Na manhã que se seguiu depois de tomar um café da manhã colossal sozinha no salão de jantar, fui ver Francis, ela pareceu estar bem apenas reclamou que Greetek era um pouco rígida demais.
Como o tempo não passava, e pelo visto Arthur não voltaria tão cedo, decidi caminhar pelo castelo, Greetek queria que alguém me acompanhasse mas eu neguei, queria explorar o local por mim mesma.
Apesar do dia lá fora estar claro e brilhante, o castelo estava mergulhado na escuridão como se fosse noite , passei horas indo a cada corredor e salas do primeiro andar, vez ou outra me deparei com os servos, que assim me via faziam uma reverência e ficava, paralisados me olhando aponte de ser desconfortável estar ali.
Estava tão exausta quando cheguei a um dos corredores laterais que eram como uma grande varanda, estar no corpo de Alena nessa época e em outro país, em um mundo completamente diferente do meu por si só já era apavorante, mas a pressão de estar cercada por desconhecidos era ainda pior, recostei-me no parapeito. Meu olhar perdido no horizonte e nas nuvens que pairavam no céu, eu tentei organizar meus pensamentos tumultuados que consumiam minha energia.
A atração por Arthur Grigore, o conde, meu ''marido'' era inegável. Os olhos profundos e hipnotizantes dele quando estavam por perto me puxavam para um abismo de desejo e incerteza, nunca havia sentido algo semelhante por homem algum. Ainda assim, voltar para casa é minha prioridade, o colar mágico e os segredos que ele guardava pareciam ser a chave para isso.
"Eu preciso descobrir mais sobre esse colar," murmurei comigo mesma. "E para isso, preciso entender o passado da mãe do conde."
Decidida a seguir em frente, comecei a traçar um plano. Primeiro, procuraria o bibliotecário do castelo, certamente em um lugar imenso como esse há uma biblioteca, com algum um homem de idade avançada com um vasto conhecimento da história da família. Certamente ele saberia alguma coisa sobre a mãe do conde e isso me levaria ao colar.
Sabia que precisava ser discreta. Afinal, estava em um mundo onde a caça aos vampiros era uma realidade, e qualquer investigação sobre o colar poderia levantar suspeitas indesejadas. Me levantei e caminhei até a porta, preparando-me para enfrentar o desafio que tinha pela frente, encontrei uma das serviçais que passava com um cesto de roupas e a chamei, ela prontamente se curvou largando o cesto e perguntou '' O que posso fazer condessa?'' Sorri e questionei '' em que andar fica a biblioteca?'' Ela tocou o queixo pensando e disse '' No quarto andar, minha senhora, basta seguir pelas escadas, uma grande porta de mogno com entalhes, lá fica a biblioteca do castelo.'' Agradeci, ela fez uma reverência e saiu.
No corredor silencioso, caminhei subindo as escadas, parei por um momento para me olhar no espelho, eu ainda não tinha feito isso desde o incidente, em parte por medo de me deparar com um rosto desconhecido.
O rosto de Alena me observava, mas os olhos que olhavam de volta eram os meus, cheios de determinação. "Eu vou descobrir a verdade," prometi a mim mesma antes de sair de frente do espelho.
Chegando à biblioteca empurrei as portas e entrei, parecia não haver ninguém lá. Vi que as paredes eram revestidas de estantes repletas de pergaminhos antigos e livros empoeirados. Me assustei quando na penumbra, o bibliotecário, um homem de cabelos grisalhos e óculos de aros dourados, estava imerso em um livro.
"Boa tarde, senhor," saudei com um sorriso gentil.
O bibliotecário ergueu os olhos dos pergaminhos e a estudou por um momento antes de sorrir de volta. "Boa tarde, jovem senhora, sou Roger Pilgrim, em que posso ajudá-la?"
Decidi ser direta, mas cuidadosa em minhas palavras. "Estou interessada na história da família do conde, eu acabo de me casar com ele, mas não sei nada sobre a família, em particular sobre sua mãe a condessa anterior. Ouvi dizer que ela possuía uma personalidade muito especial. Você saberia me contar mais sobre isso?"
O bibliotecário franziu o cenho por um instante, mas então assentiu. "Ah, a mãe do conde, Lady Suzette, que mais tarde veio a se tornar a condessa. Ela era uma mulher notável. Venha, sente-se." Ele me conduziu até uma mesa próxima e começou a buscar em uma das prateleiras.
Observei ansiosamente enquanto ele procurava um livro específico. Eu sabia que estava prestes a dar o primeiro passo em direção ao meu objetivo de desvendar os segredos da condessa Suzzete, e do colar mágico, mas também tinha consciência de que estava me envolvendo cada vez mais em um mundo de mistério e perigo.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Rosária 234 Fonseca
isso é muito bom agora ela vai começar a descobrir mais sobre a família
2023-11-10
1
laranjeira
continua
2023-09-30
1