Meu Sogro Mafioso Me Quer!
— Acho que agora você é uma mulher, Fiorella. — ele disse e levantou as suas calças com raiva.
— Eu vou falar para o meu pai que você me forçou. — no furor do momento eu disse essas palavras, mas era mentira, eu quis tanto quando ele.
Argo foi até o armário, abriu uma caixa e apontou o revólver na minha direção.
— Repete o que disse! — Coitado, ele pensou que uma arma apontada para minha cabeça me intimidaria, então voltei a repetir. — Eu disse que vou contar... — ele destrava a arma fazendo-me assustar.
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...AUSTRÁLIA - SYDNEY...
...ARGO ROMANOV...
Argo Romanov, chefão da Máfia, e o patriarca da família Romanov. Sou casado há 20 anos com Loretha Romanov e pai do Jared. Após o falecimento do meu sogro, eu estou a frente dos negócios dele e comando rigorosamente o mercado ilegal.
Para consolidar e estreitar as nossas relações fora do país, fiz um acordo com Adalberto Ferraz, um contrato de casamento entre a sua filha e o meu filho. Se esse casamento é forçado, eu não me importo, as coisas têm que ser do meu jeito, eu sei o que é melhor para nossa família e os negócios. Comando há anos os negócios ilegais do crime organizado e sou bem-sucedido em tudo que faço.
Não aceito ser interposto, sou rígido como pai e marido. Casei jovem e desde então, nunca me relacionei com nenhuma outra mulher. Sou apaixonado pela minha esposa e só tenho olhos para ela.
Ouço uma batida na porta e peço para entrar. É o Giasone, o meu braço direito, o homem a quem confio a execução de todo o trabalho sujo. Devolvo o meu charuto para o cinzeiro e peço para ele falar.
— Chefe, soubemos pelos nossos soldados que os Ferraz entraram num avião já há algumas horas.
— Não se preocupe, meu caro, o casamento do meu filho e a garotinha está próximo, eles estão vindo para reafirmar o nosso acordo e a festa de noivado. Eu quero todos os soldados preparados, não confio naquele homem, no filho e muito menos na menina.
Ele acena com a cabeça e sai da sala, abrindo a porta para a minha esposa Loretha entrar. Ela caminha como uma rainha e vem até mim.
— Você por aqui, Loretha? — ela senta no meu colo e elogia-me.
— A sua ideia de casar o Jared com a filha dos Ferraz foi excelente, assim como tudo o que você faz, querido.
— Obrigado, Loretha.
A minha esposa pega uma foto imprimida num papel A4 e põe em cima da minha mesa, olho para ela confuso e desdobro a folha. Parece a foto de uma menina tirada de longe, provavelmente de algum espião nosso.
— Quem é ela? — eu perguntei, sem tirar os olhos da foto imprimida na folha.
— É a Fiorella Ferraz, a prometida ao nosso filho.
Olho bem para a foto em preto e banco. A garotinha é jovem, sei que ela acabou de fazer 18 anos, recebi essa notícia por correio eletrônico do próprio pai. O combinado era que eles ficariam noivos e se casariam quando a moça fosse maior de idade. Mesmo já tendo 18 anos com a aparência e de 16, não posso deixar de notá-la, é uma moça muito bonita.
— Argo! — Loretha puxa o meu rosto com a mão, fazendo com que os nossos olhos se encontrem. — Ela é linda, Jared vai gostar.
— Mesmo se não gostasse, Loretha. Ele não tem poder de escolha. — afirmo, franzindo o cenho. — O nosso filho tem 20 anos, já extrapolei a minha benevolência com ele, ou casa, ou eu vou deserdá-lo.
...JARED ROMANOV...
Eu soube que o velho do meu pai já fez o favor de arrumar uma mina para mim, eu nunca concordei com essa palhaçada. O meu lema sempre foi comer e partir para a próxima que ajoelhar nos meus pés. Eu sou um Romanov, vou tomar conta disso tudo e modéstia a parte, não sou de se jogar fora.
O meu pai é um pé no saco, acha que é dono do mundo. Já a minha mãe, completamente diferente, ela é doce apesar de ter casado com um amargo. Mas nunca se indispõe com o Argo. Ele manda, ela aceita. Loretha é a mulher submissa que ele tanto ama.
Apesar de eu não querer casar com uma menina tão nova e inexperiente, a ideia de comer uma boceta virgem me atiça.
Entro sem bater no escritório do meu pai, ele olha-me como se eu tivesse feito a coisa mais horrível do mundo.
— Se tem uma porta é para bater, garoto!
— Tá vendo um pornoz@o? — zombo. — Por que assustou quando entrei? — meu pai respira fundo e decide não discutir, aproximo da mesa e vejo uma folha A4 aberta.
— Quem é essa garota?
— A sua noiva.
— Tá errado se pensa que vou casar com uma menina virgem.
— Você não tem escolha, Jared. Isso é para o bem do império que você um dia vai herdar.
— Ajeita qualquer outra, pai, menos uma virgem.
— CALE-SE! — ele dá um soco na mesa. — Chega dessa sua vida de puto. Eles vão chegar em poucas horas, eu quero você aqui.
— Mas por que ela, só me diz isso?
— Ela é a única filha do Ferraz, Jared, ele é subchefe da Máfia Alemã, e eu preciso de aliados por lá.
— Eu sabia, é tudo por vocês.
— Por nós, menino. E vê se vira homem, eu quero você bem-apresentado, eles estão chegando.
Sorrio ironicamente e saio da sala, eu vou acabar com esse contrato estúpido. Vou dar um vexame, e o meu "sogro" vai desistir de entregar a sua filha a mim no mesmo segundo.
...ALEMANHA - BERLIM...
...FIORELLA FERRAZ...
Sou a Fiorella Ferraz e odeio o fato de ter nascido nessa família de mafiosos. O meu pai é subchefe de uma máfia e para salvar o seu império, assinou um contrato de casamento com Argo Romanov. Faz dois anos que sou prometida ao “playboy” metido filho dele, o Jared Romanov, e agora que fiz 18, estou sendo arrastada até a Austrália para celebrar a festa de noivado.
Sou virgem e nunca fui tocada por outro homem. Acho que devo agradecer ao meu pai que sempre me manteve reclusa no "castelo" onde moramos. Durante todos esses anos da minha vida, eu nunca senti vontade, ou necessidade de algo que me satisfaça, porém, o meu corpo vem mudando, e ontem quando vi sem querer uma cena de sexo num filme, senti a necessidade de me tocar. O meu corpo reagiu no mesmo instante, e isso foi inédito para mim. Eu adorei.
E saber que só estou me casando, só estou sendo vendida porque sou pura, faz-me ter a vontade de me entregar a qualquer um, apenas para acabar com esse contrato ridículo. Porém, o meu sonho não é esse, não é casar com uma pessoa que nunca vi, não é casar sem amor, e principalmente, com um garoto filho de mafioso.
Eu queria conhecer alguém sensível, romântico, um homem bonito que eu possa confiar e que a minha vida não esteja correndo perigo ao seu lado.
Estamos num jato particular do papai indo direto para a cova dos leões. Faz horas que estamos voando. Vou conhecer o meu futuro marido e os seus pais. Também estou planejando uma surpresa para o meu paizinho querido. Vou negar esse casamento na frente desses mafiosos malditos, duvido que eles vão me querer como nora depois da surpresa que vou-lhes dar.
— Melhora essa cara, Fiorella, não estamos indo para um enterro.
— Para você estamos indo salvar o seu dinheiro, né, pai? Mas para mim, é o meu funeral.
— Você ainda tem sorte, Fiorella. — o meu irmão fala e faz-me girar os olhos em desdenho. — Vai casar com o Jared, nada mais, nada menos que um herdeiro Romanov.
— Essa menina é ingrata, Jonah.
Jonah Ferraz é meu irmão, tem 25 anos, e lambe o chão onde o papai pisa. Ele tem sorte, é solto desde sempre, tem tudo que quer e nunca viveu trancado como eu. Mulheres na minha família são escravas de casamento contratual.
Jonah já comanda boa parte dos negócios da nossa família. Ele é um bom irmão, nunca fez nada para que a nossa relação fosse ruim, porém dá-me nos nervos a forma como ele defende exatamente tudo que o papai faz e fala.
Eu estou super inquieta nesse avião, ainda bem que vamos voltar amanhã, hoje seria apenas um encontro para eu conhecer os Romanov e uma festa de noivado.
Desembarcamos, não num aeroporto normal, onde pessoas normais desembarcam de uma viagem, mas desembarcamos numa pisca de pouso afastada da cidade. Aproximo da janela e vejo lá na frente homens de preto.
— Quem são eles, pai?
— O pessoal do seu sogro. — Jonah responde querendo irritar-me.
Eles usam ternos pretos e armas automáticas nas mãos. Eu não queria fazer parte desse mundo, porque a mamãe deixou-me sozinha com esses dois?
Entramos num carro com vidro fumê, eu, meu pai, meu irmão e os caras armados. No carro eles conversavam coisas horríveis, coisas ilegais, acordos com milícias, tudo que eu abomino.
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— Vocês podem se acomodar aqui, o meu chefe está terminando uma reunião.
Sentamos numa grande sala e esperamos pelo meu querido sogrão. Eu abraço o meu pai pela cintura, tenho uma sensação horrível em mim. Os seguranças dele tem cara de maus. Quando entramos no recinto reparei em tudo. Eles são podres de ricos, esse "castelo" deve ter uns 10 quartos. Exagero para um homem, uma esposa e um filho. Deve ser mais habitado por bandidos armados do que por eles mesmo. Sinto nojo dessa gente toda.
— Papai, vamos embora, ainda dá tempo, estou com uma sensação horrível.
— Meu amor, já é tarde para isso. Você está preparada para esse momento desde os 16 anos, não deu tempo para se acostumar? — ele fala alisando meu braço envolvido na sua cintura. Jonah está de pé avaliando as bebidas na estante da sala. — Mas, pai...
— Eu não quero conversa fiada, Fiorella, você não vai dar um piu, não quero ouvir a sua voz quando Argo estiver aqui.
Eu tiro o braço da sua cintura e levanto para encará-lo.
— Eu não vou concordar com isso, papai. O senhor está me vendendo para... — paro de falar quando ouço um barulho, nós três olhamos na direção da porta se abrindo. O meu pai levanta imediatamente.
...ARGO ROMANOV...
Tive que sair de uma reunião importante de negócios quando soube que Adalberto Ferraz e os seus filhos teriam chegado. Liguei para minha esposa e mandei que trouxesse o Jared para conhecer a futura mulher.
Quando aproximei da porta pude ouvir uma voz macia e irritante ao mesmo tempo. Uma garota, desafiando ao pai e as ordens dele. Abri a porta e entrei. Ignorei a mocinha revoltada e cumprimentei o Adalberto Ferraz.
— Ferraz, meu amigo, bom te ver novamente. — falei e apertei a sua mão.
— Argo, é uma honra estar aqui e reafirmar o nosso acordo.
— Vejo que o senhor é um homem de palavra, admiro isso.
— Esses são os meus filhos, Jonah Ferraz. — aperto a mão do Jonah. — Esse garoto é bom no que faz, só me dá orgulho.
— Gostaria que o meu filho me desse alegrias também.
— E essa é a Fiorella Ferraz, a minha menina. — quando ele apresenta a filha, infelizmente eu tive que cumprimentá-la também. Dei uns dois passos na sua direção e estendi uma mão. Tive que esperar uma eternidade para ela agir e apertar a minha mão de volta. A moça parecia furiosa com a situação, porém, não mais que eu. A atitude dessa garota está me dando nos nervos. Quando a sua mão pequena toca a minha, senti ela estremecer. Puxei o meu braço e andei até a minha mesa.
— Sente-se os três por favor. — mandei eles sentarem com um tom grosseiro na voz, liguei para a cozinha, pedi que trouxessem algo para eles comerem.
Adalberto e o filho sentam, a moça permanece de pé.
— Você pode se sentar, senhorita...?
— Fiorella. — ela respondeu. — Estou bem de pé.
As suas palavras enviam um choque no meu peito, odeio que me desafiem, e isso é um desafio. Ela está a descumprir uma ordem direta minha.
— Eu mandei você sentar, Fiorella. — engrossei a voz e mandei mais uma vez. Ela sentou ao lado do pai com muita dificuldade.
Essa menina não levou uns tapas na infância. É insolente e desafiadora. Se ela pensa que pode passar por cima das minhas ordens, está muito enganada. Essa barbie vai experimentar do próprio veneno. E eu já sei exatamente o que vou fazer.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Eni Urias
já vi que a história vai ser boa
2023-08-19
237
Noidinha lima
eita quando começa assim a coisa vai pegar fogo.
2024-11-14
0
Jehmilly Barros
"meu querido sogrão"..
2024-11-19
1