Shi Feng encarou Cheng Yi com um sorriso provocador:
— E você? Disseram que é bem próxima do Ling An. Sabia que ele se machucou tentando te salvar? Ele nunca fez isso por ninguém... Você gosta dele?
Cheng Yi arregalou os olhos, indignada:
— O quê?! Claro que não!
Mas, ao desviar o olhar, lembrou-se do beijo. A confusão em sua mente era evidente. Hesitante, ela perguntou:
— Shi Feng... Se alguém te beijar, isso significa que gosta de você?
Shi Feng sorriu, curioso:
— Sim. Por quê? Alguém te beijou?
Cheng Yi corou, tentando disfarçar:
— Não, não é isso! Só... só estava perguntando mesmo.
A gargalhada de Shi Feng ecoou.
— Está mentindo muito mal hoje.
Nesse momento, Su Feng, o irmão mais velho de Shi Feng, apareceu:
— Irmã, estou te procurando. Sobre o que tanto conversam?
Antes que Cheng Yi pudesse responder, Ling An aproximou-se, sua presença imponente. Ao vê-lo, Cheng Yi abaixou a cabeça, envergonhada. Ele percebeu e, com um sorriso discreto, ele olha para Shi Feng e diz:
— Por que não ficam mais um pouco? Esse lugar só é animado com vocês por perto. Vou pedir que preparem o almoço.
Enquanto Ling An se afastava, Cheng Yi continuou a conversar com Shi Feng, mas sua mente estava longe. Enquanto isso, num lugar sombrio…
— Mestre, quase fomos descobertos!
Sussurrou o capanga. O homem à frente riu com frieza.
— Não importa. Ninguém descobrirá quem sou tão rápido. Mas aquele homem... Ele está arruinando meus planos. Não permitirei que continue.
O capanga hesitou:
— E se ela descobrir o que aconteceu no incêndio? Isso não vai prejudicar os seus planos?
O mestre colocou a mão no ombro do capanga, apertando-o com firmeza.
— Usaremos isso a nosso favor. Vamos culpar outra pessoa. E você, claro, irá-me ajudar.
O capanga apenas assentiu, temendo contradizê-lo. Na mansão Rong Sher... Todos estavam reunidos para o almoço quando Ling An chegou. Su Feng sorriu, amigável:
— Vem, estávamos-te esperando. Por que demorou tanto? Agora podemos comer.
Ling An tentou recusar:
— Não precisava me esperar.
Su Feng:
— Que isso! Somos como família. E, já que o seu irmão não está aqui, eu cuido de você.
Su Feng riu, descontraído. Curiosa, Cheng Yi perguntou:
— O mestre tem um irmão?
Shi Feng olhou-lhe, surpresa:
— Não sabia?
Ling An, sem jeito, respondeu:
— Ainda não tive a oportunidade de contar.
— Qual é o nome dele? - insistiu Cheng Yi.
Su Feng respondeu antes que Ling An pudesse falar: — Do Bing Ki. Ele e eu lutamos juntos no exército. Quando a paz chegou, resolvi-me aposentar e cuidar da minha irmã. Mas ele continuou a servir o Imperador.
Cheng Yi sorriu, intrigada, e murmurou baixinho.
— Que nome esquisito, a mão dele não teve muitas ideias de nome quando ele nasceu.
Su Feng, não escutando direito o que ela falou, pergunta:
— O quê?!
Cheng Yi diz alegremente:
— Eu disse, que é interessante. Eu não sabia disso.
O mestre Ling An sorrir ao ver as travessuras de Cheng Yi.
Mais tarde, na mansão...
Cheng Yi caminhava sozinha pelos corredores silenciosos quando ouviu um barulho vindo do quarto de Ling An. Com o coração acelerado, escondeu-se e viu Tian Ci saindo às pressas, vestido de preto. Ela sussurrou para si mesma:
— O que Tian Ci está a fazer aqui?
Sem hesitar, entrou no quarto e encontrou Ling An ferido no chão.
— Mestre! O que aconteceu?
Ele respirava com dificuldade, mas respondeu:
— Um homem mascarado atacou-me. Disse que queria-me matar. Ele tinha uma pulseira, mas... não consegui ver mais nada.
Enquanto isso, Tian Ci fugia pela floresta, mas foi interceptado por uma figura misteriosa usando máscara. A luz da lua iluminou o confronto.
— Eu vi você no dia do incêndio. Por que estava lá? "Pergunta a figura"
Tian Ci sacou a sua espada:
— Também estava lá?
Eles duelaram intensamente, mas a figura mascarada desviava com facilidade, ferindo Tian Ci em vários pontos. Quando parecia que tudo acabaria, outra pessoa encapuzada surgiu, salvando Tian Ci, obrigando a figura mascarada a fugir. Tian Ci, ainda confuso, perguntou ao seu salvador:
— Por que me ajudou?
A resposta foi enigmática:
— Você ainda não pode morrer... Tecnicamente isso não deveria acontecer, então tive que intervir. Porque você não revelou sua verdadeira identidade. Não precisava lutar com essa espada fraca. Prefere morrer escondendo algo, em vez de revelar.
Surpreso, Tian Ci perguntou:
— Como sabe disso?
O encapuzado sorriu:
— Vamos dizer, que eu conheço todo mundo, mais ninguém me conhece.
Tian Ci fica confuso:
— Já sabia o que ia acontecer?
O homem tira o capuz, tirando a capa, revelando a sua face.
— Eu sou Sist. E eu não sou totalmente assim. Em outro mundo tenho cabelos curtos. Tenho várias formas. Com os meus olhos, eu te vejo, com meu pensamento, eu prevejo, e com as minhas mãos, eu escrevo, com o lápis, te conduzo para o futuro, que logo se tornará presente.
Tian Ci pergunta:
— O que eu devo fazer?
Sist diz: Mais cedo, ou mais tarde, você descobrirá.
Antes que Tian Ci pudesse reagir, o Sist se afastou, desaparecendo na escuridão.
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Atualizado até capítulo 36
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