A semana passou voando, o treinamento virou um tormento, cada vez que conseguia avançar um pouco parecia que tinha recuado mais ainda. Zed não se importava com meus ferimentos e suspeitava que Safira estivesse descontando algo em mim, mas ainda não sabia.
— Acredito que não seja uma boa ideia, Safira continuar a treinar Cassie. — Ouvi a voz de Lydia soar por trás da porta quando voltei de mais um dia exaustivo.
— Mamãe a senhora sempre me apoiou em tudo, porque não pode simplesmente aceitar a minha escolha? — A voz de Zed soou de algum canto da sala.
— Sempre te apoiei e olha onde isso nos trouxe? Se tornou um garoto mimado e fraco, está tão desesperado para encerrar um compromisso que não para nem mesmo para pensar no que a familia de sua prometida espera dela… Enviarei Safira para a tribo oeste na próxima semana, não quero ver vocês dois juntos mais. Basta. — A voz de Lydia estava diferente, parecia mais séria e sombria como se não quisesse tocar no assunto.
Um copo foi arremessado na porta onde eu estava parada ouvindo, isso me fez saltar um pouco para trás, porém um rosnado me puxou do espanto.
— Não lhe demos educação suficiente? Limpe isso antes de sair. — Lydia abriu a porta dando de cara comigo, seus olhos varreram os meus enquanto Zed rosnava baixo. Antes que ela pudesse falar algo mais, caminhei até alcançar a soleira da porta olhando friamente para Zed.
— Quero que a mande para a tribo oeste hoje ainda. — Meu peito estava ardendo em fúria enquanto Zed me olhava com fúria nos olhos.
— Quem você pensa que é? Não passa de uma criança… — Ele rosnou nesse momento e apenas levantei um dedo indicador em sua direção.
— Uma criança mimada que ainda acredita em príncipe encantado, permita-me dizer uma coisa Cassandra, nosso casamento é arranjado, não é do meu agrado, então saiba que se um dia nos casarmos, farei questão que todos saibam que Safira é a minha escolhida para Lua e não uma criança patética como você. — As palavras dele me magoaram profundamente, meus olhos se encheram de lágrimas. Sua mãe estava ali parada com as mãos nos lábios olhando para o filho sem saber o que fazer, apenas quando um sorriso escapou dos lábios de Zed foi que seu pai entrou na sala, rosnando como um alfa verdadeiramente feroz.
— Se você não se casar com Cassie e não fizer dela sua Lua, saiba que não será o alfa desta tribo. Estou farto de seus caprichos, essa é minha decisão, quer governar a tribo sul? Então se casará e amará sua esposa. Basta, está na hora de agir como homem! — O rosnado de seu pai se tornou mais alto e quando Zed fez menção de responder, apenas ouvi o leve som de ossos sendo quebrados. Lydia me puxou depressa da sala, ao que parece ela não estava preocupada com o que poderia acontecer dentro daquela sala.
Talvez para aplacar os ânimos e até mesmo cair no esquecimento, Safira não estava mais treinando e tão pouco era vista na mansão. Da janela do meu quarto podia se avistar uma torre alta, parecia abandonada
Meu aniversário era em dois dias e como presente por finalmente ganhar minha loba, Lydia disse que minha familia se juntaria a nós para um jantar de comemoração e também iriam aproveitar para marcar a data do meu casamento com Zed.
Quando meus pais chegaram para meu aniversário percebi que a tensão caiu sobre os ombros de Zed, talvez medo que eu pudesse contar o que ele tinha dito. Minha prima estava junto com eles e assim que a vi corri para abraçá-la.
— Saudades de vocês! — Assim que soltei seu corpo de meu abraço desajeitado ela beijou o topo de minha cabeça e perguntou como estava sendo tratada. Antes mesmo que pudesse responder a figura de Zed se ergueu sobre mim com as mãos em cima do meu ombro.
— Ela está sendo muito bem cuidada. — Sua voz era firme, porém seu olhar era frio, Daphne deve ter percebido pois ela sutilmente me puxou pelo braço depois de olhar para seu companheiro, Lucian.
— Acredito que Cassie tenha voz e saiba responder por contra propria. — A resposta dela não o agradou nem um pouco.
Sem dar muita atenção a Zed puxei Daphne pelas mãos após pedir para Lydia autorização para mostrar toda a casa, apenas paramos de andar quando atingimos o jardim e Daphne me conhecendo me puxou para conversar.
Não havia segredos entre Daphne e eu, e assim que terminei de contar tudo ela rosnou me puxando para um abraço apertado.
— Se você quiser ir embora, é só avisar que subimos naquele carro e partimos! — Daphne sem sombras de dúvidas era a minha pessoa favorita em todo o mundo, essa fala dela me arrancou um sorriso fraco.
— A prioridade aqui não é o seu casamento com Zedekiah Vasile, a prioridade é você! Minha pequena, a prioridade da família sempre será você. — As palavras de minha prima encheu meus olhos de lágrimas.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Fátima Ramos
Ela devia de contar aos pais, como ele se tem comportado com ela
2025-02-04
0
Valdercina Rodrigues
Coitada
2025-02-09
0
Marcia Cristina Carneiro
ouve sua prima vái embora 29/12/24/
2024-12-29
1