Um dos homens começa a rir, com um sorriso debochado no rosto.
Homem 1:
– Você acha mesmo que vai nos enganar com esse papinho? Só pode estar blefando.
Cheng Yi segura a pedra com mais força e grita:
– Não se aproximem, seus tolos! Eu juro que vou jogar isso em vocês!
Os homens trocam olhares, rindo ainda mais alto.
Homem 2:
– Vai jogar pedra? E depois, o que vai fazer? Onde estão as outras? Só tem essa na mão, foi sorte achar até isso.
Homem 1:
– Chega de conversa. Vamos acabar logo com isso.
Quando eles começam a avançar, uma figura encapuzada surge das sombras. Em um piscar de olhos, ele derrota os homens com movimentos precisos e mortais. Cheng Yi assiste, boquiaberta, sem conseguir desviar os olhos. Ao terminar, o encapuzado se vira para ela.
Cheng Yi:
– Tian Ci? É você?
Tian Ci sorri levemente e, tirando o capuz, responde:
– Como adivinhou?
Cheng Yi:
– Você me pareceu familiar... e também... essa pulseira que você usa. Quem te deu?
Tian Ci olha para a pulseira, seu sorriso desaparecendo por um instante.
Tian Ci:
– A pessoa que eu amo.
Cheng Yi:
– Tian Ci, por que você fica indo e vindo? Por que sempre aparece para me salvar quando estou em perigo?
Tian Ci encara Cheng Yi com intensidade, a luz da lua refletindo em seus olhos.
Tian Ci:
– Cheng Yi, prometa-me algo. Não fale de mim para o seu mestre. Você pode fazer isso?
Antes que ela possa responder, uma voz ressoa ao longe.
Voz distante:
– Cheng Yi! Cheng Yi!
Ela se vira na direção da voz e murmura:
– Acho que é o mestre me chamando.
Quando olha de volta, Tian Ci já desapareceu.
Mestre Ling An surge correndo, com o semblante preocupado.
Mestre Ling An:
– Você está bem? Se machucou?
Cheng Yi:
– Não, estou bem. Alguém me ajudou.
Mestre Ling An:
– Quem?
Cheng Yi hesita, seus pensamentos se embaralhando.
*(“Eu não posso falar dele para o mestre...”)
Cheng Yi:
– Era... um homem que passou e me ajudou. Acho que tive sorte.
Mestre Ling An suspira, aliviado.
Mestre Ling An:
– Você ainda brinca em uma situação dessas. Vamos para casa. Eu saí apressado e não trouxe uma...
Cheng Yi:
– Não tem problema. Vamos a pé.
De volta à mansão, Cheng Yi vai direto para o quarto. Enquanto isso, Mestre Ling An reúne alguns subordinados.
Mestre Ling An:
– Cheng Yi tem algum amigo?
Subordinado:
– Não, mestre. Ela se encontra com uma ou outra pessoa, mas nada muito próximo. É para continuar vigiando-a?
Mestre Ling An:
– Sim. Tenho que protegê-la. Hoje cheguei tarde demais, e alguém já estava lá. Não sei quem era. Pode ir.
O subordinado se afasta, mas a guarda-costas Xuan Ji se aproxima.
Xuan Ji:
– Por que não contou a verdade para ela? Não seria mais fácil se soubesse?
Mestre Ling An a ignora, saindo em silêncio.
No quarto, Cheng Yi chama por Sist. Ele aparece, cruzando os braços.
Sist:
– O que foi agora?
Cheng Yi:
– Você pode me falar sobre a identidade de Tian Ci?
Sist:
– Já te disse que não posso ajudar com isso.
Cheng Yi:
– E se você fizesse um remédio que o fizesse falar a verdade? Assim, não seria você ajudando, mas sim o remédio.
Sist inclina a cabeça, pensativo.
Sist:
– Hmm... você tem um bom argumento.
Cheng Yi sorri, satisfeita. Mas Sist logo estreita os olhos.
Sist:
– Tá me achando com cara de bobo?
Cheng Yi:
– Não! Eu só estava sugerindo...
Sist:
– Certo, farei o remédio. Não sou mesquinho. Aqui está.
Sist entrega um pequeno frasco a Cheng Yi.
Sist:
– Faça-o beber. E me chame quando tiver algo realmente importante. Não sou muito paciente, sabe?
Cheng Yi observa Sist, pensativa.
Cheng Yi (pensando):
(“Então... aquele homem de capuz... é ele?”)
Cheng Yi:
– Sist, entre tantas pessoas, por que você me escolheu?
Sist:
– Você já me perguntou isso antes.
Cheng Yi:
– Antes? Como assim? É a primeira vez que pergunto!
Sist:
– Cheng Yi, a protagonista deste livro morreu em um incêndio. Pelo menos é o que penso. Essa pessoa... é você. Ou melhor, sua alma. Antes de sumir, ela estava em profunda tristeza. E, de alguma forma, sua tristeza se conectou à dela.
Cheng Yi:
– Então, só porque eu senti o mesmo que ela, isso aconteceu? Mas por que só agora? Eu sempre fui triste...
Sist:
– As emoções dela eram diferentes. Ela tinha tudo: família, escolhas, liberdade. O que poderia fazê-la sofrer assim?
Cheng Yi:
– Então, eu sou uma princesa? Se sou uma princesa, por que minha vila foi incendiada? Por que vila, e não o reino em que estou? E o espírito dela... ainda pode voltar?
Sist:
– Talvez ela ainda esteja viva. Por isso, você precisa...
Uma batida na porta interrompe a fala de Sist. Cheng Yi olha para a porta, mas quando se vira de volta, Sist desapareceu. Ela suspira e manda a pessoa entrar.
Cheng Yi:
– Quem é?
Mestre Ling An:
– Sou eu. Vim ver como você está.
Cheng Yi:
– Mestre, você deveria estar descansando.
Mestre Ling An:
– Estou bem. Trouxe uns bolinhos. Vai querer?
Cheng Yi sorri calorosamente.
Cheng Yi:
– Sim. Obrigada.
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Atualizado até capítulo 36
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