Um mar de Ilusão. Capítulo 06. A aparição de Sist em uma forma de nuvem nebulosa

Tian Ci fez a sua entrada de maneira impressionante. Os seus longos cabelos angulados balançavam suavemente, e os trajes vermelho e branco destacavam ainda mais a sua aura magnética. A sua voz, tão encantadora quanto a sua aparência, soou como uma melodia quando ele se sentou à frente de Cheng Yi.

Cheng Yi pensa:

- "Eu me confessei para ele?" Você se chama Tian Ci e eu gostava de você? É isso?

Tian Ci olha para ela e fala:

- Gostava? Isso é muito pouco. Você me amava e ainda me ama, e ... eu também sinto o mesmo, só não tive tempo de dizer, você saiu correndo. Nos combinamos de nos encontrar aqui.

Cheng Yi o analisar o Tian Ci de cima para baixo e pensa:

[- Esse Tian Ci é bonito, mas eu não sei nada sobre ele. E sua presença, é totalmente notória.]

Tian Ci:

— Você realmente se esqueceu?

Cheng Yi o encarou, surpresa, mas sua voz saiu firme:

— Não! Como eu poderia esquecer de você? Nós íamos nos encontrar... mas por quê?

Tian Ci se levantou, aproximando-se com um sorriso provocante. Ele se sentou ao lado dela, tão perto que Cheng Yi podia sentir o calor de sua presença. Inclinando-se lentamente, sussurrou:

— Ah... meu amor. Talvez você tenha se esquecido de mim, mas eu jamais esqueceria de você. Não se preocupe... farei com que se apaixone por mim novamente.

Cheng Yi arregalou os olhos, e, em um movimento brusco, levantou-se, dando alguns passos para trás enquanto pensava consigo mesma:

— O que deu nele?

Tian Ci a observava com os olhos brilhando, uma mistura de determinação e desejo. Ele sorriu com confiança e declarou:

— Eu a levarei para o meu reino, Cheng Yi, e a transformarei em minha rainha.

Ele estendeu a mão, esperando que ela a segurasse. Cheng Yi hesitou. Seu coração batia descompassado. Olhou para ele, surpresa e confusa. Depois de um suspiro profundo, decidiu estender a mão. Mas, ao abrir os olhos, ele não estava mais lá.

A voz familiar de seu mestre ecoou, chamando seu nome. Cheng Yi se virou na direção do som e avistou o mestre à distância. Acenou levemente, tentando esconder o turbilhão de emoções que sentia.

Mas em seu coração, as palavras de Tian Ci ainda pairavam, como uma promessa que ela não sabia se queria aceitar ou temer.

Ao andar pela rua com o Mestre ela pergunta:

- Mestre, você conhece Tian Ci.

O mestre Ling An pensa um pouco e fala:

- Não, eu não conheço, por quê?

Cheng Yi disfarça e diz:

- Nada não, deixa pra lá.

[Talvez eu tenha imaginado tudo].

Shi Feng aparece e diz:

-Oi! O que vocês estão fazendo?

Ling An responde:

-Nos só estamos passeando.

Shi Feng olha para a menina e fala:

- Eu não conheço ela. Quem é?

Ling An responde:

- Ela é minha nova discípula, ela se chama Cheng Yi.

Cheng Yi olha para Shi Feng e cumprimenta. Shi Feng olha para ela e fala:

- Eu ouvi falar de você.

Cheng Yi pergunta:

- Ouviu?!

Shi Feng

- É.... Meu irmão me contou.

O mestre Ling An olha para Cheng Yi e fala:

- Cheng Yi, você pode perguntar para ela, quem é aquele.... aquele nome que você perguntou para mim. Ela sabe de tudo é só perguntar.

Cheng Yi, olha para o Mestre e fala:

- Deixa pra lá.

Shi Feng pergunta:

- Que nome? Do que vocês estão falando?

Su Feng avista a irmã dele, e se aproximando diz:

- É ai que você está irmãzinha! Já te procurei muito.

Shi Feng pergunta:

- Você está procurando por mim?

Su Feng responde:

- Você esqueceu que a mamãe vai escolher um noivo para você hoje.

Shi Feng faz uma cara séria e diz:

- Isso de novo não.

Um homem se aproxima e diz:

- Oi!

Shi Feng se vira e olha para ele e pergunta:

- Quem é você?

Ele olha para ela com um sorriso no rosto e fala:

- Eu sou o seu noivo. É um prazer te conhecer.

Shi Feng olha para ele de baixo para cima e fala:

- Noivo?

Leng Xen balança com a cabeça confirmando.

Uma menina se aproxima e diz:

- Olá cunhada, você está bem, é um prazer te conhecer:

Shi Feng fica seria e diz:

- Quem é sua cunhada?! Eu nem aceitei ele, e já estão me chamando assim. E quem é você?

A menina responde:

- Eu me Chamo Roa Zir sou a irmã mais velha do Leng Xen.

Você nunca aparecia nos encontros, então resolvemos encontrar você. Eu vim junto porque meu irmão é bem tímido, mais ele é um amor de pessoa. Não estou dizendo isso como irmã dele.

Cheng Yi analisa Roa Zir e pensa:

— Essa menina parece saber artes marciais.

Uma sombra pesada tomou conta do ambiente, engolindo a luz e mergulhando o céu numa escuridão quase palpável. O vento rugiu como um animal selvagem, rasgando o ar e lançando barracas pelos ares. O caos instaurou-se. Gritos ecoavam enquanto as pessoas corriam desesperadas para se abrigar nas suas casas, trancando portas e janelas na esperança de escapar do desconhecido. No meio da confusão, Cheng Yi ficou paralisada. O seu coração martelava no seu peito quando avistou um grupo de homens armados correndo na sua direção, espadas brilhando mesmo sob a luz minguante.

— Por que estão-me perseguindo?!

Gritou ela, tomada pelo pânico. Antes que pudesse pensar em fugir, o Mestre Ling An posicionou-se à sua frente, com olhos determinados e postura firme. — Não tenha medo. Eu vou protegê-la.

Sem hesitar, Ling An sacou a sua espada e avançou contra os inimigos. O som de lâminas se cruzando cortava o ar, enquanto Roa Zir surgia ao lado dele, juntando-se à batalha. Poucos metros dali, Leng Xen empunhava a sua arma, protegendo Shi Feng, que observava a luta com apreensão. Ao lado dela, Su Feng permanecia vigilante, pronto para defender a irmã a qualquer custo. No entanto, por cada inimigo que caía, dois outros surgiam das sombras, como se alimentados pela própria escuridão ao redor. Cheng Yi sentia o desespero crescer no seu peito. O seu olhos fixaram-se no Mestre Ling An, agora ferido, mas ainda lutando com todas as forças.

— Mestre!

Gritou ela, mas sua voz perdeu-se no barulho da batalha. De repente, a sua angústia explodiu num grito desesperado: Sist..! Sist! Onde está?!

Foi então que o tempo pareceu congelar. As lâminas pararam no ar, os corpos imóveis como estátuas. Apenas o vento continuava a soprar, uivando entre os escombros. Cheng Yi sentiu algo mudar dentro de si. Raios de energia pulsaram no seu olhos, refletindo o caos ao seu redor. Um pensamento sombrio cruzou a sua mente: "Se este for o vilão... não temos como escapar vivos."

No céu, uma grande nuvem nebulosa começou a se formar. A presença dela era opressora, quase sufocante. A nuvem parecia viva, moldando-se em formas cambiantes até uma voz ecoar, profunda e enigmática:

— Você se arrepende?

Cheng Yi, ainda tremendo, ergueu o olhar para a figura imponente no céu. A sua voz saiu fraca, misturando surpresa e medo:

— É você que está fazendo isso?

O vento soprou mais forte, como se o próprio mundo aguardasse pela resposta.

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