— Mamãe!? — Deann entrou em sua casa e esperava que sua mãe estivesse por ali, mas de instante não a encontrou e então, continuou a chama-la. — Mãe? Está em casa?
— Deann! — Sua mãe apareceu de repente, retirando os óculos do rosto e o colocando em qualquer superfície próxima para atende-la. — Que bom que está bem! — Abraçou a filha.
— Não foi nem muito tempo, mãe... — Disse Deann recebendo o abraço forte da mãe.
— Pois para mim pareceu uma eternidade! — Disse pegando no rosto da filha para olhá-la bem nos olhos. — Que bom que está bem, meu amor! — A beijou diversas vezes.
— Bom... — Deann desviou seus olhos, percebendo que precisava contar as coisas que vinham pela frente. — Acredito que precisará se acostumar um pouco mais com a minha ausência mamãe... — Disse aquilo de coração partido.
— Assinou o acordo? — Elizabeth deu alguns passos em cego para trás, topando na poltrona onde se sentou com a mão no peito. — Assinou mesmo?
— Assinei. — Disse engolindo seco e sentando-se no sofá. — E agora eu preciso cumprir minha parte no acordo e por pior que seja a situação, quero que saiba que estarei cumprindo com muito gosto, enquanto eu souber que está tendo o melhor tratamento que o dinheiro pode pagar!
— Compreendo que queira salvar a minha vida, querida... Mas espero que também compreenda o quanto isso me deixa incomodada. — Declarou. — Não há dinheiro nesse mundo que valha pela nossa dignidade!
— Eu sei disso, mamãe! — Deann soltou colocando uma mão sobre a dela. — E espero jamais me perder de tudo aquilo que a senhora me ensinou, pois tenho certeza de que nenhum luxo que me espera pela frente será mais valioso do que seus ensinamentos. — Olhava nos olhos de sua mãe. — Minha honra e dignidade permaneceram comigo independente das circunstancias e sabe disso!
— O mundo do lado de lá é muito diferente do nosso, Deann... — Elizabeth suspirou ao dizer aquilo. — Lá raramente a dignidade está acima dos bens materiais.
— Então terei que mudar um pouco as coisas! — Soltou um sorriso de lado. — Até porque, estou sendo contratada exatamente para isso, não é!? — Recostou-se nas costas do sofá.
— E falando nisso... Conheceu o seu... Seu “noivo”!? — Perguntou com certa resistência na última palavra.
— Mãe... — Deann colocou-se de pé de imediato. — Você fez quais sabores de geleia para a feira? — Perguntou indo para o outro lado do balcão onde se encontrava a cozinha.
— Somente de morango desta vez... — Respondeu enquanto Deann ia na geladeira.
— Posso pegar um para mim? Vou deixar o dinheiro aqui na latinha...
— O quê!? Não, não... — Sua mãe logo colocou-se de pé. — Não precisa pagar. Sabe que sempre separo um potinho para comermos juntas!
— ... — Deann apertou seus lábios um contra o outro, olhando para o pote de vidro em suas mãos.
— ... — Elizabeth jamais seria tola de não perceber a feição da filha. — Não respondeu minha pergunta sobre o seu “noivo”.
— Não só o conheci, como também já me casei com ele. — Declarou engolindo seco.
— Quer dizer que... Que já está indo embora? — Elizabeth tinha os olhos já cheios de lágrimas.
— Sim... — Os olhos de Deann não estavam diferentes. — Pode me ajudar a arrumar minhas coisas? — Perguntou como uma criança de seis anos. — Não sei se vou conseguir sozinha...
— Claro que sim, meu amor! — Disse Elizabeth. — Claro que sim! — Declarou puxando a filha novamente para um abraço.
~
Deann não tinha muita coisa e as coisas mais importantes, couberam em uma caixa de sapato, então não demorou muito tempo para separá-las. Elizabeth a orientou em não levar todas as suas peças de roupa, somente aquilo que gostava mais e que pudesse caber em uma mochila ou mala de mão, pois pelos próximos seis meses certamente não usaria mais tanto jeans e tênis pela alta sociedade.
— Isso realmente me assusta! — Disse Dean colocando suas coisas na poltrona com um sorriso. — Esse povo não sabe o que é conforto?
— Acredite! — Elizabeth dizia. — Eles vivem pela aparência!
De repente, a campainha foi apertada sem parar ao ponto de fazê-la parar de funcionar de vez! O que fez o desesperado do outro lado bater na porta como se o mundo estivesse desabando.
— ... — Deann abriu a porta com estranheza e logo desfez o franzir de seu cenho ao deparar-se com o motorista com o chapéu na mão, desesperado ao ponto de estar suando frio.
— Ah graças à Deus, Sra. Everett! — Disse o Mike quase ajoelhando-se em um agradecimento. — Preciso da sua ajuda, por favor!
— Claro, claro! — Deann abriu foi saindo. — Mamãe, fique aí, por favor!
~
Com a ordem de Joseph para continuarem ali, o motorista não teve outra alternativa a não ser acatar a ordem do homem que mais parecia um adolescente. Enquanto ele não tinha medo do bairro desconhecido, Mike sábia bem que a realidade do outro lado da cidade era bem diferente.
— Senhor, por favor... — Mike insistia indo atrás do rapaz que caminhava como se estivesse em um passeio.
— Esfria a cabeça um pouco, Mike... — Dizia Joseph completamente sem noção. — Vamos fazer disso um passeio!
— Não conhecemos esse bairro direito, senhor... — Dizia olhando para todos os lados.
— Mas que tanto medo é esse, Mike? Você é um homem ou um rato? — Ria. — Mas é sério! O que um bairro tão simples como esse pode oferecer de tão perigoso ao ponto de fazer tremer tanto?
— De fato é um bairro simples e até agradável, mas não podemos confiar em andar livremente em um lugar que não conhecemos. — Disse.
— Eu já viajei por muitos países, Mike. — Disse com tranquilidade, indo até um pequeno estabelecimento próximo. — Acredite, esse lugar não tem nada que possa me assustar.
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Atualizado até capítulo 201
Comments
Marilena Yuriko Nishiyama
AFF realmente o Joseph precisa levar um tapa para cair na realidade,o bicho burro,é Deann vc arranjou um moleque e não um homem 🙄🙄
2024-02-17
6
🌹
idiota.
2024-01-24
1
Andre Nh
espero autora que ela tenha amor próprio senão eu nunca vou ter vontade de ler suas obras 🆗
2024-01-18
0