Capítulo 17 ( primeiras impressões)

A estrada a frente até o castelo de Arthur era cercada por uma densa floresta, com árvores altas e imponentes que se estendiam até o céu. Seus galhos se entrelaçavam como teias gigantes, criando uma espécie de túnel verde ao longo do caminho.

Enquanto a carruagem avançava pela estrada de terra batida, o sol tinha quase que completamente desaparecido, lançando seus últimos brilhos alaranjados sobre a paisagem. Os raios de luz filtrados pelas folhas das árvores criavam padrões lindos e sombras misteriosas no chão.

À medida que avançávamos, pude ouvir o som dos pássaros cantando harmoniosamente e o farfalhar das folhas ao vento. Era um cenário tranquilo e sereno, mas também carregado de um certo suspense, talvez pelo aviso de Arthur sobre possíveis saques naquela área.

Olhando pela janela da carruagem, podia ver os campos verdes à distância, estendendo-se até onde a vista alcançava. O perfume da relva fresca invadia o ar, tornando-o ainda mais convidativo.

Enquanto continuávamos a viagem, a estrada se tornava cada vez mais escura, a noite caindo rapidamente sobre nós. O ar ficava mais pesado e um silêncio tenso pairava no ar, interrompido apenas pelo som dos cascos dos cavalos batendo no chão.

A tensão aumentava a cada quilômetro percorrido, e eu sentia meu coração bater mais rápido dentro do peito. Havia algo no ar que me fazia estremecer, como se estivéssemos adentrando um território perigoso e desconhecido.

Não soube explicar a sensação que tive quando Arthur, eu e Francis descemos nas portas. Todos os empregados estavam infileirados, observando-nos com olhos arregalados e sussurrando uns aos outros. Foi então que uma mulher baixa, com uma postura imponente e um coque alto de cabelos brancos, se aproximou de nós.

Arthur a apresentou: Essa é a governanta que está em minha casa a pelo menos três gerações a senhora Grettek, senhora Grettek essa é a minha esposa, a duquesa Alena."

Ela se curvou diante de mim, enquanto os demais empregados continuavam a nos observar com curiosidade. Grettek deu ordens para que todos voltassem aos seus afazeres e, em seguida, nos levou para dentro do castelo.

O corredor pelo qual passávamos era longo e escuro, com tapeçarias antigas adornando suas paredes. Torchas eram as únicas fontes de luz, criando sombras dançantes ao nosso redor. O ar era carregado, como se houvesse uma energia densa pairando no ambiente.

Por um momento enquanto adentramos meu corpo tremeu, de alguma maneira Arthur notou pegando minha mão disse em meu ouvido: " Eu sei, parece assustador mas essa é sua casa, nossa casa, depois posso eu mesmo levar você a um tour pelo lugar."

Finalmente, chegamos a uma porta majestosa de madeira maciça. Grettek a abriu, revelando um salão luxuosamente decorado. O chão era revestido de mármore brilhante e lustres pendiam do teto alto, iluminando o local com uma luz suave e amarelada.

No centro do salão, uma imponente mesa de jantar aguardava-nos. As cadeiras eram esculpidas em madeira escura e as louças eram elegantes e delicadas. Enquanto os empregados serviam o jantar, pude sentir a tensão no ar. Todos pareciam carregar segredos, como se suas palavras fossem cuidadosamente escolhidas.

Enquanto comíamos, tentava desvendar mais sobre o castelo e a sua história. Perguntei a Arthur, tentando sondar sobre o colar: " Por acaso, você morava aqui sozinho?" Ele pousou o garfo sob o prato e anuiu " Há muitas outras pessoas na casa, creio que tenha as visto na entrada".

Soltei um sorriso de deboche e disse" Achei que não considerava os empregados como humanos!"

Arthur dando uma piscadela completou " Touché!".

Após o jantar, enquanto Arthur teve de resolver alguma questão urgente, conversei com Grettek sobre Francis, e que gostaria que ela recebesse uma tratamento especial, era importante que ela fosse a pessoa a me servir diretamente.

Depois de ver o local onde Francis descansaria, tive tranquilidade havia um espaço no castelo apenas para servas e todas elas estavam muito bem acomodadas cumprimentei todas, mas ainda notava os cochichos.

Grettek me conduziu até aos aposentos do conde. O caminho até lá era recheado de corredores sombrios e silenciosos, mas o que mais me incomodou foi atitude de Grettek ela não parecia feliz por eu estar ali muito pelo contrário, mas eu não tinha que reclamar porquê em breve voltaria para o meu tempo.

Aproveite a oportunidade para perguntar a ela sobre a família de Grigore " Senhora Grettek, me diga, quanto a família do conde, onde estão todos?" Ela hesitou e apenas disse " a mãe do conde faleceu, e o pai dele mora na França com a nova esposa, não há mais ninguém."

Em seguida anunciou " chegamos!"

Ao abrir a porta do quarto, deparei-me com um ambiente grandioso, adornado por mobílias antigas e detalhes ainda mais requintados que os da mansão.

Eu estava exausta mais precisava desesperadamente de um banho.

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