Capítulo 6 - Colega De Quarto -> Parte 2

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Luciana Mendez

Olhei para a roupa que ele separou para mim.

ESSE HOMEM TEM ALGUM PROBLEMA!

Essa saia quase não cobre a minha bunda. E a camisa tem um decote em V, um pouĺ

Vou ficar parecendo uma pro*tit*ta! É isso que ele quer?

Me desmoralizar? Quero ver o que ele irá pensar se eu aparecesse só com as roupas de baixo e...

NÃO, NÃO, NÃO LUCIANA! VOCÊ NÃO É TÃO OUSADA!

De fato não sou por isso decidi usar a roupa que ele escolheu.

Oh, já sei! Como não pensei nisso antes?

Retornei ao quarto e abri os armários. E para a minha completa surpresa, estava vazio.

Assim como as seis primeiras gavetas da cômoda. As únicas coisas que tinham nas quatro gavetas restantes eram cremes hidratantes, escova de cabelo, prestobarba, absorventes, perfumes, shampoo e condicionador e creme de cabelo.

Me*da! O jeito era usar essa roupinha. Que bosta!

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Esse cara vai me pagar por tanta humilhação.

 Pelo visto ele fez tudo isso propositalmente.

Ele vai me pagar! A única coisa boa nisso tudo é que ao menos irei comer.

Espero que sim! Termino de escovar os meus longos cabelos ruivos avermelhados e corro para a porta.

Giro a maçaneta. O meu coração acelerou e eu me desesperei!

A porta estava trancada. Ah, não! Não pode ser!

Isso novamente? Como ele pôde fazer isso comigo?

OK! ESSA PERGUNTA FOI EXTREMAMENTE IDIOTA MESMO!

Eu sou sua prisioneira. O que eu estava pensando?

Que teria alguma liberdade? Se ao menos eu puder ficar com esse quarto para mim, está de bom tamanho.

Melhor que aquele cubículo que eu estava com toda certeza.

O jeito era sentar e esperar. Ao menos posso esperar deitada.

Deitada num lugar macio e confortável.

Nossa que colchão macio! Que travesseiro confortável.

Estou limpa e cheirosa. E por mais que eu deteste essas roupas sei que ao menos são de grife.

Acho que nunca usei uma roupa de grife antes.

Na verdade tenho certeza de que nunca usei uma antes.

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Estava quase adormecendo quando a porta do quarto foi aberta.

— Vejo que a roupa coube perfeitamente em você querida, agora venha!

O homem loiro olhava para mim fixamente.

Tinha de ser um tarado. Fala sério, que fascínio é esse que esses homens tem por mulheres que usam roupas decotadas e curtas?

É por isso que muitos permanecem solteiros.

Parecem um bando de cães no cio.

— Não tive escolha, o modelito que escolheu para mim era o único que poderia vestir! As roupas que estava usando estão sujas!

— De que tanto reclama? Está aqui, não está?

Acho que esse cara tem algum problema não é possível.

— Não queria estar aqui em primeiro lugar! Se reclamo é porquê não estou a vontade com essa situação.

— E não precisa estar! Quem dá as ordens aqui sou eu!

O homem de olhos azuis exclamou irritado.

Ótimo! Lá vai ele de novo. A essa altura do campeonato, esse cara deveria saber que esse tipo de imposição não funciona comigo, tampouco me assusta.

— Vejo que apesar de ter dinheiro só comprei um look para mim.

O provoquei. O homem riu.

— Digamos que você só receberá um conjunto novo de roupas, comportando-se bem.

Fiquei chocada com o que ele disse. E não sei o porquê.

Esse cara é um chantagista nato. E já demonstrou não se importar comigo.

— Essa é a coisa mais estúpida que já ouvi!

— Estúpida ou não quem faz as regras sou eu!

— Já entendi! Poderia me deixar em paz, agora?

— Posso sim, pensei que quisesse jantar. Mais se você prefere ficar em jejum.

— Espere! Estou com fome!

Levantei-me rapidamente da cama. Ficando frente a frente com ele.

E nossa como ele é alto. Mesmo de salto não fico nem perto da altura do ombro dele.

-Tem uma condição para que possa comer. Quero que se refira a mim como senhor. Me chame apenas assim!

Ah se ele soubesse que já o chamo de senhor na minha mente.

Senhor Insuportável! E particularmente agora está ainda mais insuportável, me fazendo essa exigência!

Não respondi apenas balancei a cabeça positivamente.

-Ótimo, venha querida!

O homem novamente puxou-me pela mão.

Saímos do quarto e logo ele trancou a porta.

Ele é um pouco paranoico. Qual o problema dele com as portas ficarem destrancadas?

Algo me diz que isso vai além do fato de que eu seja sua prisioneira.

Enquanto andávamos pelo extenso corredor o homem não parava de falar.

Depois dizem que as mulheres não sabem a hora de fechar a boca.

-Espero que tenha entendido tudo que te falei, Luciana.

Estava perdida nos meus pensamentos que não prestei atenção em nada do que ele falou.

— An.. o que?

O homem parou no meio do caminho. Esboçava uma expressão de decepção.

— Pelo visto você gosta de provocar-me!

— Eu só..

Ótimo! Agora preciso inventar uma desculpa.

Terei de usar minhas habilidades de atuação.

— Estou um pouco fraca, peço desculpas por não ter prestado atenção.

Fiz a minha melhor cara de medo. O homem pareceu analisar-me de cima a baixo.

Parecia estar procurando algum sinal de mentira.

— Está bem! Repetirei o que disse, já estamos perto da sala de jantar!

Exclamou enquanto descíamos as escadas. Isso sim é uma senhora casa!

Uma mansão! Os móveis de couro e mogno.

As paredes pintadas na cor branca e muitos quadros com barcos.

Pelo visto ele gosta bastante do mar. E tem b gosto para decoração.

Não se parece em nada com o que imaginei!

Cheguei a pensar que teria uma estátua dele no meio da sala e que seria obrigada a fazer uma referência todos os dias!

MAIS UMA VEZ, EU E AS .MINHAS LOUCURAS!

Pela forma como esse homem me tratou parecia ser um desses ricos loucos e excêntricos.

É como dizem: Não se pode julgar um livro pela capa!

Assim que chegamos a sala de jantar, o cheio de carne assada e purê de batatas.

Oh, estou nos céus! É o meu prato favorito!

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