Capítulo 005: Garota Prodígio

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— "Você vai continuar indo atrás do Vlad."

Era o que eu ia perguntar antes desse moleque começar a falar besteira.— Disse Tina, um pouco vermelha e meio irritada com Jack.

— Por quê?— Questiona Arthur.

Tina: — Porque se você for, tem que saber que foram enviados três Templários para cá.

Justamente para capturar ele.—

Arthur: — Três? Não é meio exagerado, Três esquadrões de soldados só para um assassino.—

— Pois é, como você sabe cada Templário tem um esquadrão sobre seu comando, com centenas de soldados. — Ainda agachada arrumando suas coisas em uma espécie de bolsa. — Mais pelo que soube eles estão vindo sozinhos, só os três, sem os soldados.

Parece que eles estão atrás de um artefato que o Vlad também procura.

Bom... Nós temos que ir agora. — Finaliza a garota.

— Interessante. — Arthur coçou sua barba, na região da bochecha. — Então ok, eu te encontro lá pequeno Jack.—

Porém Jack não presta muita atenção, pois se distrai, novamente, com aquele homem que anda de um lado para outro procurando algo no chão.

— Que cara estranho, Ele é de algum circo?—

Arthur, sem entender muita coisa, olha para  o mesmo local que Jack, e vê aquele homem. — Que droga, isso está ficando problemático demais. — Sussurra Arthur, com um tom de voz um tanto quanto preocupado. — Até logo Jack, Eu te encontro depois na Divisão Celestial. —

 "Ok" Respondeu Jack, meio confuso, enquanto pensa. — Ele não me chamou de pequeno Jack.—

"Madre Catherine, tem uma mulher na porta querendo falar com você."

Então ela se aproxima e abre a porta. 

— O'Que você está fazendo aqui Maria?

Os Templários não têm nada o que fazer nessa cidade. — Questiona Madre Catherine, com uma voz até meio agressiva.

— Agente foi enviado para capturar um assassino que está residindo nessa cidade. — Respondeu Maria com sua voz, um pouco rouca, mas ainda assim suave.

Ela está com uma armadura completa, toda branca e com vários detalhes em dourado.

Um capacete cobre seu rosto, deixando apenas sua boca e bochechas à mostra, além de uma enorme cicatriz que vai da bochecha até o queixo.

Ela tem um cabelo bem longo, até a linha da cintura, de um tom cinza, além de carregar uma espada completamente dourada. 

— Você serve a igreja, e como conhece bem essa cidade, é sua obrigação nos ajudar.—

Mas com as feições do rosto já mudando, franzindo a sobrancelha e com o olhar, já carregado de rugas porém fervendo de uma pura bravura a Madre responde.

— A única coisa que eu sirvo são essas crianças, e eu não sou obrigada a nada.

É melhor você ir embora. —

— Seus olhos ainda ardem em chamas Catherine, como esperado de um antigo Templário.— Então Maria lhe dá as costas e sai caminha em direção às escadarias.

— Custa muito você me chamar de mãe.— Pergunta Madre Catherine, já mais calma. — Pelo menos da próxima vez tire esse capacete para falar comigo. — Porém Maria segue em silêncio, passo a passo em direção a saída.

Algum tempo se passa e em um gigantesco arranha-céu está escrito, acima da porta, "Divisão Celestial".

Se pode ouvir uma voz masculina em uma das salas, em uma espécie de cerimônia de graduação.

— Parabéns Cristie agora você se igualou a Valery como as recrutas mais Jovens a se formarem para a Divisão Celestial.

A partir de hoje você é um paladino.—

NOTA.(Nesse mundo o título de Paladino não possui no feminino.)

— Obrigada Senhor.— Respondeu Cristie com um sorriso enorme e muita empolgada.

Ela vem de uma família onde todos os homens foram grandes Paladinos.

E desde de criança, sonha em entrar para a Divisão Celestial e ser maior, e mais forte que todos.

Paladino: — De agora em diante deve estar sempre alerta, por que a qualquer momento pode haver uma missão.—

Cristie: — Sim, senhor.—

Paladino: — Agora está dispensada, pode voltar aos seus aposentos.—

Enquanto anda pelos corredores, Cristie divaga em seu pensamento.

— Só dezoito anos, e já sou uma paladina, não vejo a hora da minha Primeira Missão.— Ela segue caminhando em direção ao seu quarto, carregando algumas pastas com suas anotações.— Obrigado... Foi tudo graças a você Mestre. — Porém distraída ela esbarra em Jack que está saindo de um dos quartos.

Jack cai no chão, e se levanta rapidamente ao olhar para a garota.

Com uma pele negra e olhos verdes claro, ela veste uma roupa da exata cor dos seus olhos. Porém está com um rosto bem irritado.

— Por que não olha para onde anda garoto? — Ela resmunga enquanto junta suas pastas, que foram ao chão devido ao choque deles.

— Por que você não olha?

Foi você que esbarrou em mim, uê. 

Andando assim toda desligada pelo corredor.—

Cristie: — Como é garoto?

Afinal o que está fazendo aqui, você não é um paladino.—

Jack: — Eu me feri em uma luta com um tal de Vlad por isso meu Mestre me mandou aqui para ser curado.— Ele a respondeu enquanto olha seus ferimentos, e os (cutuca) com seu dedo, em uma atitude meio besta. — E a propósito até que foi bem rápido.

O DOM de cura é mesmo incrível.— Mais no meio da frase Jack olha para Cristie rápido, ao notar que a roupa dela deixa a barriga à mostra. — Por que ta com a barriga de fora menina?— Perguntou o garoto, já dando risada. — É para mostrar o "tanquinho", hahaha você é igual aquela médica. — Embora o corpo de Cristie seja muito bonito, Jack realmente falou apenas na intenção de brincar e debochar da menina.

Apesar de ter dezessete anos, Jack ainda não teve experiência com garotas, ele ficou tão focado em treinar e ficar forte que simplesmente esqueceu de viver.

— Não seja ridículo pirralho, a maioria dos Paladinos começa a treinar desde criança, eu comecei com cinco anos, é claro que vamos ter corpos definidos.— Ela respondeu, já sem paciência.— E quanto a minha roupa, é melhor assim para se movimentar, fazer acrobacias em batalha, etc.— Mas após, pensar por um segundo. — Afinal porque eu estou dando explicações a você!

Vai embora daqui.—

— Você tem razão. —  Derrepente ele se lembra de algo, assustador. — Eu to muito atrasado, a Madre vai me matar.

Eu já vou indo até mais garotinha. — Ele se despede, enquanto sai correndo e dá tchau com um braço bem levantado.

 — "Garotinha", Eu sou mais velha que você.— Grita Cristie, com um semblante bem irritado, mas Jack já não escuta.

E logo em seguida ela se pega pensando.

— Espera aí, se esse garoto não é um Paladino, como ele se encontrou com o assassino Vlad e conseguiu sair vivo. — Ainda confusa ela entra em seu quarto.

Jack, ao sair do prédio, vê Arthur o esperando escorado em um carro.

— Então o que achou de ficar 3 horas cercado de enfermeiras lindas? — Pergunta Arthur, em um claro tom de brincadeira.

Jack logo entra na onda. — Quem cuidou de mim foi um cara alto, careca e musculoso.—

— Eee azar, você realmente não tem sorte com essas coisas. — então os dois começam a rir. — Enfim, vamos pequeno Jack.

Eu vou te levar para casa.—

— NÃO ME CHAME ASSIMMMM.—

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Fim do Capítulo 005

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