Capítulo 19

Hoje vai ser a primeira aula de voo. Não é minha, mas sim dos sonseninos e grifinórios. Estou sem absolutamente nada para fazer, então resolvi dar uma espiada. Peguei alguns materiais e sentei embaixo de uma árvore do campo.

Ando muito mais feliz desde aquele dia. Descobrir que o Mal gosta de mim foi incrível. Ele continua me beijando quando não tem ninguém vendo. E quando tem gente vendo também. Malignan não se importa, mas já mandei ele parar de fazer isso em público.

O dia hoje está quente, mas com uma brisa fresca. O dia perfeito, na minha opinião. Alguns meninos da sonserina se abanam com as mãos e outros tiram capas. Ajax e Nott brincam de dar socos um no outro enquanto Malignan conversa com uma menina, Pansy. Acho que o próximo cabelo a cair vai ser o dele já que não está adiantando punir as meninas.

Mal olha para mim e dois segundos depois se afasta da rata. Ele faz um coração com as mãos e sorri. Mostro o dedo do meio.

Os meninos da Grifinória entram no gramado. Harry e Rony (o menino de cabelo ruivo) estão conversando animados, e, logo atrás deles aparece Neville segurando uma bolinha.

Acenei para eles. Harry, Rony, Simas, Dino, Neville, Jade e Parvati acenam de volta. Nevill pareceu querer vir até aqui para me dar oi, mas a professora, Madame Hooch, chegou. Tinha cabelos curtos e grisalhos e olhos amarelos como os de um falcão.

A professora diz algo que não consigo ouvir e os alunos param ao lado da vassoura. Fred e George já me avisaram que as vassouras da escola são terríveis. Elas começam a tremer se o bruxo voar muito alto.

Madame Hooch fala mais alguma coisa e os alunos levantam a mão direita sobre a vassoura. Ouço todos eles gritando "EM PÉ" e, momentos depois, poucos seguravam a vassoura nas mãos. Mal, Harry, Draco, Nott e Ajax estavam entre eles.

Madame Hooch, em seguida, mostrou-lhes como montar as vassouras sem escorregar pelo outro lado, e passou pelas fileiras de alunos corrigindo a maneira de segurá-las. O trio de ouro começou a rir quando ela parou ao lado do Malfoy, que não ficou nem um pouco feliz.

Neville parecendo nervoso, assustado, e com medo da vassoura, deu um impulso forte e subiu no ar antes de todos os outros.

– Volte, menino! – gritou a professora, mas Neville subiu como um balão de gás hélio, quatro metros, seis metros.

Nem precisei ver o rosto dele para saber o quão apavorado estava. Nevill exclamou, escorregou de lado para fora da vassoura e...

BUM! Caiu igual um saco de batatas. Nevill, segurando o pulso, saiu mancando em companhia de Madame Hooch, que o abraçava pelos ombros.

Malignan nem ao menos esperou os dois saírem do gramado. Pegou a vassoura e chegou em menos de cinco segundos.

— E aí, Baixinho — disse. Ele deixa a vassoura no chão e senta de frente pra mim. Inclino o meu corpo e dou-lhe um beijo rápido.

— O que aconteceu com o Nevill? — pergunto.

— Parece que quebrou o pulso — responde com um leve ciúme na voz. — Por que quer saber?

— Ele é meu amigo.

Olho de novo para lá. Draco montou na vassoura e agora está voando por aí, segurando uma bola de vidro nas mãos.

– Venha buscar, Potter! — gritou.

Harry apanhou a vassoura.

— O que diabos aquele loiro manteiga está segurando? — Mal olha para trás.

— Acho que é o Lembrol do menino sapo — diz como se eu soubesse o que cacetes é um Lembrol.

— Não chame ele assim.

Harry montou a vassoura, deu um impulso com força e subiu alto. Puxou a vassoura para o alto para subir ainda mais. Mesmo daqui ouvimos exclamações e vivas. Ficou de frente para Draco, que estava de boca aberta.

— Bonitão, pode prestar atenção em mim? Quer que eu dê um show também?

— Não precisa, estou te olhando.

— Quer ir na cozinha comigo hoje?

— Quero!

Mal me beija.

— Eu gosto de você, sabia?

— Não sabia. Achei que me beijasse só para manter seus lábios macios. — Malignan revira os olhos e me beija de novo.

Ajax e Nott desmontam das vassouras e as deixam juntas no chão.

— Alguém topa azarar a vassoura do Malfoy?

— Eu! — Mal e Ajax gritam em uníssono.

— HARRY POTTER!

Nós quatro olhamos juntos para a Professora Minerva entrando no gramado. Ela segurava as vestes para andar mais rápido e parecia um pouco eufórica.

Harry a acompanhou para fora do gramado. A todo momento ele olhava para trás.

— Não acredito que o Potter já vai ser expulso. Eu esperava um pouco mais do menino que sobreviveu — diz nott.

— Até parece que iriam expulsar uma celebridade, Theo. Só vão descontar alguns pontos.

— Ou levá-lo à sala do diretor para tomar chá e comer biscoitos e parabenizá-lo pela ousadia — Nott brinca.

— Depois eu pergunto para ele — digo.

— Desde quando você é amiguinho do testa rachada? — Malignan pergunta.

— Malignan! Que horror!

— Foi mal, Baixinho.

...☆☆☆☆...

— Galera, ficaram sabendo que o Malfoy desafiou o Potter para um duelo? — conta Mal antes mesmo de sentar.

— Não, Mal, você é único que sabe dessas coisas. Como você está sempre por dentro das fofocas? — questiono.

— Segredo. Vamos assistir?

— A gente vai na cozinha, lembra? Os elfos estão nos esperando.

Malignan faz uma expressão desapontada, mas logo passa.

— Também ouvi dizer que ele virou o novo apanhador da Grifinória — Ulisses diz. Sinceramente, como eu nunca fico sabendo dos assuntos que envolvem os meus amigos?

— Jura? — Mal pergunta, espantado. — O apanhador mais jovem do século!

Os dois começam a conversar sobre quadribol e em como Harry vai ser um excelente apanhador por causa do porte físico dele. Perdi a conta de quantas vezes eu revirei os olhos durante essa conversa.

Após o jantar, Ulisses e eu vamos para a comunal. Sou um dos últimos a tomar banho. Antes de deitar, escrevi uma carta breve para a minha mãe. Pedi para Cole enviar-me alguma revista de algum herói.

Ainda não contei para a minha mãe sobre Mal e eu. Até porque eu nem sei se esses beijos significam alguma coisa para ele. Mas eu tenho vontade de contar em todas as cartas. A minha mãe é quem mais merece saber e é quem menos sabe.

Algumas horas se passam até Mal mandar o sinal. A palavra ok aparece na moeda. Visto a minha capa e saio da comunal.

Meu coração parou de funcionar algumas vezes durante o tempo que esperei o Mal. Ouvi muitos barulhos que pareciam a gatinha do zelador e até alguns gritos.

Malignan não aparecia de jeito nenhum, então resolvi ir atrás dele. Subi as escadas e parei no meio do corredor. Ao longe, ouvi vozes baixas, que não pareciam de fantasmas. No fim do corredor, quatro alunos apareceram. Harry, Rony, Nevill e a menina Mônica — Hermione.

Harry abriu um sorriso grande ao se aproximar.

— Aiden! O que faz aqui? — exclamou. Hermione deu-lhe um cutucão.

— Estou esperando o Mal. E vocês? Ah, é, você tem aquele duelo com o Malfoy, né?

Hermione praguejou enquanto cruzava os braços. Tive a sensação de que ela não queria estar ali.

— Aham. Estamos indo encontrá-lo.

— Quebra a cara dele, Harry, é o único que pode fazer isso. — Malignan e Nott se juntaram e incorporaram em mim. — Nevill, como está o braço?

— Melhor. A madame Pomfrey consertou-o na hora.

— Neville estava dormindo no chão quando saímos da comunal. Esqueceu a senha — contou Rony.

— Como é que eu ia lembrar que a senha é "focinho de porco"? — Nevill empalidece e olha para mim com os olhos arregalados. — Pode esquecer que eu, sem querer, falei a senha?

— Claro.

Ouvimos sons de passos vindo pra cá. Hermione espraguejou mais um pouco e Harry e Rony apanharam as varinhas. Mas sem necessidade. Conheço os passos do Mal. Ele se juntou a nós em poucos segundos.

Me beijou na frente de todos, sem se importar. Nenhum deles disse nada.

— E aí, Baixinho. Sentiu minha falta? — Mal me abraça pelas costas e põe o queixo no meu ombro.

— Não senti — respondi, com o coração batendo forte. Óbvio que eu senti falta dele.

— Harry, é melhor a gente ir — diz Rony. Harry assente com a cabeça. Eles se despedem e partem rumo a sala dos troféus.

— Será que o Harry vai ficar bem?— pergunto a Mal.

— Se te conforta, Malfoy sequer saiu do dormitório. Vamos? — Mal beijou a minha bochecha e logo em seguida me soltou. Segurei a mão dele enquanto caminhávamos rumo a cozinha.

Malignan abriu a porta e as dezenas de cabeças se viraram, com olhos brilhantes e esperançosos. Os elfos mal esperaram a porta se fechar e já nos empurravam para a mesa.

Nos empanturramos de bolo, sorvete e chocolate quente enquanto contávamos sobre o nosso dia. Eles sempre prestavam atenção em cada palavra que eu dizia. A primeira vez que vim aqui foi depois da torre, na segunda. Mal disse que eu poderia comer o que quisesse em troca de algumas histórias. Eu fiquei com um pouquinho de medo deles no começo, mas depois vi que eram inofensivos.

Malignan também me olhava como se o que eu contasse era impressionante e real. Muitas das vezes eu contava histórias dos quadrinhos de Cole ou dos filmes que eu via. Já contei a história de Peter Pan, Bela e a fera, De volta para o futuro, Rambo, e algumas eu mesmo criava. Mal parecia saber exatamente quais eram inventadas e quais não eram.

Quando os meus olhos começaram a pesar, fomos para a comunal. No primeiro dia, Mal dormiu com a cabeça virada para os meus pés, mas, hoje, já não nos importamos com isso. Mal distribui selinhos pelo meu rosto até eu adormecer. Posso contar um segredo que Malignan me mataria se descobrisse que eu contei? Ele gosta de ser a conchinha menor.

......Continua......

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Comments

CB👾

CB👾

KSKSKSKSKSKSK KAKAKAKAKAKA, EU VOU CONTAR PRA ELE

2024-04-02

3

CB👾

CB👾

eu se fosse de Hogwarts:

2024-04-02

2

CB👾

CB👾

que fofo

2024-04-02

1

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