Capítulo 17 - Combinado -> Parte 1

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Luciano Mendez

E quando menos esperávamos a va*ia apareceu!

O problema foi a forma. Ela estava com a mesma roupa do dia em que a conheci.

A diferença é que a roupa estava rasgada e suja de sangue.

Não parecia nem de longe ser a mesma pessoa que conheci.

Senti um arrepio no corpo e o estômago revirar.

-ME AJUDA!

Cláudia berrou do lado de fora da casa. Corri para ver onde o Jason estava.

Subi as escadas correndo e bati na porta do escritório.

Logo Jason a abriu e perguntou o que havia acontecido.

O motivo da pergunta? Após o café, Jason ficou pu*o comigo porquê mandei ele ir para a pu*a que pa*iu.

Porque ele ficou enchendo o saco com essa história de que estou com ciúmes da pi*anha da Cláudia.

Depois disse, Jason disse que estaria no escritório e pediu que o procurasse apenas se fosse uma emergência.

E era mais que uma emergência! Era uma questão de vida ou morte.

-A.. A Cláudia!

Cheguei a gaguejar por conta do nervosismo.

-Luciana, o que foi que combinamos? Você só me incomodaria se fosse algo importante!

Jason repreendeu-me. Detesto como ele é cismados com essas coisas.

Tudo com ele tem de ser do jeito e da forma que quer.

Ah, vai se ferrar! Será que ele nunca ouviu a palavra imprevisto?

Tudo na vida dele foi programado? Cara problemático.

-A CLÁUDIA ESTÁ SANGRANDO LÁ FORA, PO**A!

Berrei com ele. Estava cansada de tanta formalidade e tantos regulamentos.

-Como? Por que não foi ajudá-la? Como pôde deixá-la do lado de fora, que tipo de pessoa você é?

Esse cara deve ter sido um comediante numa outra vida.

-Deixe-me pensar...

Fiz uma pausa dramática. Jason olhava para mim com curiosidade parecia ansiar pela minha resposta.

Louco. Completamente louco.

-ESTOU TRANCADA NESSE LUGAR! E NÃO TENHO ACESSO A PARTE EXTERNA DA CASA ESQUECEU, MR.INSUPORTÁVEL!

PO**A! PU*A QUE PA*IU! SEM QUERER ACABEI REVELANDO O APELIDO QUE DEI À ELE.

Agora fu*i com tudo! Jason franziu a testa e fechou a cara.

Que se fo*a! Não estou nem aí para ele!

-Insuportável, é estar perto de uma pessoa tão imatura!

-Você que é imaturo! Olhe o que acaboi de acontecer, tem uma pessoa ferida lá fora e não pude ajudá-la pelo fato de não ter a chave que dá acesso a porta.

Jason não disse mais nada e acompanhou-me até a porta principal.

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Após dez minutos, o Dr. Milton chegou. O médico da família, auxiliou o Jason nos primeiros socorros à Cláudia.

Demoramos tanto brigando que no momento que o Jason abriu a porta, Cláudia estava desmaiada.

Havia perdido muito sangue e precisaria de cuidados especiais.

Fiquei impressionada com o conhecimento do Jason sobre primeiros socorros e técnicas de ressussitação, embora a Cláudia não estivesse morta.

Até agora não abriu os olhos, mas os batimentos cardíacos estão normais.

-Infelizmente devo dizer que a Ms. Ginger-Smith foi estup*ada!

Dr. Milton exclamou entristecido. Olhei para o Jason e depois para a Cláudia.

Não tinha o que fazer. Falar. Infelizmente, já estava feito!

-Estou esperando a ambulância chegar para levá-la ao hospital!

-Vou procurar algo que possa cobri-la!

Fiz menção em sair da sala e Jason me impediu.

-Não precisa, pedi a Dominique que trouxesse um cobertor! Sei que está nervosa com toda essa situação, tenho certeza que foi uma cena muito forte! Entenderei se você quiser se recolher!

Jason acariciou o meu rosto. Não tive reação apenas voltei a sentar no sofá.

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Faziam duas horas que a Cláudia havia sido levada para o hospital, confesso que estou abalada.

Minha comida está toda no prato. E é uma refeição especial: carne assada com batatas, farofa dd bacon, arroz e feijão.

O motivo para que essa refeição fosse especial é por um simples motivo!

O meu pai. Era a refeição preferida dele.

 Lembro que a minha mãe fazia com muito gosto.

Eles se amavam muito. É uma comida afetiva.

-Lu, coma por favor! Precisa se alimentar!

Jason pediu com carinho. Tem horas que eu não sei com quem estou falando.

Jason tem alterações frequentes de humor e lidar com alguém assim me assusta.

DIGO ISSO PORQUÊ EU SOU SURTADA! MEIO DOIDA!

JÁ BASTA UMA PESSOA LOUCA, DUAS NÃO DÁ CERTO!

-Bebeu?

Jason fechou a cara. Sorri.

-Eu só não consigo comer está bem?

-E para isso precisa fazer gracinha? Só você mesmo! Nem sei porque ainda tento!

Revirou os olhos e voltou a comer.

-Ainda tenta o quê, Jason? Não tenho a liberdade de ir a biblioteca da casa sem que vcoê permita! Apesar de todas as circunstâncias, estou de certa forma te obedecendo! E você, não confia em mim! Já tem um mês que estou aqui e nada mudou!

Disse tudo o que pensava. Se ele podia falar o que queria sem represálias, eu também posso.

-Direitos iguais é o que mais quero, Jason!

-Isso aqui não é um tribunal e nem nada do tipo para você querer reivindicar alguma coisa!

Não disse que ele é louco? Complicado conviver com alguém tão desequilibrado.

-Ao menos poderia ser um pouco flexível! Porque daqui a pouco vou ter de pedir permissão sua até para ir ao banheiro!

O idiota do Jason caiu na risada. Confesso que até eu perdi a compostura.

-Já entendi o seu ponto de vista!

-E o que fará a respeito?

Voltei a comer. A barriga começou a roncar e muito.

A comida da Helga é incrível! Bem.temperada e quentinha.

-Antes tenho que lhe dizer uma coisa...

Ah, misericórdia! O que foi agora? Senti um frio na barriga e o coração acelerar.

-O casamento será daqui a dois meses!

Aquela informação me pegou de surpresa.

-O advogado explicou o porquê do adiamento para o mês de novembro?

Perguntei um pouco desconfiada. Do Jason eu não espero mais nada.

-Não tem vaga em novembro e para dezembro tem o dia 14.

-Você não tem dinheiro e é infuente? Não poderia, digamos assim... "conseguir" uma vaga para novembro?

-Não costumo agir fora da lei, Ms. Mendez! Mas se esse for um desejo seu, posso ver o que dá para fazer! Com todo esse protesto e negação, não esperava que estivesse com tanta pressa para casar-se comigo!

Jason provocou-me com um sorriso cheio de malícia.

-An.. 14? Dezembro? Está bom!

Eu e a minha boca grande! Agora esse idiota pensa que "estou na dele", pu*a que pa*iu!

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