— Uma menina?! — Indagou Henry com o coração explodindo de felicidade, abraçando Laura. — Meu amor, eu espero que ela seja tão linda quanto você.
Aquela reação surpreendeu Laura que esperava decepcionar Henry por conta do sexo do bebê e já maquinava diversos planos em sua mente para contornar aquilo.
— Você está feliz com isso? — Ela indagou, tentando ocultar sua insegurança.
— Claro que sim! Nós vamos ter uma menina. Eu adoro meninas. — Brincou Henry. — Quem se importar com meninos? Não servem para nada! Veja meu caso.
— Achei que sua família faria questão de um menino, você sabe... essa questão de passar o sobrenome adiante...
— Bobagem! Podemos adotar um menino depois e ele pode manter o sobrenome da família. — Sugeriu Henry pouco preocupado com aquela questão. — E o nome? Você já pensou em como vai se chamar nossa filha?
Laura demorou um pouco a responder, pois ficou pensativa ao ouvir Henry sugerir uma adoção. De jeito nenhum! Ela não era fã de crianças e muito menos de um menino, adotado, para dividir a herança com sua filha de sangue.
— Beatrice. — Ela respondeu sorrindo. — Pensei em homenagear sua avó.
Como já era esperado, os pais de Henry não ficaram felizes ao saber que teriam uma neta, pois já estavam cientes que Laura não poderia ter mais filhos e não concordavam com a ideia de Henry de adotar um menino. Para eles, o sangue importava e obviamente, a criança adotada não teria nenhum lanço sanguíneo com a família.
— Por outro lado, nós podemos nos redimir com a família Hayes. — Michael, pai de Henry, falou após refletir sobre o assunto. — Você deveria ter se casado com Emily, mas acabou envolvido por essa forasteira dessa Laura.
— Papai! — Exclamou Henry irritado. — Não fale assim da minha esposa. Eu amo Laura e fico triste em perceber esse desdém que vocês fazem questão de demonstrar.
— Meu filho querido. — Ana, mãe de Henry, falou com um tom calmo, característico de senhoras extremamente ricas, que não se abalam por nada, interrompendo a conversa dos dois. — Você se casou com uma habilidosa interesseira. Agora, feliz ou infelizmente, não sabemos ainda, Laura está acuada, pois não é capaz de lhe dar um filho homem, mas em breve, essa mulher vai colocar as garras de fora.
— Basta mamãe! — Henry respondeu, perdendo a cabeça de vez. — Laura nunca deu motivos para que vocês pudessem afirmar isso sobre ela. Somente o fato de ela ser uma moça humilde que depõe contra ela, mas não significa que ela seja uma interesseira.
Respirando fundo, Michael não via motivo em continuar batendo naquela tecla, pois seu filho estava cego de paixão.
— Tudo bem, meu filho. Vamos manter o foco no assunto que interessa. — Michael falou para apaziguar os ânimos exaltados do filho. — A criança de James e Lily Hayes está com quase 10 anos, Alexsander. — James era irmão de Emily, a noiva prometida de Henry, que ele deixou de lado para se casar com Laura. — Já que não teremos um neto homem para dar continuidade aos negócios, a união de sua filha com primogênito da família Hayes seria excelente para todos.
— Minha filha nem nasceu e vocês já estão planejando o casamento dela? — Indagou Henry impressionado com tudo aquilo. — Isso não funcionou comigo. Também acho que pode não funcionar para Beatrice.
— Você tem razão, mas de toda forma, nós vamos propor isso para Nathaniel, pois preciso me redimir com meu amigo por conta da sua falha. — Michael falou num tom firme de quem não iria admitir questionamentos. — Se no futuro, o neto de Nathaniel rejeitar o casamento com sua filha, ótimo, nós estamos quites. — Ele disse dando de ombros.
Percebendo que não adiantava discutir com seus pais, Henry voltou para sua mansão para contar tudo a Laura, que não quis dar a notícia do sexo do bebê pessoalmente aos sogros. Ela esperava por ele aflita, andando de um lado para o outro da sala. Sabia que Michael e Ana jamais aceitariam aquela opção de adoção de um menino, graças a Deus. Somente Henry mesmo, que era bastante ingênuo e inocente, para pensar daquela forma, mas ela estava preocupada, pois tinha receio de que os pais dele exigissem que ele se divorciasse dela para casar novamente e assim poder tentar um herdeiro homem, de sangue.
— Como foi com seus pais? — Laura indagou assim que Henry entrou na sala.
— Eles ficaram felizes com a notícia e com a homenagem do nome. — Henry começou tentando contornar a situação.
— Por favor, Henry. Não tente dourar a pílula, eu sei que seus pais, principalmente o senhor Michael, esperava um neto. — Laura respondeu sem fazer a mínima questão de ocultar sua impaciência.
— Todos esperávamos um menino, até você, Laura. — Henry falou com gentileza. — Mas vamos ter uma linda menina e nem sei por que você está apreensiva com isso.
— Eu sei meu amor. — Laura se aproximou de Henry para beijá-lo. — Mas eu queria muito que seus pais aceitassem nosso casamento e agora, que vamos ter uma menina e pelo fato de eu não poder ter mais filhos, eu acho que isso fica cada vez mais distante. Eu sinto que cada dia que passa, eu os decepciono mais. — Laura falava no tom amoroso, se fazendo de coitadinha. Qualquer um que visse aquela cena, iria pensar que ela era um anjo inocente e não uma mulher interesseira que conseguiu roubar o noivo de outra.
Sim, no final das contas, a verdade era essa e nem sempre temos finais felizes para todos. O casamento de Emily Hayes e Henry Reynolds era tido como certo para ambas as famílias, até que Laura apareceu acabando com todos os planos. Contudo, a lei do karma era rápida e Laura já estava colhendo o seu. Viver um casamento, onde pensava que todos queriam afastar ela do marido, era seu tormento diário. Se realmente Henry pedisse um divórcio, ela ficaria sem nada. Obviamente, por mais apaixonado que ele estivesse, os advogados da família não eram tolos e exigiram que Henry se cassasse com separação total de bens. Laura não pode refutar aquilo, pois ficaria claro seu interesse financeiro.
— Papai não ficou decepcionado com você pelo fato de que vamos ter uma menina. Não é como se você pudesse controlar isso e ele sabe que você também queria um menino. — Justificou Henry, tentando enrolar um pouco mais para contar o que tinha sido decidido. — No final das contas, ele achou que isso seria uma ótima oportunidade para conseguir unir nossa família com os Hayes. — Ele comentou aquilo com certo receio de que Laura achasse ruim ter a filha prometida em casamento com a família da ex dele, Emily. — Você sabe que eles são nossos amigos há bastante tempo e que sempre tentaram coroar essa amizade com um casamento entre nossas famílias.
LAURA REYNOLDS
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Atualizado até capítulo 104
Comments
Vilma Decanini
Essa trm cara de pilantra.Affff
2025-01-31
0
Silvaneide Ágatha
coitado 😔
2024-11-26
0
Silvaneide Ágatha
coitado 😞
2024-11-26
0