Naquele final de semana, Alexsander teria mais uma viagem de trabalho e Beatrice resolveu ir para casa de sua mãe para conversar sobre a ideia do silicone. Sentia saudades de sua antiga casa, repleta de memórias de seu pai, e achou que seria uma boa oportunidade para reencontrar Laura e compartilhar suas experiências recentes.
Ao chegar à mansão dos Reynolds, obviamente não era a mansão de Charlie e Ana, pois Laura se mudou de lá, logo após o casamento de sua filha, Beatrice foi recebida calorosamente pelos empregados e logo seguiu para sala de estar, onde Laura estava sentada, lendo um livro, tranquilamente.
— Mamãe! — Beatrice exclamou, abraçando Laura com carinho.
Laura levantou os olhos do livro e sorriu para a filha.
— Beatrice, querida, que surpresa agradável! Como você está? — Ela perguntou, retornando o abraço.
Beatrice se sentou ao lado de Laura no sofá e começou a compartilhar sobre seus últimos meses, antes de chegar na história do silicone para os seios. Ela falou sobre as aulas, a convivência com Alexsander e como eles estavam se aproximando como amigos.
Ouvindo tudo com atenção, Laura começou a apresentar uma expressão sutil de preocupação em seu rosto. Alexsander podia até enrolar sua filha com aquela história de que contato físico requer tempo e intimidade, mas a ela não. Laura tinha sido uma mulher belíssima na juventude e ainda era. Os homens, amigos e desconhecidos, faziam de tudo para levar ela para cama, sem tempo e sem intimidade.
— Beatrice. Espere. — Laura pediu, interrompendo todo aquele comprido relato da filha. — Você está me dizendo que seu marido não consumou o casamento?
— Nós dormimos em quartos separados e…
— Eu sei que vocês dormem em quartos separados, inferno! — Exclamou Laura incomodada com a ingenuidade da sua filha. — Mas vocês não transaram ainda? Depois de dois meses de casados? E que ele tem viagens frequentes a trabalho?! Droga Beatrice, como você pode ser tão idiota assim! — De repente, Laura se levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro. — Ele tem outra mulher. — Ela murmurou como se estivesse falando consigo mesma.
— Pare, mamãe! — Protestou Beatrice ao ouvir aquela acusação contra Alexsander.
— O casamento não foi consumado, ele pode cancelar isso a qualquer momento... anular o casamento. — Laura continuava a andar de um lado para o outro, pensando alto, sem dar importância a Beatrice.
— Nós nos damos muito bem. Acho que isso é questão de tempo. — Beatrice continuava tentando argumentar com sua mãe. — Também acho que não sou muito sexy... talvez, se eu colocasse peitos... não sei. — Ela falava de forma insegura. A postura da sua mãe não ajudava em nada.
— Peitos?! — Gritou Laura, perdendo a paciência de vez com Beatrice. — Como você pode ser tão idiota! Seu marido não sente atração nenhuma por você! Isso é um fato! Um par de seios grandes vai resolver seu problema.
— Não se trata disso, mamãe. — Insistiu Beatrice, pois de fato, ela tinha comprado aquela historinha de Alexsander.
— E pode ter certeza de que ele está dormindo com outra ou outras mulheres. É impossível que um homem como Alexsander fique sozinho. Já já, ele vai pedir o divórcio de você.
As palavras duras e cruas de sua mãe faziam com que Beatrice sentisse seu coração se apertar. Cada frase era como uma faca afiada perfurando sua confiança e esperança no relacionamento com Alexsander. Ela tinha construído uma visão idealizada de seu casamento, acreditando que o tempo e a amizade levariam a uma conexão profunda, mas as palavras de Laura a atingiram com uma dose cruel de realidade.
— Mamãe, você está sendo muito dura... — Beatrice murmurou, os olhos começando a encher de lágrimas.
Encarando o horizonte, Laura parou em frente à janela, respirando fundo enquanto lutava para conter sua própria angústia. Ela sabia que suas palavras eram duras, mas também estava convencida de que Beatrice precisava acordar para a realidade.
— Beatrice, minha tola filha, eu entendo que você esteja magoada e confusa, mas às vezes é necessário enfrentar a verdade, por mais dolorosa que seja. Eu só quero proteger você e garantir que não seja enganada. — Explicou Laura, tentando permanecer calma com aquela situação.
Levantando-se do sofá, Beatrice sentiu uma mistura de emoções. Raiva, tristeza e incerteza se misturavam dentro dela, formando um nó apertado em seu peito. Não queria perder Alexsander para outra mulher.
— Eu não posso acreditar que Alexsander faria isso... — Ela murmurou, olhando para o chão. — Nós estamos nos dando tão bem...
— Eu não conheço nenhum casamento que o marido jogo vídeo game, veja filme e não transe com a esposa. — Laura não queria ser tão baixa com Beatrice. Tinha criado sua filha com um bibelô delicado, mas o resultado disso foi uma jovem que era fácil de ser manipulada e enganada. — É importante considerar todas as possibilidades e estar preparada para qualquer desfecho. Se você realmente quer estar com ele, precisa tomar medidas para tornar sua relação mais sólida.
Um brilho de determinação surgiu no olhar de Beatrice, substituindo suas lágrimas, e ela encarou sua mãe determinada a fazer qualquer coisa para não perder Alexsander.
— O que você sugere, mamãe?
Laura olhou para Beatrice com uma expressão pensativa, ponderando suas palavras com cuidado antes de falar. Não sabia se sua filha teria capacidade para fazer aquilo, pois até certo ponto, seria mérito dela. Depois, tudo seguiria de acordo com o próprio Alexsander.
— Veja bem... — Começou Laura abordando a questão de maneira leve, pois sabia que sua filha poderia recusar aquilo. — Você já considerou que talvez Alexsander precise de um empurrãozinho para superar suas próprias barreiras? Às vezes, os homens têm medo de demonstrar seus sentimentos, especialmente quando há pressão envolvida.
Beatrice franziu o cenho, sem entender completamente o que sua mãe estava sugerindo. Seu marido não parecia um homem que tivesse medo de alguma coisa, muito menos de demonstrar seus sentimentos.
— O que você quer dizer? — Beatrice falou, estreitando os olhos.
Laura se aproximou de sua filha e segurou suas mãos com carinho.
— Talvez seja hora de você assumir a liderança, Beatrice. Às vezes, um pouco de iniciativa pode fazer toda a diferença. Pode ser que Alexsander esteja lutando contra seus próprios medos e inseguranças. Você pode surpreendê-lo, tomar as rédeas da situação e guiar o relacionamento para um novo nível de intimidade.
Beatrice olhou para sua mãe, processando suas palavras. A ideia era ousada e um tanto assustadora, mas também lhe deu uma sensação de poder e controle sobre seu próprio destino.
— Você quer dizer... seduzi-lo? — Beatrice falou, mordendo os lábios insegura. — Eu não saberia como fazer isso...
Laura assentiu com um sorriso encorajador.
— Eu estou sugerindo que você tome medidas para criar um ambiente propício para a intimidade. Você pode usar uma camisola sensual, cabelos soltos, uma maquiagem mais ousada...
Beatrice pensou nas palavras de sua mãe, sentindo um misto de insegurança e determinação. A ideia de tomar a iniciativa era estranha, uma vez que sua mãe sempre falou que isso era papel do homem, mas ela estava disposta a fazer qualquer coisa para fortalecer seu relacionamento com Alexsander.
— Eu não sei, mamãe... eu tenho medo de ser rejeitada...
Laura apertou as mãos de Beatrice com carinho.
— Às vezes, o risco vale a pena, querida. Nós podemos também contar com uma ajudinha. — Laura tinha um brilho maquiavélico em seu olhar. — Na verdade, se você fizer isso, eu tenho 100% de certeza que você não será rejeitada...
Ansiosa, Beatrice encarava sua mãe, querendo saber o que ela teria que fazer para ter aqueles 100% de certeza. Ela sabia que tomaria uma decisão que mudaria o curso de seu relacionamento com Alexsander.
— Existe uma substância que você pode colocar na bebida de Alexsander. Ela vai fazer enfeito em torno de meia hora. Você pode usar esse tempo para se trocar, para parecer outra mulher, mais sensual, ousada e não a jovem inocente que ele está acostumado.
— Você quer que eu drogue, meu marido? — Indagou Beatrice incrédula, sem coragem para fazer aquilo.
— Não! — Exclamou Laura se fazendo de ofendida. — Calma, vocês são casados, não compare essa atitude a de um homem qualquer, na rua, que droga moças inocentes. No seu caso, isso ia funcionar mais como um afrodisíaco, um incentivo, mas claro que seu marido não pode saber. — Laura sorriu, percebendo que a expressão do rosto de Beatrice mudou e que ela parecia aceitar aquela ideia.
— Eu não sei, mamãe...
— Se você tiver muita sorte, pode até conseguir engravidar do seu marido. Ele seria seu para sempre...
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Atualizado até capítulo 104
Comments
Silvaneide Ágatha
até que enfim 👏🏿👏🏿👏🏿
2024-11-24
0
Adryelle de jesus😍
Oh na minha humilde opinião eu não faria pelo fato dela ser de menor ainda.Então minha opinião e n.
2024-10-30
2
Ana Maria
🙄🙄🙄🙄🙄🙄🙄🙄🙄🙄🙄
2024-04-09
1