[Bai Jing]
–Sim, bem sobre isso...
Bai Jing não era de enrolar, ela sempre tinha as respostas direto na ponta da língua, mas aquele momento realmente pareceu que ela estava perdida em como iria me contar algo. Estávamos num café naquele momento e o garçom havia acabado de chegar com os nossos pedidos, o que deu a Bai Jing mais tempo para formular a frase que me queimou mais do que o café que engoli rapidamente.
[Bai Jing]
– Esqueceram de me informar que o seu caçador havia sido transferido para os Estados Unidos há três meses.
[Eunjin]
– COMO É?
Eu acabei falando um pouco alto, chamando atenção das mesas vizinhas. Bai Jing ficou em silêncio e encarava sua xícara de café com um desenho de uma raposa no seu creme. Pela primeira vez desde que entrei na agência, eu vi Bai Jing aparentemente decepcionada com ela mesma, então segurei a mão dela para que ela se sentisse um pouco melhor.
[Eunjin]
– Eu me exaltei um pouco, me desculpa!
[Bai Jing]
– Não, você tem razão em ficar assim. Foi um erro completamente meu em não verificar corretamente antes de te trazer para um lugar desconhecido.
[Eunjin]
– Ah, é isso?
(E o caçador?)
– Relaxa! Sair do país foi uma coisa incrível, conhecer novas culturas e pessoas, foi difícil no início, mas foi divertido!
Ela finalmente voltou ao normal da Bai Jing, estava confiante novamente então levantamos e saímos num passeio breve pela cidade.
[Bai Jing]
– Que bom que você se adapta muito fácil, Jinnie, mas ainda, sim, me desculpa por isso!
[Eunjin]
– Tudo bem, Noona. Então, quer dizer que agora eu tenho que ir para os Estados Unidos?
[Bai Jing]
– Mais precisamente para Nova York. – Ela retirou uma pasta da bolsa e me entregou. – Ainda tenho que organizar umas coisas, mas aqui tem o endereço, dinheiro e a passagem de avião para lá. Você vai no próximo mês, algum problema?
[Eunjin]
– Não, nenhum, por mim tudo ótimo!
Eu sorrio olhando a passagem para Nova York. Era um sonho louco viver numa cidade assim, mas eu sempre desejei isso e agora sobrenaturalmente estava acontecendo. Bai Jing sorriu satisfeita, mas aquilo ainda não havia terminado.
[Bai Jing]
– Você precisa aprender a conjurar portais. Lembre-se de pedir isso ao seu caçador quando o encontrar.
[Eunjin]
– Não vejo a hora de começar a trabalhar de verdade!
Bai Jing sorri e deseja sorte antes de me enviar de volta para meu dormitório na universidade e assim começa o início de um verdadeiro sonho. As semanas demoram a passar, toda noite antes de dormir eu encarava minha passagem para NY. Algo dentro de mim dizia que seria o início de algo único que estava esperando por mim há muito tempo. E finalmente chegou o dia…
Me despedi dos colegas e amigos que fiz na universidade, até mesmo dos mais afastados e parti para o aeroporto. Demorou bastante, mas as notícias americanas eram bem interessantes, inclusive pelo âncora do jornal que parecia bastante sério, dando as notícias inclusive as mais bizarras, o que dava um tom mais cômico à notícia.
Finalmente em NY, era bem próximo ao amanhecer e ver o sol nascer em um continente totalmente diferente era maravilhoso. Para minha surpresa, não havia ninguém esperando no aeroporto, mas eu sobrevivi o bastante para pegar um táxi.
No momento em que estávamos presos em um engarrafamento num dos bairros de NY, eu consegui ver milhares de seres que os humanos nem desconfiam que estão entre eles, isso me deixou ainda mais empolgado em trabalhar nesse novo lugar, então aproveitei para dar uma olhada nos arquivos sobre o meu caçador. No mesmo momento ouvi no rádio uma história de que a polícia estava investigando um assassinato misterioso de um casal idoso, assassinato e mistério eram duas coisas que na mesma frase só poderiam significar encrenca.
Ok, eu sei que eu deveria ir para o meu apartamento e procurar meu caçador, mas era um caso sobrenatural em andamento, e em um novo continente, eu tinha que ver isso!
Eu pedi para o motorista tomar a rota para o bairro falado na notícia, ele tentou relutar e me perguntou porque de repente eu queria ir lá. Eu não me dei ao trabalho de responder, apenas justifiquei que eu queria conhecer o bairro por ouvir falar, mas claro isso com um pequeno contato visual.
Essa era uma das minhas habilidades, induzir as pessoas a fazer o que eu preciso apenas com um contato visual, mas apenas funciona em seres facilmente manipuláveis como humanos, bom alguns humanos. Com os olhos brilhando em amarelo como os de um gato, o motorista concordou sem mais perguntas e assim saímos do engarrafamento em direção ao bairro do tal caso misterioso. Pedi para o motorista parar bem na frente da casa que se destacava das outras pela faixa policial bem na cerca da casa.
[Edward]
– Obrigada! Só mais uma coisa, você não trouxe ninguém nesse bairro hoje. Okay?
[Taxista]
– Claro, senhor, tenha um bom dia!
Assim que saí do Táxi, o motorista saiu do transe, mas também saiu na maior velocidade dali. Enquanto a poeira baixava, eu deixo meus pertences na moita na entrada da casa e assumo minha forma felina. A porta da casa estava destrancada, imaginei que por estar sob investigação os policiais americanos teriam mais cuidado com a residência, mas isso foi logo descartado quando ouvi barulhos vindo do andar de cima da casa e resolvi ir olhar.
No momento não parecia nada, mas uma aura pesada indicava a presença de magia negra naquela casa. Eu continuei andando pela casa quando a aura negra aumentou drasticamente, e por um instante eu senti um medo profundo e estava pronto para atacar o que quer que fosse aquilo. Mas outra presença surgiu e nesse instante eu senti a aura negra desaparecer e apenas a segunda se manter.
Enquanto saia do cômodo sem querer, tropecei num fio largado no chão e acabei puxando um abajur do criado mudo. Percebendo a confusão que fiz, saí o mais depressa dali apenas para dar de cara com um homem nas escadas.
– EXOTU-
[Edward]
(AH! DROGA!)
– MIAAAAAAAU!
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Atualizado até capítulo 31
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