Nos dias que se seguiram, Beatrice e Alexsander começaram a construir uma relação que era bem diferente daquilo que ela havia imaginado quando ainda era uma jovem sonhadora, antes de se casar com ele. Embora o começo tivesse sido desastroso e frio, com o tempo, eles foram encontrando maneiras de se aproximarem e compartilharem momentos juntos. Sempre de forma bastante amigável.
— O que você está fazendo? — Indagou Alexsander assim que entrou no seu apartamento, tarde da noite, e encontrou Beatrice ainda acordada, na sala de tv.
— Jogando Wii. Você quer jogar ou é velho demais para vídeo games? — Provocou Beatrice, percebendo que Alexsander ia engolir aquela corda.
— Ninguém é velho demais para isso, Bea. — Ele respondeu se sentando ao lado dela no sofá e pegando um controle para uma partida.
Os jogos de vídeo games se tornaram uma das atividades favoritas deles. Alexsander, que tinha um horário rigoroso de trabalho como CEO, administrando agora as empresas Hayes e as empresas da família de Beatrice, sempre encontrava tempo para relaxar jogando ao lado de Beatrice. Eles competiam em jogos de corrida, riam quando um deles perdia e celebravam quando um deles vencia. Era um escape da pressão do mundo exterior e um momento em que eles podiam realmente se divertir juntos.
Além dos jogos, eles começaram a assistir filmes juntos. Beatrice apresentava Alexsander a filmes clássicos que ela adorava, e ele compartilhava com ela alguns dos filmes mais recentes que ele tinha assistido. As noites eram preenchidas com risadas, discussões sobre os enredos e a descoberta de gostos e opiniões em comum.
Alexsander também começou a ajudar Beatrice com seus estudos. Ela ainda estava no colegial. Alexsander, com toda a sua experiência e conhecimento, se tornou um mentor improvável. Ele esclarecia suas dúvidas, explicava conceitos complicados e a incentivava a sempre se esforçar ao máximo.
Após dois meses de casamento, a relação entre Beatrice e Alexsander se transformou em uma verdadeira amizade. Eles passavam mais tempo juntos, compartilhando momentos e experiências. Alexsander começou a notar a beleza singular de Beatrice, não apenas pela aparência, mas pela sua personalidade genuína e bondosa.
Naquela tarde, Grace tinha ido visitar Beatrice na cobertura. Como sempre, Alexsander não estava em casa e elas ficam bem à vontade para conversarem.
— Eu entendo tudo isso, Beatrice. — Grace comentou. — Mas não é normal um homem como Alexsander se contentar somente com isso.
— O que você quer dizer, Grace?
— Com certeza, ele transa com outras mulheres. Eu não sei por que ele ainda não tentou levar você para cama, mas ele não é celibatário. Confie em mim. — Grace encarava Beatrice com pena. Como sua amiga era tão boba e ingênua para acreditar naquela conversa de Alexsander: “Morar juntos, dormir no mesmo quarto, contato físico... Requer tempo e intimidade.”
No entanto, Beatrice não era tola. Ela percebia que Alexsander ainda estava distante em muitos aspectos. Ele tinha momentos em que se isolava e sua expressão muitas vezes se tornava sombria, revelando um lado dele que ele tentava esconder. Beatrice queria conhecê-lo profundamente, entender o que o atormentava, mas sabia que precisaria ser paciente e respeitar seus limites.
— Grace, eu não tenho pressa e estou gostando de conhecer Alexsander aos poucos. — Respondeu Beatrice, tentando evitar que aquela pulguinha atrás da orelha, que Grace estava atiçando, a incomodasse ainda mais.
— Eu não quero que você seja feita de idiota e por isso vou ser clara com você. — Começou Grace de forma séria. A amizade delas sempre foi sincera e não era por conta de Alexsander que Grace ia mudar com Beatrice. — Essa conversa de tempo para ter intimidade, não existe. Em um bar, homens conhecem mulheres e levam elas para cama na mesma noite. Isso é normal, desde que usem proteção, preservativo, claro.
— Obrigada por me comparar a uma mulher de bar, Grace. — Beatrice sorriu, sem graça, encarando sua amiga irritada. — Só tem 2 meses e estou gostando de seguir com calma. Por favor, não vamos mais falar disso.
— Tudo bem e como está tudo no colégio? — Grace perguntou, mudando de assunto rapidamente para não entrar em atrito com Beatrice. — Imagino que ninguém saiba ainda que você é casada, mesmo com essa aliança enorme no seu dedo.
— Eu nunca uso aliança no colégio. Então, sim, ninguém sabe de nada. — Confirmou Beatrice.
— Seu marido usa aliança? — O tom de Grace era de suspeita e desconfiança. Ela tinha certeza de que Alexsander estava envolvido com outra mulher. Ele era lindo demais para ficar brincando de “amiguinhos” com Beatrice.
— Sim, Grace. Ele usa sim. — Beatrice respondeu, revirando os olhos, notando o que sua amiga queria insinuar. — Se você quiser saber, sinceramente, nada disso é como eu imaginava, mas estou me adaptando.
De fato, Beatrice estava aprendendo que o amor não precisava ser como nos contos de fadas. Às vezes, ele se manifestava de maneiras inesperadas, crescendo a partir de uma base de amizade e respeito. E, à medida que ela e Alexsander continuavam a construir essa relação amigável, ela sabia que estava no caminho certo para conquistar seu coração de uma forma verdadeira e única.
— Ok... você já pensou em seduzir ele? — Grace falou com um brilho malicioso no olhar. — Colocar uma roupa sexy ou aparecer nua no quarto dele?
— Grace! — Exclamou Beatrice completamente corada. — Não! E o que eu teria para seduzir Alexsander. — Ela fez um gesto na direção dos seus peitos, evidenciando a falta deles. — Nossa, seria constrangedor só de pensar. E eu quero que ele procure por mim... acho horrível mulher que vai atrás de homem.
— Por que você não coloca silicone? — Sugeriu Grace. — Esses seus “melões” — Ela deu uma gargalhada estão demorando muito a aparecer.
— Não sei... nunca pensei nisso. — Beatrice falou, mordendo o lábio. — Na nossa família, não existem mulheres que peitões. Veja mamãe e vovó Ana...
Depois que Grace foi embora, Beatrice foi para seu quarto para estudar, mas ainda ficou com aquela ideia do silicone na cabeça. Talvez devesse conversar mesmo com Laura sobre isso. Já tinha um tempo que não via sua mãe, desde que tinha se mudado para cobertura. Sabia que ela tinha voltado para mansão, onde viveram com seu pai, e estava morando sozinha, cercada de empregados, claro. Seria bom rever sua antiga casa e relembrar um pouco de seu pai.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 104
Comments
🌹
O problemas não e os peitos pequenos e ele não gostar dela
2025-03-11
0
Silvaneide Ágatha
👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿
2024-11-24
0
Silvaneide Ágatha
👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿
2024-11-24
0