primeiros socorros

Ele pega-me no colo, estou tão constrangida que não sei como reagir, ele coloca-me na banheira, liga o registro e sai encostando a porta, não sei se posso confiar nele, tenho que trancar a porta, saio da banheira e a tranco, só assim começo a me sentir mais segura, tiro minha roupa e por último retiro o curativo, entro na banheira e me lavo a água está ficando vermelha por causa do sangue da minha cabeça, então esvazio a banheira e ligo o chuveiro, sento de novo na banheira, lavo meu cabelo, e por último lavo as feridas, não quero pegar nenhuma infecção, saio da banheira e visto um roupão, abro a porta do banheiro e vejo Joseph sentado na cama, com uma pequena maleta de primeiros socorros, ele está sem camisa e fumando, ele olha pra mim, mas não diz nada, entro no closet e visto uma camisola.

Todas as minhas roupas de dormir são vulgar, eu vispenteio os meusola preta de renda, mas não me sinto confortável de me vestir assim, então adiciono um robe, passo um perfume e penteio meus cabelos, assim que termino de me arrumar e saio do closet.

-- Senta aqui, diz joseph dando um tapinha sobre a cama.

Eu sento na cama, ele se levanta, abre a maleta que está sobre a cama, e olha atentamente o corte da minha cabeça, ele pega álcool e gases, sinto um ardor quando o álcool entra em contato com a minha pele, assim que a ferida está limpa, ele começa a fazer um curativo, ele está em pé na minha frente, eu estou na altura do seu umbigo, ele tem uma tatuagem a baixo do umbigo, " mil novecentos e noventa e sete " é o ano em que ele nasceu, eu tento desviar o olhar, mas é mais forte só que eu, seu corpo bonito, sinto vontade em tocar, mas não posso fazer isso, ele entenderia que eu o quero, mas eu não quero ele, não posso querer ele, não o conheço, a minha vida de cabeça baixo por causa dele, só a dois dias que ele entrou na minha vida, e eu já fui sequestrada, e agora me tornei assassina, eu continuo olhando diretamente para sua barriga, quando ele se abaixa e puxa a minha perna, novamente ele começa passando álcool, o toque de suas mãos na minha perna, me faz tremer, mas não é de medo, acho que ele percebe que reajo ao toque dele, ele não diz nada, apenas faz o curativo, assim que termina ele me pega no colo e me coloca na cama no lado em que durmo, ele guarda a maleta no closet e sai do quarto.

Joseph

Saio do quarto e vou em direção ao meu escritório, droga porque deixei meu sapato lá, ela já levou um tiro e agora se machuca de novo por minha causa, isso é porque prometi ao meu avô que a protegeria, ela é tão bonita, sua pele macia, como eu queria beija-la e acariciar cada pedacinho do seu corpo, ver ela vestida naquela camisola, não posso negar a mim mesmo que a desejei, enquanto fazia o curativo da cabeça dela eu percebi que ela não parava de olhar meu abdômen, estava até tranquilo em relação a ela, mas quando comecei o curativo na coxa dela, quase me deixei levar pela tentação, ela deve ter percebido que a toquei diferente, não gosto dela, não posso gostar, ela só tem dezessete anos, ainda é uma menina, deve até ser virgem, droga, não posso pensar nisso, quanto mais eu penso mas me sinto atraído por ela, porque eu me casei com ela, por que eu aceitei essa proposta, por que fui deixar meu avô me convencer dessa ideia, agora como que irei resistir a ela, se só de pensar nela, eu fico excitado.