— Sensata! Como imaginei! — Declarou Everett apertando a mão da moça, selando o acordo.
— E então... — Deann perguntou ao ter sua mão de volta rente ao próprio corpo. — O que irá acontecer agora? — Perguntou com certo nó na garganta, mas tentando ao máximo se manter longe de qualquer demonstração de nervosismo.
— Não quero que se sinta pressionada, Sarah Deann. — Disse. — Mas se puder, gostaria que amanhã já fosse ao meu escritório para resolvermos tudo de forma legal.
— Hm... — Deann entortou os lábios por um instante. — Entendi! E onde fica o seu escritório?
— Não se preocupe com o endereço! — Declarou, mas logo retirou o cartão de dentro do bolso. — Mas claro, se você e sua mãe se sentirem melhor, deixo aqui o endereço. Entretanto, faço questão que não se preocupem, pois enviarei um carro para busca-la aqui na porta com toda segurança que precisar.
— Bom... — Deann balançou o cartão em suas mãos e então apenas soltou. — Está bem! Agradeço! — Disse demonstrando um certo cansaço.
— Eu... Eu acho melhor eu ir! — Disse o homem atento aos sinais de exaustão da moça. — Se precisar de algo, pode ligar para o segundo número desse cartão. — Disse. — Espero reencontrá-la amanhã de manhã às dez, Sarah Deann.
— Tá legal... — Soltou. — Com licença... — Disse pegando a direção do banheiro ao fundo do corredor.
— ... — Elizabeth abriu a porta para Thomas, mas manteve-se em um silêncio o fazendo perceber a sua infelicidade.
— ... — Passando pela porta, Thomas abaixou a cabeça. Mas virou-se para ela já fora da residência, garantindo que não sairia dali sem ao menos se despedir. — Foi bom vê-la novamente, Elizabeth!
— ... — Segurando a porta, ela lhe lançou aquele olhar que o fazia engolir seco. — Não espera que eu diga o mesmo, não é!?
— Sabe que sim...
— Não. Se esperasse de mim algo positivo, não teria vindo propor algo indecente para a minha filha. — Declarou ela com dureza.
— Vamos começar a discutir sobre isso novamente?
— Não vamos, pois você está de partida e eu estou fechando a porta. — Declarou começando a fechar. — Passe bem, Sr. Everett. — Bateu a porta, trancando tudo em seguida e quando finalmente percebeu sua partida, levou sua mão ao coração, tentando conter o máximo que podia aquelas lágrimas que insistiam em sair.
~
De baixo do chuveiro, a água caia sobre os ombros de Deann que olhava para o vazio pensando seriamente naquilo que havia acabado de aceitar. Mas como poderia não aceitar? Se aquele homem viesse com uma proposta verdadeiramente suja, talvez fosse capaz de abandonar seus próprios princípios e orgulho em troca da vida de sua mãe. Seria a mesma no final de tudo? De forma alguma. E agora se pergunta naquele banheiro que por pouco sujo que possa parecer aquele acordo, será a mesma no fim? E se ironicamente depois desses seis meses, ao invés do rapaz, ela seja a única pessoa a mudar. Pior. E se ela se perder de si mesma? Uma vez perdida, como poderia se reencontrar?
Manhã seguinte
Deann se aprontou da mesma maneira rápida e singela de sempre. Não tinha o objetivo de impressionar ninguém, por isso, vestiu suas roupas casuais e se sentou na poltrona próxima da janela para aguardar o motorista.
— Não vai nem tomar um pouco de café? — Elizabeth aproximou-se da filha, que tentava se manter um pouco longe da mãe naquele momento.
— Estou sem fome. — Declarou olhando para os próprios dedos, esperando evitar qualquer contato visual com Elizabeth.
— Tem certeza que não quer que eu vá com você? — Elizabeth tentou.
— Logo o motorista deve aparecer.
— ... — Elizabeth mantinha-se ali só esperando uma brecha. — Eu só preciso pegar minha bolsa e...
— Está tudo bem, mãe! — Deann colocou-se de pé de imediato e fitou os olhos de sua mãe. — Eu sei me virar.
— Eu sei que sabe, Deann. — Olhava-a nos olhos. — É o que sempre soube fazer nessa vida, mas eu não posso deixar que entre em um casamento arranjado!
— Isso já está decidido, mãe. — Deann engoliu seco. — Essa é a nossa melhor oportunidade de salvar a sua vida, então não há possibilidades de voltar atrás.
— Como eu posso aceitar que você estrague a sua vida para salvar a minha? — Sua mãe tinha os olhos marejados e sofridos. — Viverei uma vida de tristeza se algo acontecer com você, minha filha!
— ... — Deann desviou seus olhos, travando a mandíbula e quando ouviu a buzina, agradeceu pelo motorista ter sido tão pontual. — Eu te amo! — Beijou a testa de sua mãe e saiu porta a fora, enxugando a lágrima que desceu contra o vento antes de entrar no veículo. — Obrigada... — Agradeceu ao motorista, mas logo assustou-se ao se deparar com o homem ali presente.
— Olá Srta. Morey! — Disse o jovem homem de terno acinzentado e com um ar sereno. — É um prazer conhece-la!
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Atualizado até capítulo 201
Comments
Marilena Yuriko Nishiyama
vamos lá,vamos ver o contrato do casamento
2024-02-17
6
Imaculada Abreu
com certeza
2024-01-09
2
Salete
Tem uma história mal resolvida entre eles😕
2023-11-21
3