Herança Prometida
Chicago, 04h29 da manhã.
Luzes escuras acompanhavam um som alto em meio a pessoas sem o menor compromisso assim como Joseph Ian Everett, um dos dez nomes presentes na lista dos herdeiros de Chicago, mas a listagem cai para um top três quando a redefinimos para algo como: “Lista dos herdeiros mais playboys de Chicago.”
(Joseph Everett)
Quase cinco horas da manhã e enquanto pessoas responsáveis e não nascidas em berço de ouro, acordam para buscar o seu sustento, Joseph se encontra numa boate farreando sem limites, pouco se importando se a noite já havia virado dia. E não importa o quanto os funcionários do lugar se encontravam cansados, aquela era uma casa noturna para pessoas influentes que obviamente tinham o rei na barriga. E Joseph era definitivamente uma dessas pessoas que só deixava um lugar quando bem quisesse, obviamente mostrando que cresceu sem o menor dos limites.
— Seu motor... EI! — Sophie avançou nas costas da mulher que estava aos beijos com Joseph próximo a parede. — Que porcaria! Dá o fora, cadela! — Soltou a loira fazendo a morena partir com desdém perante a crise de histerismo. Soltou a loira fazendo a morena partir com desdém perante a crise de histerismo.
— Ai Sophiezinha! — Joseph ria em meio ao seu comportamento de embriaguez. — Não seja tão boba! — Segurou no rosto da amiga, selando os lábios dela rapidamente numa ação comum. — Eu não pertenço a você, lembra? — Tinha aquele sorriso aberto e sem escrúpulos.
Soltou o rosto de Sophie e passou a caminhar sozinho a caminho da boate, deixando que a moça por um instante, soltasse os ombros de uma só vez após respirar fundo. O arco de Sophie era basicamente estar sempre ao redor de Joseph dentro de um tipo de “amizade com benefícios”, esperando que um dia, quem sabe, ele finalmente pudesse te enxergar com outros olhos.
Eles tinham basicamente tudo em comum como os gostos, o dinheiro, personalidade, sobrenome, mas ainda assim, Joseph não demonstrava nenhum tipo de interesse em ter algo de concreto com ela e tudo o que tinha dele, eram migalhas. Não que o sexo que ele oferecia fosse ruim, muito pelo contrário! Era imensamente talentoso quando o assunto era fazer uma mulher sentir prazer – seu único resquício de empatia? – mas o problema é que era apenas isso, além de sua amizade bipolar.
(Sophie Bourne)
— ... — Joseph deixou a boate e logo retirou seus óculos de sol do bolso, colocando-o no rosto ao sentir a claridade do dia quase a queimar seus olhos. — Vamos pra minha casa? — Joseph perguntou caminhando para dentro do carro de luxo com a porta traseira aberta pelo seu motorista.
— Tá... — Sophie deu passos rápidos atrás de Joseph, sabendo que ele não lhe perguntaria de novo e seria capaz de deixa-la ali se demorasse muito para se decidir.
~
Chicago, 05h10 da manhã.
Como sempre, Deann havia acordado cedo para se aprontar para o trabalho na Billy Burguer, uma lanchonete como várias outras. Uniforme alaranjado, avental, crachá minúsculo que nos primeiros dias para você não ficar sem nome, te entregam um provisório, fazendo assim, você se chamar temporariamente “Julie”. Sim, todas as garçonetes um dia foram Julie.
Mesmo diante dos percalços da vida, Deann ainda tinha meios de se afugentar de qualquer problema que quisesse mexer com sua cabeça, sendo o maior deles a música. Não que ela tivesse algum tipo de talento para cantar, mas sábia que se algo estivesse ruim, o som de uma melodia familiar lhe acalmaria.
(Sarah Deann)
Flash Back On
Era um sábado à noite e Deann estava pintando alguns desenhos na mesa de centro da sala de estar, enquanto sua mãe corria com o jantar na cozinha após escutar o barulho da caminhonete de seu pai. Ela era pequena, mas podia compreender o quanto sua mãe ficava atordoada quando ele voltava à noite para casa.
De repente, a porta abriu de uma só vez chegando a bater na parede que a sustentava. Deann tomou um grande susto e arregalou ainda mais seus olhos azuis em direção ao homem tão assustador.
—Elizabeth? Elizabeth? — Ele chamava por sua mãe, mas logo a encontrou na cozinha, fazendo Deann presenciar o momento em que ele a agarrou pelo braço. — Sua imbecil!
— Querida... — Sua mãe ainda que sendo sacudida pelo marido, tentou abrir um sorriso para ela. — Vá para o quarto um pouquinh... — Mal conseguiu terminar a frase, mas Deann sábia bem o que fazer. Pegou seu desenho e correu para o seu quarto, colocando-se dentro do armário escuro.
Tão criança e já compreendia que monstros de verdade não se escondiam no armário. Na maioria das vezes, eles sentavam a mesa e faziam questão do maior bife.
Dentro do armário, Deann estava abraçada ao seu desenho, tal que dentro de sua imaginação era ela e sua mãe de mãos dadas num campo de flores em um belo dia de sol. Mas os gritos de sua mãe e o som de cada vez que seu pai batia com o cinto nela não saiam de sua cabeça, até que naquele bendito momento, a casa do lado colocou uma música. E foi naquele dia, ao som de “Don’t Stop Believin” que aquela garotinha conseguiu uma fuga para o seu inocente coração.
Flash Back Off
Deann já estava de saída, quando percebeu um bilhete de sua mãe na porta da geladeira dizendo que havia saído, mas que retornaria logo. Obviamente se perguntou onde ela poderia ir tão cedo, já que ela mesma saia quase no escuro.
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Atualizado até capítulo 201
Comments
Cristiane Pinheiro
autora terminei o acordo e já engajei nessa história /Facepalm//Facepalm/vamos ver se essa história é tão boa quanto o acordo,espero que sim 😉😘
2024-09-20
2
Tania Fernandes
coitada mesmo
2024-09-11
1
Débora Oliveira
coitada
2024-09-03
1