Meu coração estava acelerado, com a sensação de que a realidade se desfazia diante dos meus olhos. Eu não conseguia tirar da mente a imagem daquela pintura, a mulher que usava o mesmo colar que me transportou para o passado. Aquilo só poderia significar uma coisa: havia uma conexão entre nós. A ideia de ir atrás de Thomas, confrontá-lo com aquela descoberta, pulsava em minha mente com uma força avassaladora.
No entanto, eu sabia que agir com ansiedade poderia levantar suspeitas. Além disso, estava cada vez mais claro que havia algo ou alguém além da falta de memória que me prendia nesse tempo. Decidi esperar, sentar-me em uma cadeira na sala onde havia encontrado os mapas com a localização dos vampiros.
A demora do retorno de Thomas me deixava apreensiva. Já haviam se passado horas e eu começava a questionar se algo tinha acontecido. Se o Conde Grigore e meu pai retornassem à mansão e eu não estivesse lá, isso seria um novo problema.
De repente, ouço a porta se abrir e Thomas adentrar a sala com um livro nas mãos. Ele parece apressado, mas ainda assim se desculpa pela demora :" Sinto muito Alena, como eu disse antes tudo está muito difícil agora.. ouvi rumores de que o vampiro que escapou ainda está nas redondezas e Elliot, o homem que me chamou, mais cedo, conseguiu um rastro dele.
Interrompo-o em meio à explicação. Não conseguia mais segurar a tensão dentro de mim. Digo a Thomas "preciso voltar para casa, tenho um pressentimento de que se ficar mais um minuto aqui, serei pega pelo meu pai ou por Conde Grigore.
Thomas concorda, com uma expressão visivelmente chateada, mas me entrega o livro que trazia consigo " você tem razão, demorei mais do que devia e agora não poderei eu mesmo esclarecer suas dúvidas.."
Com a voz trêmula, comento sobre a pintura " Thomas, na sala anterior onde há algumas tapeçarias algo me chamou atenção, o retrato de uma mulher.."
Thomas escuta atentamente e então, com seriedade, diz" aquela mulher é a condessa Suzete Grigore, a primeira caçadora e mãe do Conde, que agora é seu marido!" essa última frase sai quase que engasgada por algum tipo de ira na voz de Thomas.
As palavras de Thomas reverberam em minha mente, misturadas com um turbilhão de emoções.
Eu não poderia acreditar...a mulher que usa o colar é mãe de Grigore, sendo assim...talvez ele tenha o colar.. sem dúvidas há alguma conexão entre nós...quer dizer..
Thomas estendendo a mão me desperta de meus pensamentos e me entrega o livro que trazia " Alena, esse livro foi escrito por você é quase um manual de caça vampiros, mas também há informações sobre missões que você fez...acredito que vai te ajudar a lembrar de algo...
Eu sabia que o livro não me ajudaria a recuperar memória alguma, afinal eu sou Catarina e não Alena...ainda sim peguei das mãos de Thomas de qualquer forma, um livro sobre caça aos vampiros, poderia me ajudar sobreviver nesse mundo estranho... Me pergunto quantas memórias de Alena estão entrelaçadas nesse mundo sombrio?
Enquanto folheio as páginas, Thomas me olha com entendimento. Ele acha que essa descoberta pode ser a chave para trazer minha memória de volta.
Ao retornar para a mansão, Thomas me leva por um caminho diferente, evitando a entrada principal. Percebemos que a carruagem de meu pai está parada em frente à casa. Um frio percorre minha espinha enquanto a apreensão toma conta de mim.
Conversas agitadas ecoam pelos jardins, e vejo movimentação por toda parte. Os empregados estão em busca de mim, e a realidade dessa situação não me escapa.
Estou fugindo de todos, escondendo minha verdadeira identidade e correndo contra o tempo.
Thomas me leva por uma trilha escondida, afastada dos olhares curiosos. Passamos por entre as árvores altas, meus passos rápidos e resolutos, acompanhando os dele, minha mente ainda está sobrecarregada precisava ao menos saber porque eu uma caçadora de vampiros havia me casado com um homem com a fama de ser um vampiro.
"Thomas, eu sei que é arriscado, mas preciso que me responda ao menos uma única coisa." Ele assente e sussura para eu continuar o seguindo.
Sinto o coração acelerado, ansiosa para encontrar um lugar seguro onde possamos conversar em paz.
Finalmente, chegamos a um pequeno jardim escondido no interior da propriedade. Aqui, flores coloridas contrastam com a atmosfera sombria que me rodeia. Sento-me em um banco de pedra, enquanto Thomas fica em pé, inquieto.
Ele diz, com a voz carregada de preocupação: Alena, temos que ter cuidado. me diga o que quer saber depois de responder a pergunta eu irei embora tentarei enviar uma mensagem para nos encontrarmos novamente em breve".
Eu assinto, sentindo a importância do momento. Mas, ao mesmo tempo, o medo toma conta de mim. Medo de enfrentar o desconhecido, medo de que Grigore apareça e acabe matando Thomas.
Digo ansiosa" Thomas, eu preciso saber porque eu aceitei casar-me com Grigore?"
Ele me olha como se quisesse a mesma resposta. e por fim diz " Você não teve escolha, foi um acordo ente ele e seu pai."
Aquela resposta não parece ser cem por cento verdadeira, então pergunto, a minha voz carregada de dúvida ", Mas, já que sou tão corajosa e impetuosa eu não teria aceitado apenas para agradar o meu pai…"
Thomas tentando me dissuadir diz: " Alena, eu tenho que ir, te vejo logo" Ele se abaixa dá um beijo em minha têmpora e sai correndo como um vento impetuoso.
Enquanto as palavras se dissipam no ar, sinto uma determinação renovada pulsando em minhas veias. Não importa o que esteja por vir, estou pronta para encarar meus medos e voltar para casa, para o meu lugar de origem.
Agora eu sei que existe mais nessa história do que Thomas está disposto a revelar, então buscarei na fonte, Grigore tem minhas respostas.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Vanda Belem
Tá demais esse história
2024-01-27
0
Rosária 234 Fonseca
pode ser que tenha sim vamos ver
2023-11-10
1