Não tiveram chance

Allan narrando

Meu nome é Allan, tenho 35 anos, e uma fama de pegador ao qual eu faço jus. Mulher só quero pra diversão. Esse papinho de amor pra vida inteira é passar o resto dos meus dias amando a mesma pessoa aaah fala sério né? Vocês acreditam nisso mesmo? Eu não. Quero mais é curtir. Não repito mulher na minha cama, ou melhor, nunca levei mulher na minha casa, é sempre no hotel, sem chance de deixar essas malucas irem tirar meu sossego lá em casa. É minha paz e meu refúgio.

Sou CEO de uma rede de farmácia, acredite quando digo que a maior do país. Meu sonho é expandir além da fronteira nacional, quem sabe investir num laboratório para criação de medicamentos. Eu penso grande. Quero ter tudo o que o mundo puder me oferecer.

Meus pais deixaram tudo pra mim. Sou filho único. Eles faleceram num acidente de carro há alguns anos. Eu perdi o chão naquele dia. Minha mãe era minha rainha e meu pai o meu herói. Depois que eles se foram não sobrou nada de bom em mim. Tudo o que eu queria era ter ido no lugar deles. Eu que devia ter ido visitá-los, era o aniversário de casamento deles, mas como estava ocupado inaugurando uma nova filial não pude viajar e eles decidiram ir pra cidade onde eu estava.

Choveu bastante e a pista tava escorregadia, meu pai não percebeu um buraco e bateu o pneu dentro. Com o impacto o carro deslizou e ele não conseguiu manter na pista. O carro desceu a escosta, capotou e explodiu. Não tiveram chance.

Eu quis cancelar a inauguração. Pensei em fechar aquela loja antes mesmo de abrir. Ela sempre teria a lembrança da maior perda da minha vida. Eu não queria aquela tortura. Me conheço o suficiente pra saber que nunca daria atenção igual para a loja que carregaria a morte dos meus pais em seus próximos aniversários.

Mas Henrique, meu melhor amigo, não deixou. Me fez manter e se ofereceu para ser responsável por aquela unidade, eu só iria me envolver em último caso, aquela loja seria dele e eu não iria nem lembrar dela. Quem dera eu pudesse realmente esquecer.

Henrique é um idiota. Nossa amizade é do tempo da faculdade. Ele não tinha condições financeiras e estava para desistir do curso, eu ouvi chorando no banheiro, porque ele amava o que fazia e precisaria abrir mão do seu sonho para não passar fome. Aquilo mexeu comigo e não podia ignorar. Liguei pro meu pai e ele pagou todas as mensalidades até o final do curso imediatamente. Henrique não ficaria sem estudar e ainda teria aquele dinheiro livre para suas necessidades.

Ele não queria aceitar, mas no fim, meu pai convenceu ele de que poderia devolver o dinheiro com trabalho. Eu já estava prestes a assumir a presidência e precisaria de um bom advogado para me auxiliar e o melhor da nossa turma era Henrique.

Ele está comigo até hoje. É o que tenho de mais próximo do que se chama família.

Ele é um puto como eu. Pega cada gostosa que chega dar inveja. Não que as minhas sejam feias, mas parece que ele tem um dom e só encosta mulherão do lado dele.

Eu já estava pronto para ir embora. Hoje é sexta e tudo o que eu preciso é de uma dose de whisky e bucet@ molhadinha sentando no meu p@u.

Meu telefone toca e eu atendi no automático...

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Comments

Claudia Ribeiro

Claudia Ribeiro

o romance parece interessante, vamos vê

2024-03-28

2

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