling An se vira lentamente e o encara com uma frieza assustadora:
— Você já foi enganado. Você me viu naquele dia, não viu? Ok, vou confessar... Eu sou um escorpião. Ganancioso por natureza e, para me tornar mais poderoso, preciso de Cheng Yi.
Tian Ci, num grito, pergunta:
— Acha mesmo que pode enganar ela até o fim?
Ling An sorri, como se tivesse tudo sob controle, e responde calmamente:
— Sim. Se ela pensar que o vilão é você.
Ele se vira para o capacho e diz:
— Vamos voltar ao quarto antes que ela acorde. Temos trabalho a fazer.
Enquanto vê Ling An se afastando, Tian Ci sente um misto de raiva e impotência. "Essas palavras que acabei de dizer... vão fazer ele pensar que eu desisti." Os seus olhos se fixam nas algemas que apertam os seus pulsos, o frio do metal penetrando a sua pele. Ele sabe que precisa agir rápido. Olha ao redor, mas não vê nenhuma ferramenta evidente. Então, o seu olhar se prende a um prego enferrujado na parede. Ele pensa rapidamente.
— Isso pode ser minha oportunidade.
Com esforço, ele estica os braços, quase deslocando o ombro, até alcançar o prego. Os seus dedos tremem, mas, com uma força de vontade imensa, ele consegue puxá-lo. O som do metal rangendo é quase imperceptível, mas é suficiente para manter sua esperança viva. Usando o prego como uma chave improvisada, ele começa a trabalhar nas algemas. O suor escorre pela testa enquanto ele continua seu esforço. Minutos se passam até que, finalmente, o som de um click ecoa. Uma das algemas se solta. Ele não perde tempo e logo liberta a outra. Agora livre, Tian Ci sabe que a verdadeira luta está apenas começando. O próximo passo é escapar e, acima de tudo, salvar Cheng Yi.
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Atualizado até capítulo 36
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