— É Sophie! — Soltou impaciente. — Casar!
— Mas... Mas como assim? — Sophie começou a andar de joelhos pela cama até deixa-la.
— Que droga, Sophie! Não sabe o que é um casamento?
— Claro que eu sei o que é, mas quero saber qual a finalidade disso! — Pegou a toalha do chão, enrolando-se com rapidez. — Qual a razão pelo seu pai decidir querer isso de você agora!?
— Naturalmente ele está ficando maluco, óbvio! — Ajeitando as abotoaduras. — Na cabeça dele, um casamento de seis meses será capaz de desfazer o que sou!
— Desfazer o que você é? Você não tem nada de errado...
— Bom, para ele eu sou uma grande frustração! — Disse sentando-se para colocar os sapatos. — Enfim... Eu vou provar isso a ele!
— Você vai realmente se casar? — Os olhos atentos da loira tinham certo receio por trás.
— Vou! — Colocou-se de pé novamente, testando o pisar no sapato. — Sophie, preciso ir!
— Espera, eu vou com você... — Ela correu para o seu closet, mas Joseph saiu sem o mínimo esforço para espera-la.
~
Receber a notícia de que estava com câncer não era fácil, mas contar aquilo para Deann foi terrível e não esperava que fosse o contrário. Era como se estivesse jogando todo aquele peso nas costas de uma menina de nem trinta anos que estava naquele momento por aí tentando fazer das tripas coração para ajudá-la.
Enquanto Deann encontrava-se pelas ruas em busca de alguma solução, Elizabeth fazia as compotas que fazia para a venda de feira, mas até para realizar aquela tarefa sua cabeça não conseguia se concentrar, pois só conseguia pensar em sua filha. E então, em meio aos seus pensamentos distantes a campanha falha tocou, fazendo-a se voltar a si e ir atender. Ela destrancou a fechadura ligada a maçaneta, mantendo apenas a corrente e quanto olhou no vão, seus olhos azuis arregalaram-se com o homem a espera.
— ... — Ela fechou a porta novamente para retirar a pequena correte no trinco, mas antes de abri-la, respirou fundo, pois aquela era simplesmente uma visita inesperada. — ... — Após puxar bem o ar para os seus pulmões, Elizabeth abriu a porta e se deparando ainda melhor com aquele homem. — Thomas...
— ... — Thomas olhava fixo nos olhos dela, como se tivesse caído fora de si, mas logo recobrou a consciência quando ela desviou o olhar.
— Em que posso ajudar? — Elizabeth mantinha-se firme.
— Como você está, Elizabeth? — Perguntou engolindo seco. — Já faz um tempo, não é!?
— ... — Ela abaixou a cabeça e então o olhou nos olhos. — Não veio aqui para saber apenas como estou, Thomas. — Espremeu os olhos. — Pode ser direto!
— Você tem razão. — Disse mostrando um pouco de desestabilização diante da firmeza de Elizabeth. — Não é SÓ por isso! — Deu ênfase. — Mas sim, também desejo saber como você está, então... Poderia me convidar para entrar?
— Ok. — Elizabeth abriu mais a porta, juntando-se a ela para lhe dar passagem. — Mas não posso deixar que fique por muito tempo, pois Deann não está no trabalho hoje e não quero ter que explicar a sua presença aqui.
— Deann nunca soube sobre mim? Sobre você e eu! — Sentava-se no sofá marrom e humilde.
— Seu filho por um acaso sabe sobre mim? — Elizabeth soltou friamente, sentando-se e com o silêncio dele, teve sua resposta óbvia. — Enfim... O que te trouxe a minha casa.
— Não vai nem me perguntar como descobrir onde está morando?
— Você se tornou um homem muito poderoso, Thomas. — Declarou. — Um homem com poder pode ter tudo aquilo que quer.
— ... — Thomas se colocou em silêncio por alguns breves segundos, pensando nas palavras dela. — Nem tudo e você sabe disso!
— ... — Elizabeth respirou fundo, soltando o ar fortemente em seguida. — Como eu disse, se puder ser direto em relação ao que tem para dizer, agradeço! Pois não quero que Deann o encontre aqui.
— Sinto muito pelo que aconteceu com ela na lanchonete.
— ... — Com aquele comentário, Elizabeth o olhou de soslaio, franzindo o cenho demonstrando completa estranheza. — Como sabe o quê houve com ela na lanchonete?
— Eu estava lá, Elizabeth quando o rapaz inconveniente tentou tocá-la. — Disse. — E eu estive lá por algum tempo, por vários dias a observá-la!
— Que loucura é essa, Thomas? — Atenta, Elizabeth tinha aqueles olhos arregalados como os de Deann, deixando claro de quem a menina havia herdado.
— Os olhos e o olhar de Deann são exatamente iguais aos seus! — Declarou com um curvar de lábios tranquilos. — E ela é tão forte quanto você, Elizabeth!
— Eu não estou gostando dessa conversa, Thomas! — Ela colocou-se de pé.
— Por favor, preciso que se acalme! — Declarou mantendo-se sereno no sofá. — Pois me conhece bem o suficiente para saber que não sou um homem perverso.
— Eu conheci um Thomas há mais de trinta anos e você não pode me dizer que ainda é o mesmo, pois também não sou. — Foi direta. — Então me explique imediatamente o que queria indo atrás da minha filha na lanchonete. — Aquela frase saiu como uma ameaça e se Thomas não fosse ligeiro, poderia ser expulso daquela casa de forma agressiva.
— Preciso da ajuda de Deann! — Disse Thomas apertando seu maxilar e colocando-se de pé. — Bom... Eu preciso que Deann me ajude a mudar o meu filho!
— ... — Elizabeth franziu o cenho para Thomas, sem compreendê-lo.
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Atualizado até capítulo 201
Comments
ana
amando
2024-07-28
1
Marilena Yuriko Nishiyama
eita essa história ainda vai longe....
2024-02-17
4
Imaculada Abreu
O marido sumiu de repente ,o que aconteceu,n
2024-01-09
4