Capítulo 19: No Fundo do Abismo

E no outro lado do salão, Vlad está fazendo uma chuva de lanças cair em Arthur e Jack.

Enquanto os dois desviam de um lado para o outro. — Foque em desviar pequeno Jack, e no meu sinal você avança. — Grita Arthur para Jack. — Sim senhor. — Ele responde.

E após uns quarenta segundos desviando daquela chuva de lanças Arthur grita.

— Agora. — E instantaneamente Jack avança muito rápido na direção de Vlad, que faz algumas lanças caírem sobre o menino.

E nesse instante Arthur cria dois escudos de Ar, um sobre o outro, acima da cabeça de Jack, bloqueando as lanças e se movimentando junto com o garoto.

— Droga, como aquele homem consegue se concentrar em manter aqueles escudos, ao mesmo tempo que desvia das lanças que caem sobre ele. — Esbraveja Vlad, já com o rosto escuro de raiva.

Em seguida, já com Jack se aproximando, ele desiste do ataque à distância e foca no combate corpo a corpo.

Invoca uma lança em cada mão e se prepara para enfrentar o garoto, que já está a passos dele.

Jack tenta golpeá-lo com a sua espada, enquanto Vlad a bloqueia com uma mão e tenta perfurá-lo com a outra.

Mas um dos escudos que pairavam sobre sua cabeça, desliza para o lado de seu corpo, assim bloqueando a lança do assassino.

— Aquele maldito ainda concegue manipular os escudos assim.

Mesmo enquanto está focado em desviar da minha chuva de lanças. — Pensa Vlad, enquanto segue atacando o garoto, assim como o escudo segue rondando o Jack, e bloqueando os ataques.

Vlad continuava sendo pressionado por Jack, apenas se defendendo e sem conseguir atacar graças às habilidades de Arthur. — Se continuar assim, tendo que invocar tantas lanças só para manter aquele homem ocupado, eu vou acabar esvaziando minha Aura.

Tenho que pensar em algo logo. — Pensou Vlad, logo antes de mudar sua postura, e só por um instante, ele parou sua chuva e focou em derrubar o garoto, para logo reativar sua chuva de lanças antes que Arthur chegasse perto dele.

Mas houve uma grande falha em sua estratégia, pois agora sem precisar desviar de nada, Arthur voltou todo seu foco para os dois escudos que rodeavam Jack.

E no momento em que ele partiu para cima do garoto, Arthur fez os dois estudos voarem fortes e firmes, para se chocarem em Vlad.

Ao fazer isso, ele força Vlad a usar suas duas mãos para se defender do impacto dos escudos, assim deixando Jack livre em sua frente.

E com as duas mãos se defendendo dos escudos, Jack avança sobre aquela abertura que Arthur forçou, e desfere um grande golpe com sua espada.

Assim acertando Vlad nas costelas, que cai no chão com sua carne aberta e sangrando. — Coff, como eu fui um tolo.

Para minha sorte esse garoto é um completo amador, só me deu um corte, ao invés de partir meu corpo ao meio.— Pensa Vlad, enquanto se arrasta e consegue ficar sentado de conta em uma parede ali ao lado. — Acabe logo com isso, nós vamos nos reunir de um jeito ou de outro. — Ele diz, com um tom calmo e um pouco triste em sua voz.

Mas Arthur o responde com um. — Não, depois de tudo que você fez, não vai escapar tão facilmente. — Ainda se aproximando de Vlad. — A morte seria uma saída fácil, depois de todos que você matou.— Ele finaliza.

— Eu não fiz nada de errado, foi tudo em nome do meu Deus. — Disse Vlad, em voz baixa e ainda suando e com dor.

— Você ainda não entendeu, não é? — Questiona Arthur. — Essa voz que você diz ouvir, não é de nenhum Deus.

Era do Apocalipse, posso dizer isso com certeza, pois um dos seus quatro cavaleiros está aqui.— Arthur e abaixa a frente dele. — Ele sente quando alguém está no fundo do abismo, e entra em contato com essas pessoas, dando falsas promessas e as usando para cumprir seus objetivos.— Então Arthur olha fixamente em seu olhos vazios. — Para ele ter entrado em contato com você, você deve ter passado por algo que o destruiu, e tirou sua vontade de viver.

Ele sentiu isso, e viu uma oportunidade de um novo peão, por que ele é assim. — Finaliza Arthur, tentando abrir os olhos de Vlad para a verdade.

— Isso é mentira, ele as trará de volta, ISSO É MENTIRA! — Vlad grita, e em seu grito de dor, várias lanças saem de seu corpo ( parecido com um porco espinho) arremessando para todos os lados.

Arthur e Jack saltam para trás desviando delas, porém algumas acertam o teto, fazendo assim um grande pedaço dele cair sobre Jack.

Ele acumula Aura em seu corpo, para segurar aquele grande pedaço de concreto, mas é muito pesado. — Droga! Eu vou ficar esmagado. — Pensou o garoto, se esforçando muito para segurar aquilo, mas de repente sua espada que está coberta de sangue, devido ao corte em Vlad, absorve aquele sangue.

E então Jack sentiu sua força física aumentando, assim arremessou aquele grande pedaço de concreto para trás. — O que foi isso? — Ele se pergunta, em seguida sentindo um pequena dor em sua cabeça, e então ele percebe a informação entrando em seu cérebro. — Entendi, eu finalmente me conectei com a arma, e agora posso usar a habilidade única da minha arma nomeada. — com um enorme sorriso, ele finalizou.

Já Vlad, que mesmo ferido, partiu para cima de Arthur desferindo alguns golpes.

Porém seu ferimento e sua dor o deixaram bem mais lento, assim Arthur está facilmente desviando.

— Você deveria parar com isso, não percebeu que já acabou.— Disse Arthur. — Só vai acabar quando elas estiverem ao meu lado.— Respondeu Vlad, enquanto Arthur olha confuso para ele, sem entender sobre oque ele está falando.

Então Vlad tenta dar um soco em Arthur, que facilmente desvia e acerta um forte chute bem em seu ferimento, o fazendo se contorce de dor, e ir ao chão novamente. — Já chega, isso está acabado, assassino.— Disse Arthur, ali parado olhando fixamente para o homem caído.

Quando de repente, uma Aura assustadora paira sobre todo o salão.

— Você tem razão.—

Arthur sente um frio subir sua espinha, ao escutar aquela voz gélida.

E olhando ao seu redor, ele vê Peste caminhando em sua direção, com Luther e Sebastian caídos no não ao fundo.

Calmamente, passo a passo, com uma expressão de ódio e com o olhar frio.

— Isso vai acabar agora!

Todos vocês vão morrer.—

Com uma Aura aterrorizante e um desejo assassino.

Peste avança.

Fim do Capítulo 19

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