Capítulo 12: As Sombras do Assassino

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"Apos o ataque a sede da Divisão Celestial, houve fatalidades, foram as mortes de uma Paladino que tentou proteger o local, também de uma Templário que entrou em combate com o assassino.

Além do sequestro de uma das novas recrutas dos Paladinos, qualquer informação sobre o paradeiro dela, receberá uma grande recompensa."

Esse era o anúncio que passava nas televisões de todas as casas.

No orfanato assistindo aquilo, Madre Caterine só emite uma ordem. — Eu sei que já disse isso, mas só para reforçar, ninguém mais sai do orfanato após as 18:00.

E mesmo durante o dia, todo mundo que for sair, deve sair acompanhado em no mínimo duas pessoas.—

Já na academia do Arthur, os dois estão sentados no chão assistindo aquela notícia, e Arthur mostra um rosto preocupado, com seu irmão, quando escuta que um Templário foi morto.

Então sutilmente ele levanta um pouco seu manto, assim descobrindo seu braço, e vê que tem três pequenas marcas, logo abaixo do seu ombro, assim se mostra aliviado.

— Já chega, ele cara tem que ser detido agora! — Disse Arthur. — Mas já estão atrás dele mestre. — Respondeu Jack. — É, mas agora eu vou atrás dele pessoalmente, isso já foi longe demais. — Disse Arthur. — Então eu vou junto. — Respondeu Jack.

Ao ouvir aquilo, Arthur olha para ele um tanto surpreso.

— O'Que foi mestre? — Perguntou Jack. — Você viu a garota que foi levada, eu conheci ela quando estava me recuperando  na Divisão Celestial, e ela parecia ser bem legal.

Ela não merece isso, e eu quero ajudá-la, o tanto que for possível. — Finaliza o garoto.

Então Arthur da um sorriso, com os olhos esboçando um certo orgulho do seu aluno.— Ok, pequeno Jack, vamos salvá-la juntos.—

Arthur se levanta, caminha até alguns armários ali, e pega o pedaço da lança de Vlad, que ele coletou depois da batalha da rua escura.

— o que você vai fazer com isso? — Pergunta Jack.

—Meu mestre tem uma técnica que pode nos ajudar, vamos lá.— Responde Arthur.

Em alguma sala, de alguma casa, está um homem sentado no sofá, sem camisa, e com uma cerveja na mão.

Também assistindo aquela notícia. — Hahaha, você não tem jeito em pirralha, Não aprendeu nada.— Disse o homem, se levantou e pegou uma jaqueta azul que estava ali ao lado.— Lá vou eu limpar suas cagadas de novo, aguenta firme garota eu já estou chegando.— E ele sai pela porta, sem camisa, com a cerveja na mão e sua jaqueta na outra.

Então Vlad, que se encontra em uma casa enorme, toda queimada e em ruínas, recebe uma visita de uma figura misteriosa.

Estava completamente coberta por um capuz e com uma grande capa cobrindo seu corpo.

— Você recuperou o artefato Vlad. — Disse aquela pessoa, com um voz que se nota ser feminina, apesar de um pouco rouca e trêmula.

— Não, eu vasculhei por tudo, e não estava lá.— Responde Vlad.— Mas não foi uma viagem completamente inútil, eu encontrei uma alma jovem e forte para ser o último sacrifício, ela é minha salvação.— Finaliza Vlad enquanto caminha para a outra sala da casa queimada.

Lá está Cristie, deitada em cima de um espécie de mesa de pedra, então Vlad para em frente a ela e fica olhando para Cristie que está desacordada.

— Não demore muito Vlad, você sabe o que isso significa para você.— Disse a desconhecida, caminhando em direção a porta. 

Enquanto Vlad fica ali, parado, em silêncio, apenas olhando para o rosto calmo e tranquilo de Cristie.

Cinco anos antes.

Em uma clínica de acupuntura. — Que pena que você vai tirar um tempo da clínica doutor Robert, Você tem me ajudado muito com minhas dores musculares, realmente faz milagres. — disse a última paciente antes das férias. — Milagres? Imagina, eu apenas estudei muito a anatomia dos corpos humanos, e meu DOM das agulhas me ajuda a acertar pontos de relaxamento, é só isso. — Responde doutor Robert, em seguida se despedindo e indo para casa.

Um tempo depois, ele já está chegando na rua, bem na frente do portão de sua casa, e para seu azar um carro passa muito rápido em um poça d'água ali ao lado, jogando água e barro na sua camisa. 

— Mais que merda! afinal por que tem uma poça d'água aqui, nem choveu hoje, uee. — esbraveja robert, em seguida entrando na sua casa.

Ali estava sua mulher, morena com os olhos verdes, além de um cabelo cacheado e comprido, ela está lendo uma matéria em um jornal sobre Robert. — Oi amor, de acordo com isso, por que o jovem e promissor doutor Robert está largando sua clínica logo agora que essa está tão visível. — Disse a mulher, claramente brincando com seu marido.

— É por que a jovem, promissora e linda mulher desse cara, ai da materia, esta gravida e ele tem que ficar em casa e paparicar eternamente ela.— Respondeu Robert, demonstrando estar apaixomado a cada vez que a olha. — Eu vou trocar essa roupa, por que algum idiota me jogou barro.— finaliza Robert, enquanto tira a camisa.

— Robert, você sabe que eu te amo muito né, mas eu te amo infinitamente mais quando você tá sem camisa, hehehe. — e os dois começam a rir.

Alguns dias depois, os dois estão almoçando. — Eu estava pensando em alguns nomes, acaso for menino ou menina. — Disse Robert entusiasmado, enquanto sua amada sorri.

De repente eles ouvem um estrondo no quintal, algo havia caído ali, os dois correm lá para ver oque houve.

E ao chegar so veem um buraco, e nele uma criatura demoniaca, de quatro patas e com sua pele sinzenta, ela tinha varios espinhos negros rasgando sua pele e apontando para fora.

— AMOR SE ESCONDE!! — Robert grita, porém no mesmo instante, a criatura rosna alto, ao mesmo tempo que dispara longos espinhos para todas as direções.

Robert se joga no chão, para tentar os evitar, e consegue pois nenhum o atingiu, mas no segundo em que levanta a cabeça ele vê caído o corpo de sua amada, pois dois a acertaram em cheio, um no pescoço e outro na barriga.

Ele corre até ela, ficando ao lado de seu corpo caido, não consegue nem chorar pois seu rosto está congelado em uma expressão de puro choque.

Se vira lentamente para a criatura, com os olhos arregalados e suando frio, ele grita alto, um grito de dor, desespero e ainda assim aterrorizante.

Nesse instante as agulhas, que ele invocava para fazer acupuntura, cresceram, ficando do tamanho de lanças.

E ainda no grito, ele faz um movimento para frente com as mãos, arremessando todas na criatura, deixando apenas um poço de carne e sangue.

Ainda sem entender nada, ele leva o corpo dela para dentro e coloca em cima da mesa, que eles comiam felizes alguns minutos atrás, ele fica ali de pé parado olhando para ela.

Com um rosto, que antes esbanjava sorrisos e alegria, agora sem expressão nenhuma.

Ele vai até a cozinha e solta todo o gás do fogão, e logo o gás preenche a casa. — Vamos partir juntos querida. — Então ele acende um fósforo, causando um explosão e em seguida queimando tudo.

E após a explosão, a casa continuou queimando a noite toda.

Então com o nascer do sol, e com o desaparecer da fumaça, Robert está ali ajoelhado no centro da sala, com o olhar vazio, sem entender por que ele não morreu.

— Que desperdício, não jogue fora a força que você ganhou hoje meu filho.— Diz uma voz que surgiu de repente em sua cabeça. — Quem está aí. — perguntou Robert. — Apenas alguém que deseja salvar-te meu filho, façamos um pacto.

Faça alguns trabalhos em meu nome, e eu lhe trago aqueles que perdeu.

O que me diz, filho. — Responde a voz.

— Qualquer coisa. — ele diz, enquanto se levanta, com o seu rosto sem expressão.

Ali morreu o doutor Robert, e nasceu o assassino Vlad.

Assim cinco anos depois, ele está parado novamente no centro da casa queimada, a frente de Cristie, que está na mesa de pedra. — Aguentem mais um pouco, logo estaremos juntos de novo.— Pensa Vlad, enquanto segue olhando para o rosto de Cristie, pois lembra o de sua amada

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Fim do Capítulo 12

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